Epistemologia religiosa e formas de discursividades sobrepostas: uma análise desde a política da secularização de Charles Taylor [Religious epistemology and shapes of overlaping discourses: an analysis from the politics of secularization of Charles Taylor]
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2109.2017v24n44ID9860Palabras clave:
Religião, Discurso, Sobreposição, Política, Secularização [Religion, Discourse, Overlap, Politics, Secularization]Resumen
Neste artigo temos como objetivo tratar do significado político da secularização. Iniciamos abordando a tensão existente entre a epistemologia religiosa e a epistemologia do humanismo exclusivo. Damos continuidade problematizando a questão referente à era dos reordenamentos e da transmutação para uma nova ordem moral secularizada, na qual o agente humano se autointerpreta. Assim, destacamos a relevância da presença da epistemologia religiosa na construção de uma nova mentalidade no imaginário social moderno. Surge a implicação do exercício do self se avaliar fortemente a partir da epistemologia imanente do humanismo exclusivo. Outra abordagem empreendida deste problema é a da elaboração de uma ética da autenticidade, que interferiu na construção da identidade moral expressivista, cada vez mais desarraigada dos pressupostos da epistemologia religiosa. Então, abordamos a postura do agente humano viver o conflito de busca por autorrealização e sentido normativo-ontológico para o seu self ao articular a sua forma de vida e identidade moral numa era secular.
[In this article we aim to address the political significance of secularization. We begin by addressing the tension between religious epistemology and the epistemology of exclusive humanism. We proceed to the question of the age of reordering and transmutation into a new secularized moral order, where the human agent is self-interpreting. Thus, we highlight the relevance of the presence of religious epistemology in the construction of a new mentality in the modern social imaginary. The implication of the exercise of the self arises strongly from the immanent epistemology of exclusive humanism. Another approach taken to this problem is the elaboration of an Ethics of authenticity, which interfered in the construction of expressivist moral identity, increasingly uprooted from the presuppositions of religious epistemology. So we approach the posture of the human agent to live the search conflict for self-realization and normative-ontological sense for his self by articulating his way of life and moral identity in a secular age.]
Descargas
Citas
ABBEY, Ruth. Charles Taylor. Princeton: Princeton University Press, 2000.
ARAUJO, L. B. L. Esfera pública e secularismo: introduzindo a questão. In: ARAUJO, L. B. L.; MARTINEZ, M. B.; PEREIRA, T. S. Esfera pública e secularismo: ensaios de filosofia política. Rio de Janeiro: UERJ, 2012. p. 7-25.
ARAUJO, P. R. M. de. Charles Taylor: para uma ética do reconhecimento. São Paulo: Loyola, 2004.
BERTEN, André. Modernidade e desencantamento: Nietzsche, Weber e Foucault. Trad. Marcio Anatole de Sousa Romeiro. São Paulo: Saraiva, 2011.
BRAATEN, E. Carl; JENSON, W. Robert. Dogmática cristã. v. 1. Trad. Luís M. Sander e Gerrit Delfstra, Luís H. Dreher e Geraldo Korndörfer. 2. ed. São Leopoldo: Sinodal, 2002.
DALGALARRONDO, Paulo. Religião, psicopatologia e saúde mental. Porto Alegre: Artmed, 2008.
DIAZ, Juan. A. E. Deus nas tradições filosóficas. Vol. I: aporias e problemas de teologia natural. Trad. Maria A. Diaz. São Paulo: Paulus, 2003.
DOMINGUES, J. M. Do ocidente à modernidade: intelectuais e mudança social. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
EISENSTADT, S. N. As grandes revoluções e as civilizações da modernidade. Trad. Filipe Carrera da Silva. Lisboa: 70, 2011.
GALLAGHER, Michel Paul. Charles Taylor y la secularización: La persistencia de la fe. Mensaje. v. 58, n. 578, 2009, p. 19-25.
GAUCHET, Marcel. The disenchantment of the world: a political history of religion. Princeton: Princeton University Press, 1997.
GIDDENS, Anthony. Política, sociologia e teoria social: encontros com o pensamento clássico contemporâneo. Trad. Cibele Saliba Rizek. São Paulo: UNESP, 1998.
HABERMAS, Jürgen. Entre Naturalismo e Religião. Estudos Filosóficos. Trad. Flávio Breno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2007.
HEYWOOD, Andrew. Ideologias políticas. v. 2: do feminismo ao multiculturalismo. Trad. Janaína Marcoantonio e Mariane Janikian. São Paulo: Ática, 2010.
KONDER, Leandro. Em torno de Marx. São Paulo: Boitempo, 2010.
MARTELLI, Stefano. A religião na sociedade pós-moderna: entre secularização e dessecularização. Trad. Euclides Martins Balancin. São Paulo: Paulinas, 1995.
REUS, Manuel. Lectura teológica de A Secular Age de Charles Taylor. In: REUS, Manuel. (Ed.). Deusto Forum: secularización, laicidad y religión ? Seminario con José Casanova. Bilbao: Universidad de Deusto Bilbao, 2014. p. 85-108.
RIBEIRO, E. Charles Taylor e a secularização. Brotéria: cristianismo e cultura. Lisboa, v. 170, n.2, fev. 2010, p. 147-156.
RODRIGUES, E. Charles Taylor e a secularização como novas condições de crença. Religare. João Pessoa, v. 12, n. 1, mar. 2015, p. 172-195.
SOUZA, José Carlos Aguiar de. O projeto da modernidade: autonomia, secularização e novas perspectivas. Brasília: Liber Livro, 2005.
TAYLOR, Charles. Hegel e a sociedade moderna. Trad. Luciana Pudenzi. São Paulo: Loyola, 2005.
TAYLOR, Charles. A ética da autenticidade. Trad. Talyta Carvalho. São Paulo: É Realizações, 2011.
TAYLOR, Charles. Uma era secular. Trad. Nélio Schneider e Luzia Araújo. São Leopoldo: UNISINOS, 2010.
TAYLOR, Charles. As fontes do self: a construção da identidade moderna. Trad. Adail Ubirajara Sobral e Dinah de Abreu Azevedo. 4. ed. São Paulo: Loyola, 2013.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Termos da licença:
Não Comercial (NC) | Os licenciados podem copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, desde que sejam para fins não comerciais. |
Compartilha Igual (SA) | Os licenciados devem distribuir obras derivadas somente sob uma licença idêntica à que governa a obra original ou menos restritiva. |