Românticos, os seres anfíbios: entre a crítica de Kant e a síntese de Hegel
Abstract
Resumo: Este artigo busca compreender a situaçáo filosófica de alguns dos autores cujas vidas e cujos pensamentos estiveram entre Kant e Hegel. Romantismo alemáo foi como ficou conhecida esta época. Dentre seus primeiros autores, estiveram Friedrich Schlegel e Novalis, além de Hölderlin. Tais pensadores buscaram superar a crítica feita por Kant à pretensáo do conhecimento filosófico de alcançar a verdade absoluta, as coisas como sáo em si mesmas. Essa superaçáo, contudo, jamais conseguiu, para eles, completar-se – como aconteceria depois no sistema de Hegel, para quem contradições só seriam aceitas como etapas do que chamou de dialética, cuja essência era, ao fim, solucioná-las na figura da síntese. Limitaçáo finita do homem diante do todo do ser, como firmara Kant, era o que ficava para trás com Hegel. Schlegel, Novalis e Hölderlin náo se contentam com a crítica de Kant, mas tampouco acreditam na síntese de Hegel. Parecem sugerir outro caminho para a modernidade ocidental, que náo se jogava na sanha hegeliana pelo saber absoluto sem despertá-la, toda vez, pela consciência crítica kantiana – e que náo se contentava com esta sem sonhar com aquela. Tal caminho é o que este artigo busca compreender.
Palavras-chave:
Hegel; Kant; Romantismo
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