REPRESENTAÇÕES VISUAIS DE PRECEDENTES E A AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTOS
DOI:
https://doi.org/10.21680/2448-296X.2025v10n3ID34867Palavras-chave:
conhecimento, precedente arquitetônico, representações visuaisResumo
Os precedentes arquitetônicos são fontes de conhecimento arquitetônico, estudados com o apoio de diferentes representações visuais que facilitam a interpretação e compreensão dos seus diferentes aspectos. Cada tipo de representação visual pode descrever os edifícios de uma forma mais abstrata ou mais concreta, influenciam na menor ou maior compreensão dos seus diferentes aspectos. O presente artigo tem como propósito conhecer as representações visuais mais empregadas para o estudo de precedentes arquitetônicos, bem como analisar suas principais contribuições para a aquisição do conhecimento de edifícios estudados. A Revisão Sistemática da Literatura (RSL) foi adotada para esta pesquisa como procedimento metodológico, para pesquisar artigos e obter uma visão ampla sobre as representações visuais relacionadas ao tema central “estudo de precedente arquitetônico”. As representações visuais mais produzidas ou empregadas para apoiar o estudo de precedentes arquitetônicos, segundo artigos encontrados pela RSL, são as fotografias e diagramas, que podem ser exploradas isoladamente ou associadas entre si ou a outras técnicas para auxiliar na compreensão do edifício estudado, apoiar uma análise aprofundada e explicitar os seus conhecimentos subjacentes. As representações visuais são artefatos importantes que auxiliam o estudo de precedentes, apoiam o ensino-aprendizagem de arquitetura e facilitam a aquisição dos conhecimentos de obras do passado. O uso e a produção destes artefatos propiciam novas formas de ver um edifício, conduzem a novas descobertas e instigam reflexões e insights que ampliam o repertório arquitetônico.
Downloads
Referências
AKIN, Ö. Case-based instruction strategies in architecture. Design Studies, v. 23, p. 407–431, 2002. Disponível em: https://doi.org/10.1016/S0142-694X(01)00046-1>.
ALINAGHIZADEH, M.; HEMATALIKEIKHA, M. A. Study the functional aspects of architecture through the analytical survey of native architecture - case study: functional study of sedentary of Qashqai tribes housing. Procedia - Social and Behavioral Sciences, v. 51, p. 380–385, 2012. Elsevier B.V. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.sbspro.2012.08.176>.
ALIPOUR, L.; FAIZI, M.; MORADI, A. M. The impact of designers’ goals on design-by-analogy. Design Studies, v. 51, p. 1–24, 2017. Elsevier Ltd. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.destud.2017.04.001>.
ANAY, H. Creative use of architectural precedents in design education: a framework for a computational model. Proceedings of the 24th International Conference on Education and Research in Computer Aided Architectural Design in Europe (eCAADe), p. 526–531, 2006. Disponível em: <https://papers.cumincad.org/data/works/att/2006_526.content.pdf>.
ANDERSON, L. W.; KRATHWOHL, D. R.; BLOOM, B. S. A taxonomy for learning, teaching, and assessing: A revision of Bloom’s taxonomy of educational objectives. New York: Longman, 2001.
ATKINSON, R. C.; SHIFFRIN, R. M. Human Memory: A proposed system and its control processes. The Psychology of Learning and Motivation, v. 2, n. 5, p. 89–195, 1968. Disponível em: <https://doi.org/10.1016/S0079-7421(08)60422-3>.
BAY, J.-H. Architecture of place and cognitive biases. In: K. M. Zarzar; A. Guney (Orgs.); Understanding meaningful environments. 1o ed, p.23–36, 2008. Amsterdam: IOS Press.
CARLEY, K. Knowledge Acquisition as a Social Phenomenon. Instructional Science, v. 14, n. 1986, p. 381–438, 1986. Disponível em: <http://casos.cs.cmu.edu/publications/papers/carley_1986_knowledgeacquisition.PDF>.
CASAKIN, H.; WODEHOUSE, A. A systematic review of design creativity in the architectural design studio. Buildings, v. 11, n. 1, p. 1–19, 2021. Disponível em:<https://doi.org/10.3390/buildings11010031>.
CELANI, G.; CYPRIANO, D.; GODOI, G. DE; VAZ, C. E. A gramática da forma como metodologia de análise e síntese em arquitetura. Conexão - Comunicação e Cultura, v. 5, n. 10, p. 180–197, 2006. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/49590989_A_gramatica_da_forma_como_metodologia_de_analise_e_sintese_em_arquitetura>.
