Jogos de Empresas e Empreendedorismo Corporativo: Essa Mistura dá Jogo?

Autores

  • Humberto Reis dos Santos-Souza IFRJ/FEI

Palavras-chave:

Empreendedorismo corporativo, jogos de empresas, educação empreendedora

Resumo

Objetivo: analisar os efeitos da utilização de jogos de empresas para o ensino/aprendizagem de conceitos de empreendedorismo corporativo. Método: a primeira fase da pesquisa analisa a produção tecnológica/científica do repositório do conhecimento do Laboratório de Gestão Organizacional Simulada - LAGOS na busca de elementos de empreendedorismo corporativo durante a vivência com jogos de empresas. A partir dessa análise, na segunda fase da pesquisa, notou-se que três empresas simuladas do laboratório apresentaram todos os elementos, sendo uma escolhida, por conveniência, para análise envolvendo seis estudantes de um curso de graduação e pós-graduação em administração.  Resultados: a vivência com jogos de empresas pode evidenciar a prática dos elementos de empreendedorismo corporativo, contribuindo para formação prática que ultrapassa os limites convencionais do planejamento nas escolas de gestão. Contribuições teóricas/metodológicas: os elementos propostos por Bierwerth et al. (2015) que caracterizam o empreendedorismo corporativo puderam ser evidenciados durante a vivência para aqueles estudantes que tiveram o interesse de implementar novas estratégias durante o jogo. Relevância/Originalidade: o estudo contribui para a área de educação empreendedora sob o aspecto da inovação no ensino de empreendedorismo corporativo com métodos ativos. Contribuições sociais / para a gestão: o laboratório pode oferecer um ambiente de prática no contexto de empreendedorismo corporativo, a partir da proatividade do participante. Ademais, o estudo demonstra as contribuições dos jogos de empresas para o ensino de empreendedorismo corporativo em um ambiente laboratorial de prática, para além da exposição teórica convencional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Bardin, L. (2013). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Baron, R. A., Shane, S. A. (2016). Empreendedorismo: uma visão de processo. São Paulo: Cengage.

Bellotti, F., Berta, R., De Gloria, A., Lavagnino, E., Dagnino, F., Ott, M., ... & Mayer, I. S. (2012). Designing a course for stimulating entrepreneurship in higher education through serious games. Procedia Computer Science, 15, 174-186.

doi: https://doi.org/10.1016/j.procs.2012.10.069

Bierwerth, M., Schwens, C., Isidor, R., & Kabst, R. (2015). Corporate entrepreneurship and performance: A meta-analysis. Small Business Economics, 45: 255-278.

doi: https://doi.org/10.1007/s11187-015-9629-1

Boas, E. P. V., & Santos, S. A. D. (2014). Empreendedorismo corporativo: estudo de casos múltiplos sobre as práticas promotoras em empresas atuantes no Brasil. Revista de Administração, 49(2), 399-414.

doi: https://doi.org/10.5700/rausp1154

Castro, M. M. B., Souza, S. A., Nascimento, J. C. H., Pinheiro, L. V. S., & Bernardes, J. R. (2014). Determinantes para a formação da cultura empreendedora: a experiência do Projeto Desafio Sebrae. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, 8(1): 104-121.

doi: https://doi.org/10.12712/rpca.v8i1.333

Chandler, G. N., DeTienne, D. R., McKelvie, A., & Mumford, T. V. (2011). Causation and effectuation processes: A validation study. Journal of Business Venturing, 26(3), 375390.

doi: https://doi.org/10.1016/j.jbusvent.2009.10.006

Cucculelli, M., & Bettinelli, C. (2015). Business models, intangibles and firm performance: evidence on corporate entrepreneurship from Italian manufacturing SMEs. Small Business Economics, 45(2), 329-350.

doi: https://doi.org/10.1007/s11187-015-9631-7

Gunday, G., Ulusoy, G., Kilic, K., & Alpkan, L. (2011). Effects of innovation types on firm performance. International Journal of Production Economics, 133(2), 662-676.

doi: https://doi.org/10.1016/j.ijpe.2011.05.014

Hauge, J. B., Bellotti, F., Berta, R., Carvalho, M. B., De Gloria, A., Lavagnino, E., Nadolski, R., & Ott, M. (2013). Field assessment of serious games for entrepreneurship in higher education. Journal of Convergence Information Technology, 8(13), 174-186.

doi: https://doi.org/10.1016/j.procs.2012.10.069

Hitt, M. A., Ireland, R. D., & Hoskisson, R. E. (2011). Administração estratégica: competitividade e globalização. 2. ed. São Paulo: Cegage.

Honig, B. (2004). Entrepreneurship education: Toward a model of contingency-based business planning. Academy of Management Learning & Education, 3(3): 258-273.

doi: https://doi.org/10.5465/AMLE.2004.14242112

Kantur, D. (2016). Strategic entrepreneurship: mediating the entrepreneurial orientation-performance link. Management Decision, 54(1): 24-43.

doi: https://doi.org/10.1108/MD-11-2014-0660

Keys, B., & Wolfe, J. (1990). The role of management games and simulations in education and research. Journal of Management, 16(2): 307-336.

doi: https://doi.org/10.1177/014920639001600205

Kriz, W. C., & Auchter, E. (2016). 10 Years of Evaluation Research Into Gaming Simulation for German Entrepreneurship and a New Study on Its Long-Term Effects. Simulation & Gaming, 47(2), 179-205.

doi: https://doi.org/10.1177/1046878116633972

Lenzi, F. C., Santos, S. A., Casado, T., & Kuniyoshi, M. S. (2015). Empreendedores corporativos: um estudo sobre a associação entre tipos psicológicos e competências empreendedoras em empresas de grande porte de Santa Catarina. Revista de Administração da Unimep-Unimep Business Journal, 13(2), 117-141.

