Alienação e subjetivismo

a renúncia do amor renascentista pelo mundo

Auteurs-es

  • Elivanda de Oliveira Silva Universidade Federal de Minas Gerais

DOI :

https://doi.org/10.21680/1983-2109.2018v25n48ID14131

Mots-clés :

Vita activa, Alienação do homem, Amor renascentista, Homens de ação.

Résumé

Hannah Arendt, no Capítulo VI d’A condição humana, ao compreender a vita activa no contexto das transformações operadas pela modernidade, especialmente as que estão relacionadas à glorificação das ciências como uma tentativa de instaurar uma nova visão de mundo em que os assuntos do domínio público são aviltados, afirma que o amor renascentista pela Terra e pelo mundo foi a primeira vítima do processo de alienação do homem moderno. Na concepção da autora, a era moderna não apenas não deu importância ao esforço dos humanistas cívicos em prol da valorização da vita activa e da instauração de princípios cívicos que marcariam por séculos as demandas de instituição do político, mas concebeu outras condições que arrefeçaram o que vinha sendo construído pelos homens de ação do republicanismo renascentista. Neste texto, discutiremos o que significou o processo de alienação do homem na era moderna, quais suas implicações para o mundo público, e qual a relação que esse evento guarda com um modo de vida que havia sido gestado pelos homens de ação do Renascimento.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur-e

Elivanda de Oliveira Silva, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutoranda em Filosofia pela UFMG.

Références

ALVES NETO, Rodrigo Ribeiro. Alienações do mundo: uma interpretação da obra de Hannah Arendt. São Paulo: Loyola, 2009.

ARENDT, Hannah. A conquista do espaço e a estatura humana. In: ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. Trad. Mauro W. Barbosa. São Paulo: Perspectiva, 2005. p. 325-344.

ARENDT, Hannah. A condição humana. Trad. Roberto Raposo. Rev. Adriano Correia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.

GARIN, Eugênio. O homem renascentista. Lisboa: Presença, 1991.

GARIN, Eugênio. Ciência e vida civil no renascimento italiano. São Paulo: UNESP, 1996.

PASSOS, Fabio Abreu. A faculdade do pensamento em Hannah Arendt: implicações políticas. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2017.

POCOCK, J. C. A. Cidadania, historiografia e república. Coimbra: Almedina, 2013.

ROVIELLO, Anne-Marie. Senso comum e modernidade em Hannah Arendt. Lisboa: Instituto Piaget, 1997.

Téléchargements

Publié-e

03-09-2018

Comment citer

SILVA, E. de O. Alienação e subjetivismo: a renúncia do amor renascentista pelo mundo. Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), [S. l.], v. 25, n. 48, p. 217–230, 2018. DOI: 10.21680/1983-2109.2018v25n48ID14131. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/14131. Acesso em: 21 nov. 2024.