CHING, F. D. K. Representação gráfica em arquitetura. 6o ed. Porto Alegre: Bookman, 2017.
CHRISTENSON, M. Kinds of designing and their functions in analyzing. International Journal of Technology and Design Education, v. 27, n. 4, p. 611–626, 2017. Disponível em:< https://doi.org/10.1007/s10798-016-9370-3>.
CLARK, R. H.; PAUSE, M. Precedents in Architecture. 2o ed. New York: Van Nostrand Reinhold, 1996.
COMAS, C. E. D. Ideologia modernista e ensino de Projeto Arquitetônico: duas proposições em conflito. Projeto arquitetônico: disciplina em crise, disciplina em renovação. p.33–45, 1986a. São Paulo: Projeto.
COMAS, C. E. D. (ORG.). Projelo arquitetônico disciplina em crise, disciplina em renovação. São Paulo: Projeto, 1986b.
COWAN, N. What are the differences between long-term, short-term, and working memory? Nelson. NIH Public Access, v. 6123, n. 07, p. 323–338, 2009. Disponível em: https://doi.org/10.1016/S0079-6123(07)00020-9>.
DRESCH, A.; LACERDA, D. P.; ANTUNES JÚNIOR, J. A. V. Design science research: método de pesquisa para avanço da ciência e tecnologia. Porto Alegre: Bookman, 2015.
EILOUTI, B. H. Design knowledge recycling using precedent-based analysis and synthesis models. Design Studies, v. 30, n. 4, p. 340–368, 2009. Elsevier Ltd. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.destud.2009.03.001>. .
EILOUTI, B. H. Sinan and Palladio: a comparative morphological analysis of two sacred precedents. Frontiers of Architectural Research, v. 6, n. 2, p. 231–247, 2017. Elsevier B.V. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.foar.2017.03.003>.
EILOUTI, B. H. Shape grammars as a reverse engineering method for the morphogenesis of architectural façade design. Frontiers of Architectural Research, v. 8, n. 2, p. 191–200, 2019. Elsevier Ltd. Disponível em: <https://doi.org/10.1016/j.foar.2019.03.006>.
EILOUTI, B. H. A language-driven reverse-engineering tool for the analysis of architectural precedents: a Palladian case study. Spatium, , n. 45, p. 21–33, 2021. Disponível em: <https://doi.org/10.2298/SPAT2145021E>.
FANG, N. A Knowledge-based Computational Approach to Architectural Precedent Analysis, 1993. Tecnhische Unversiteit Delft. Disponível em: https://repository.tudelft.nl/islandora/object/uuid%3Abb898f4f-fb5e-44a4-9e19-b500bde4db18>.
FISH, J.; SCRIVENER, S. Amplifying the Mind’s Eye: Sketching and Visual Cognition. Leonardo, v. 23, n. 1, p. 117, 1990. Disponível em: https://doi.org/10.2307/1578475>.
GOLDSCHMIDT, G. Creative architectural design: reference versus precedence. , v. 12, n. 3, p. 240–258, 1998. Disponível em: https://www.academia.edu/11887632/Creative_architectural_design_Reference_versus_precedence>.
GROVER, R.; EMMITT, S.; COPPING, A. The typological learning framework: the application of structured precedent design knowledge in the architectural design studio. International Journal of Technology and Design Education, v. 28, n. 4, p. 1019–1038, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s10798-017-9421-4>.
KANDEL, E. R.; SCHWARTZ, J. H.; JESSELL, T. M.; SIEGELBAUM, S. A.; HUDSPETH, A. J. Princípios de neurociências. 5o ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
KHARVARI, F.; HOHL, W. The role of serious gaming using virtual reality applications for 3D architectural visualization. 2019 11th International Conference on Virtual Worlds and Games for Serious Applications, VS-Games 2019 - Proceedings, p. 1DUUMY, 2019. Disponível em: <https://doi.org/10.1109/VS-Games.2019.8864576>.
KOWALTOWSKI, D. C. C. K.; SILVA, V. DA; NEVES, L. DE O.; et al. Action research and architectural sustainable design education: a case study in Brazil. International Journal of Technology and Design Education, v. 30, n. 4, p. 815–836, 2020. Springer Netherlands. Disponível em: <https://doi.org/10.1007/s10798-019-09525-5>. .