doi: https://doi.org/10.15600/1679-5350/rau.v13n2p117-141

Lima, E., Lopes, R. M., Nassif, V., & Silva, D. (2015). Opportunities to improve entrepreneurship education: Contributions considering brazilian challenges. Journal of Small Business Management, 53(4): 1033-1051. doi: https://doi.org/10.1111/jsbm.12110

Mrtvi, V. D. O., Westphal, F. K., Bandeira-de-Mello, R., & Feldmann, P. R. (2017). Jogos de empresas: abordagens ao fenômeno, perspectivas teóricas e metodológicas. Revista de Administração Contemporânea, 21, 19-40. doi: https://doi.org/10.1590/1982-7849rac2017150212

Oliveira, J. M., Estivalete, V. D. F. B., Stecca, J. P., & Minello, I. F. (2019). Estilos individuais de aprendizagem e atitude empreendedora: estabelecendo relações entre os construtos. Revista Ciências Administrativas, 24(3), 1-15. doi: https://doi.org/10.5020/2318-0722.2018.7637

Oliveira, M. A. (2020). Ementa da disciplina Gestão Empresarial Simulada [Mimeo]. Universidade Federal Fluminense, Volta Redonda, RJ.

Oliveira, M. A. & Silva, S. S. (2019). Gestão Estratégica na Prática: um laboratório para gestores. Curitiba, Editora CRV.

Pelogio, E. A., Rocha, L. C. S., Machado, H. V., & Añez, M. E. M. (2013). Empreendedorismo e Estratégia sob a Ótica da Lógica Effectuation. Revista IberoAmericana de Estratégia, 12(2), 228-249.

doi: https://doi.org/10.5585/riae.v12i2.1942

Piscopo, M. R. (2010). Empreendedorismo corporativo e competitividade em empresas de base tecnológica. Revista de Administração e Inovação, 7(1), 127-141.

https://doi.org/10.5773/rai.v7i1.367

Rosenstand, C. A. F., Gertsen, F., & Tollestrup, C. (2016). Game-based teaching and examination of radical innovation in corporate entrepreneurship. Proceedings of the ISPIM Innovation Symposium, Porto, Portugal, 27.

Salusse, M. A. Y., & Andreassi, T. (2016). O Ensino de Empreendedorismo com Fundamento na Teoria Effectuation. Revista de Administração Contemporânea, 20(3), 305-327.

doi: https://dx.doi.org/10.1590/1982-7849rac2016150025

Santos-Souza, H. R. dos. (2024). Uso de Jogos de Empresas em Gestão de Projetos com Estudantes de Engenharia da Faculdade de Engenharia da FAT/UERJ. Revista De Ensino, Pesquisa E Extensão Em Gestão, 7(1), e35291.

Recuperado de https://periodicos.ufrn.br/revenspesextgestao/article/view/35291

Santos-Souza, H. R. D., & Azevedo-Ferreira, M. (2020). O Ensino de Artefatos de Contabilidade Gerencial à Luz da Teoria da Aprendizagem Vivencial: Análise da Vivência em um Jogo de Empresas. Revista Mineira de Contabilidade, 21(2), 70-84.

doi: https://doi.org/10.51320/rmc.v21i2.1098

Santos-Souza, H. R, & Oliveira, M. (2019). A. O Uso de Jogos de Empresas em Diferentes Níveis Educacionais: Integração, Prática e Pesquisa Envolvendo Estudantes de Graduação e Pós-Graduação em Administração. Administração: Ensino e Pesquisa, v. 20, (1), 1-22.

doi: https://doi.org/10.13058/raep.2019.v20n1.1290

Sarasvathy, S. D. (2001). Causation and effectuation: Toward a theoretical shift from economic inevitability to entrepreneurial contingency. Academy of Management Review, 26(2), 243-263.

doi: https://doi.org/10.5465/AMR.2001.4378020

Sharma, P., & Chrisman, J. J. (1999). Toward a reconciliation of the definitional issues in the field of corporate entrepreneurship. Entrepreneurship Theory & Practice, 23(3), 11-27.

doi: https://doi.org/10.1007/978-3-540-48543-8_4

Sidhu, I., Singer, K., Johnsson, C., & Suoranta, M. (2015). A game-based method for teaching entrepreneurship. Applied Innovation Review, 1(1), 51-65.

doi: dx.doi.org/10.1016/j.sbspro.2014.05.034

Sirelkhatim, F., & Gangi, Y. (2015). Entrepreneurship education: A systematic literature review of curricula contents and teaching methods. Cogent Business & Management, 2(1): 1-11. https://doi.org/10.1080/23311975.2015.1052034

Zahra, S. A. (2015). Corporate entrepreneurship as knowledge creation and conversion: The role of entrepreneurial hubs. Small Business Economics, 44(4), 727-735. doi: https://doi.org/10.1007/s11187-015-9650-4

Zampier, M. A., & Takahashi, A. R. W. (2011). Competências empreendedoras e processos de aprendizagem empreendedora: modelo conceitual de pesquisa. Cadernos Ebape. BR, 9(spe1), 564-585. doi: https://doi.org/10.1590/S1679-39512011000600007

Downloads

Publicado

03-09-2024

Como Citar

SANTOS-SOUZA, H. R. dos. Jogos de Empresas e Empreendedorismo Corporativo: Essa Mistura dá Jogo?. Revista de Ensino, Pesquisa e Extensão em Gestão, [S. l.], v. 7, n. 1, p. e36480, 2024. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/revenspesextgestao/article/view/36480. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos