Afetos e paixões: à procura de uma cura
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2109.2024v31n64ID35200Palavras-chave:
afeto, paixão, amor, Kant, curaResumo
Nesse artigo, mostrarei como Kant antecipa a utilização de estratégias fisiológicas para o controle de afetos que escapam ao nosso controle racional. Inicio apresentando a concepção kantiana de afetos e paixões como doenças da mente. Abordarei, então, a concepção de amor em Kant, comparando-a com a abordagem contemporânea deste sentimento por Brian Arp e Julian Savulescu em Love is the Drug: the chemical future of our relationships. Kant concebia os afetos como estados de carência ou excesso de excitação, seguindo a divisão do médico John Brown das doenças em astênicas e estênicas. Quando esses afetos são excessivos, ou excluem o domínio da razão, eles podem dar origem a doenças da mente, as quais, em casos extremos, devem ser curadas mediante uma estratégia medicamentosa. Por fim, mostro que a estratégia de utilização de medicamentos para regular afetos intensos não era estranha à teoria kantiana.
Palavras-chave: afeto, paixão, amor, Kant, cura
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