KRATHWOHL, D. R. A revision of Bloom’s Taxonomy: an overview. Theory Into Practice, v. 41, n. 4, p. 212–218, 2002. Disponível em: <https://doi.org/10.1207/s15430421tip4104_2>.
LEFORT, E. C. Maqueta o modelo digital. La pervivencia de un sistema. EGA. Revista de expresión gráfica arquitectónica, v. 16, n. 17, p. 30–41, 2011. Disponível em: <http://ojs.upv.es/index.php/EGA/article/view/881>. .
MAHFUZ, E. DA C. Os conceitos de polifuncionalidade, autonomia e contextualimso e suas consequências para o ensino de Projeto Arquitetônico. In: C. E. D. Comas (Org.); Projeto arquitetônico: disciplina em crise, disciplina em renovação. p.47–68, 1986. São Paulo: Projeto.
OLIVEIRA, R. DE C. Os usos do precedente : A construção do repertório arquitetônico no ambiente pedagógico do atelier de projetos. InSitu–Revista Científica do Programa de Mestrado Profissional em Projeto, Produção e Gestão do Espaço Urbano, v. 1, n. 2, p. 41–54, 2015. Disponível em: https://scholar.archive.org/work/njsm5st25je7tkpaqd4wswygne/access/wayback/http://revistaseletronicas.fiamfaam.br/index.php/situs/article/download/364/363#page=41>.
OXMAN, R. Design by re-representation: a model of visual reasoning in design. Design Studies, v. 18, n. 4, p. 329–347, 1997. Disponível em: <http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0142694X97000057>.
ÖZTEN, Ü.; ANAY, H. On the Nature of the Conceptual Schemata Development of Architecture Students. International Journal of Architecture & Planning, v. 7, n. 1, p. 78–98, 2019. Disponível em: .
PLOWRIGHT, P. D. Revealing architectural design: methods, frameworks and tools. 1o ed. Oxon: Routledge, 2014.
PRESSMAN, A. Architectural design portable handbook. New York: McGraw-Hlll, 2001.
SAMPAIO, R. F.; MANCINI, M. C. Estudos de revisão sistemática: um guia para síntese criteriosa da evidência científica. Revista Brasileira de Fisioterapia, v. 11, n. 1, p. 83–89, 2007. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-35552007000100013>.
SEABRA, R. D.; SANTOS, E. T. Developing the spatial visualization ability with a virtual reality tool for teaching descriptive geometry: A brazilian experience. Journal for Geometry and Graphics, v. 17, n. 1, p. 101–117, 2013. Disponível em: https://www.academia.edu/download/49811108/j17h1seab.pdf>.
SILVA, E. Sobre a renovação do conceito de projeto arquitetônico e sua didática. In: C. E. D. Comas (Org.); Projeto arquitetônico: disciplina em crise, disciplina em renovação. p.15–31, 1986. São Paulo: Projeto.
TREBILCOCK, M. A model for integrating environmental sustainability into architectural education. Journal of Green Building, v. 6, n. 1, p. 73–82, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.3992/jgb.6.1.73>.
TULVING, E. Episodic memory: from mind to brain. Annual review of psychology, , n. 53, p. 1–25, 2002. Disponível em: https://doi.org/10.1146/annurev.psych.53.100901.135114>.
TVERSKY, B. Visualizing thought. Topics in Cognitive Science, v. 3, n. 3, p. 499–535, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1111/j.1756-8765.2010.01113.x>.
WENDELL, A.; ALTIN, E. Learning Space - Incorporating spatial simulations in design history coursework. eCAADe 35, v. 1, p. 261–266, 2017. Disponível em: <http://papers.cumincad.org/cgi-bin/works/paper/ecaade2017_183>.
YAVUZ, A. Ö.; BÜLÜÇ, E. Proposing a model developed by rule based approaches in architectural design education. Procedia - Social and Behavioral Sciences, v. 143, p. 334–338, 2014. Disponível em: <https://doi.org/10.1016/j.sbspro.2014.07.415>.
ZARZAR, K. M. Understanding meaningful environments. In: K. M. Zarzar; A. Guney (Orgs.); Understanding meaningful environments. 1o ed, p.1–6, 2008. Amsterdam: IOS Press.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Armando Luis Yoshio ITO, Sergio SCHEER , Márcio Henrique de Sousa CARBONI

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual segundo a qual é permitido o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir, separadamente, contratos adicionais para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) desde que concluído o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
- Não recomenda-se publicação e distribuição do artigo antes de sua publicação, pois isso poderá interferir na sua avaliação cega pelos pares.





