Diálogos entre Arquitetura e Fenomenologia: do Moderno ao Pós-Moderno

Autores

  • Simone Helena Tanoue Vizioli IAU-USP
  • Mateus Segnini Tiberti Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo
  • Gabriel Braulio Botasso Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.21680/2448-296X.2021v6n3ID23390

Palavras-chave:

arquitetura pós-moderna; fenomenologia arquitetônica; experiência corporal; relação corpo-espaço; percepção.

Resumo

Longe de ser um campo fechado em si mesmo, a Arquitetura sempre procurou estabelecer pontes com outros campos disciplinares – notadamente, com a Filosofia. Entre as correntes de pensamento que fomentaram e que continuam a instigar o pensamento arquitetônico está a fenomenologia. Tal corrente filosófica, fundada por Edmund Husserl no início do século XX, teve um papel fundamental nas discussões sobre a experiência, a relação corpo-espaço em projetos de Arquitetura, contribuindo para a formação e o desenvolvimento do pensamento arquitetônico Pós-Moderno – uma questão ainda pouco estudada e fonte de debates. A fenomenologia representa uma alternativa crítica ao pensamento positivista, que, no campo arquitetônico, identifica-se, sobretudo, com o Movimento Moderno. É possível observar a influência da fenomenologia tanto nas questões de Teoria e História da Arquitetura, quanto nas discussões projetuais – em ambos, o problema do “empobrecimento” da experiência comparece de diversos modos. O presente artigo procura estabelecer diálogos entre o pensamento de três arquitetos e autores que têm a fenomenologia como base de suas discussões: o espanhol Jorge Otero-Pailos (1971-), o norueguês Christian Norberg-Schulz (1926-2000) e o finlandês Juhani Pallasmaa (1936-). Com a escolha destes autores, nota-se a persistência das discussões sobre a fenomenologia no interior do campo arquitetônico ao longo das décadas de 1970, 1990 e 2010, especialmente, nos contextos estadunidense e europeu. Além disso, observa-se que a fenomenologia arquitetônica não é um pensamento unívoco: ocorreram desenvolvimentos e modificações ao longo dos mais de 50 anos de discussões no meio acadêmico e no campo da prática profissional.

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Biografia do Autor

Mateus Segnini Tiberti, Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo

Mestrando em Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo no Programa de Pós-Graduação do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (PPG/IAU.USP), São Carlos, e pesquisador do N.ELAC, Núcleo de Apoio à Pesquisa em Estudos de Linguagem em Arquitetura e Cidade, pertencente à mesma instituição de ensino. Graduado em Arquitetura e Urbanismo no Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo pela qual recebeu Láurea de Excelência Acadêmica. Em 2012, bolsista de Iniciação Científica pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PIBIC - Santander.

Gabriel Braulio Botasso, Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo

Doutorando em Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo no Programa de Pós-Graduação do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (PPGAU/IAU.USP), São Carlos, e pesquisador do N.ELAC, Núcleo de Pesquisa em Estudos de Linguagem em Arquitetura e Cidade, pertencente à mesma instituição de ensino. Desenvolve seu Doutorado iluminando uma discussão crítica a respeito da fenomenologia no campo da Arquitetura e do Urbanismo, defendendo que, mesmo o lado científico, advém de um conhecimento baseado na experiência do mundo - neste caso, a experiência do locus projetual; para tanto, debruça-se sobre as relações entre corpo, lugar e Arquitetura nas obras dos arquitetos Angelo Bucci e Eduardo Souto de Moura. Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pelo IAU.USP (2018), com período de um ano de mobilidade internacional na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, FAUP, Portugal (2015-2016), a partir da obtenção de bolsa de mérito acadêmico. No término do curso, foi premiado com Láurea de Excelência Acadêmica, concedida pelo IAU.USP, e também recebeu o prêmio Destaque Acadêmico, concedido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP). Durante sua graduação, realizou 3 pesquisas como bolsista de iniciação científica (PIBIC, 2013-2014; FAPESP, 2014-2015/2017-2018). Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em fundamentos de Arquitetura e Urbanismo, representação e linguagem, atuando, principalmente, nos seguintes temas: fenomenologia do lugar; Arquitetura paulista; Arquitetura portuguesa; projeto de Arquitetura; processo de projeto; desenho. Indicadores bibliométricos: Researchgate, Google Scholar.

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Publicado

28-09-2021

Como Citar

VIZIOLI, S. H. T.; SEGNINI TIBERTI, M.; BRAULIO BOTASSO, G. Diálogos entre Arquitetura e Fenomenologia: do Moderno ao Pós-Moderno. Revista Projetar - Projeto e Percepção do Ambiente, [S. l.], v. 6, n. 3, p. 39–50, 2021. DOI: 10.21680/2448-296X.2021v6n3ID23390. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/revprojetar/article/view/23390. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

TEORIA E CONCEITO