MACEIÓ EM FOCO: IMPRESSÕES SOBRE IMAGENS E O IMAGINÁRIO DE UMA CIDADE
DOI:
https://doi.org/10.21680/2448-296X.2016v1n3ID16614Palavras-chave:
Maceió, contemporaneidade, fotografias.Resumo
“Terra de gente quase anfíbia”. Assim Gilberto Freyre descreveu Alagoas. “O que tapa o alagadiço” é o significado toponímico da palavra Maceió. Em registros textuais e iconográficos dessa cidade produzidos durante o século XX, a exemplo dos de Lúcio Costa e os de Mário de Andrade, as suas massas de água urbana aparecem com certa recorrência. Tal enfoque desses registros historiográficos motivou a elaboração deste artigo que versa sobre a imagem da cidade de Maceió no contexto da contemporaneidade. Consiste nos resultados da uma investigação, realizada pelos integrantes do Programa de Educação Tutorial do curso de Arquitetura e Urbanismo da Ufal, que trata de um conjunto de fotografias elaboradas por estudantes universitários no ano de 2014 motivadas pelo seguinte questionamento: como você vê Maceió? Cerca de 400 imagens foram analisadas sob um olhar construído a partir da leitura das próprias imagens enquanto representação gráfica de uma forma de perceber o mundo físico. Observando os elementos compositivos e as composições das imagens, assim como indagando sobre seus aspectos subjetivos, notou-se que a maioria das cenas retratadas corresponde a trechos da orla marítima da cidade, onde o mar aparece com relativa força pictórica ocupando grande parte da área do enquadramento fotográfico. Portanto, as imagens recentes da cidade continuam a representar um interesse pela paisagem natural de Maceió, que parece ter sempre “chamado a atenção”, como registrou Mário de Andrade nos anos de 1920, demonstrando uma força paisagística consolidada no e pelo imaginário dos que habitam a cidade até os dias de hoje.
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