EXPANSÃO URBANA E MÉTRICAS ESPACIAIS
Estudo em Teresina, Piauí
DOI:
https://doi.org/10.21680/2448-296X.2025v10n3ID39585Palavras-chave:
Análise urbana, Métricas espaciaisResumo
O crescimento da população urbana é realidade em várias regiões do mundo, que acarreta, por sua vez, aumento dos problemas ambientais e sociais nas cidades. As formas de crescimento urbano, que resultam em cidades compactas ou dispersas, têm despertado a atenção de vários pesquisadores. Para muitos autores, a forma de crescimento urbano disperso é tida como ameaça ao desenvolvimento urbano sustentável, pois implica no aumento do consumo de solo, água, energia e outros recursos, bem como aumento de poluentes e resíduos. O conhecimento das formas urbanas pode nortear políticas de controle do espraiamento, da densidade, da fragmentação, e principalmente, apontar destinos para os espaços urbanos de forma que sejam melhor aproveitados para o bem comum e da cidade, buscando a sustentabilidade. Este estudo teve por objetivo identificar a expansão urbana de Teresina, capital do Piauí, a partir da dinâmica dos padrões espaciais, enfocando as dimensões formais densidade, fragmentação, orientação e centralidade. Constatou-se que, enquanto a população urbana cresceu na ordem de 13,3%, entre 2000 e 2010, as áreas ocupadas por esta população aumentaram na ordem de 37,24%. Foi observada uma cidade mais compacta nos espaços já urbanizados até 2000 (chamados de núcleos), contudo, persistem ainda, ocupações dispersas e espraiadas, principalmente, nas áreas de expansão, de urbanização mais recente (denominadas de franjas). Ou seja, coexistem a compactação e o modelo de ocupação dispersa.
Downloads
Referências
ACIOLY JR.; C.; DAVIDSON, F. Densidade Urbana e Gestão Urbana. Rio de Janeiro, Mauad Editora, 1998.
ANGEL, S.; SHEPPARD, S. C.; CIVCO, D. L. The Dynamics of Global Urban Expansion. Washington D. C.: Transport and Urban Development Department / The World Bank. 2005. Disponível em: http://siteresources.worldbank.org/ INTURBANDEVELOPMENT/Resources/dynamics_urban_expansion.pdf. Acesso em: 17 ago. 2016.
ARRIBAS-BEL, D.; NIJKAMP, P.; SCHOLTEN, H. Multidimensional urban sprawl in Europe: A self-organizing map approach. Computers, Environment and Urban Systems. v. 35, p. 263-275, 2011. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0198971510000992. Acesso em: 28 jul. 2025.
BHATTA, B.; SARASWATI, S.; BANDYOPADHYAY, D. Urban sprawl measurement from remote sensing data. Applied Geography. v. 30, p. 731-740, 2010. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/ article/abs/pii/S0143622810000226. Acesso em: 28 jul. 2025.
FUNDAÇÃO CENTRO DE PESQUISAS ECONÔMICAS E SOCIAIS DO PIAUÍ (CEPRO). PIB dos Municípios Piauí 2014. Teresina: Fundação CEPRO, 2016. Disponível em: http://www.cepro.pi.gov.br/download/201612/ CEPRO14_6c37138d48.pdf. Acesso em: 29 jan. 2017.
CONGEDO, L.; MACCHI, S. The demographic dimension of climate change vulnerability: exploring the relation between population growth and urban sprawl in Dar es Salaam. Current Opinion in Environmental Sustainability, v. 13, p. 1-10, 2015, Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1877343514001183. Acesso em: 28 jul. 2025.
COUCH, C.; KARECHA, J. Controlling urban sprawl: Some experiences from Liverpool. Cities, v. 23, n. 5, p. 353-363, 2006. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0264275106000461. Acesso em: 28 jul. 2025.
GALSTER, G.; HANSON, R.; COUNTY, B.; RATCLIFFE, M. R.; WOLMAN, H.; COLEMAN, S.; FREIHAGE, J. Wrestling sprawl to the ground: Defining and measuring an elusive concept. Housing Policy Debate. v. 12, n. 4, p. 681-717, 2001. Disponível em: https://doi.org/10.1080/10511482.2001.9521426. Acesso em: 28 jul. 2025.
EUROPEAN ENVIRONMENT AGENCY (EAA). Urban Sprawl in Europe: The Ignored Challenge. Copenhagen: EEA Published, 24 nov., 2006. Disponível em: http://www.eea.europa.eu/publications/eea_report_2006_10. Acesso em: 21 out. 2016.
HABIBI, S.; ASADI, N. Causes, results and methods of controlling urban sprawl. Procedia Engineering. v. 21, p. 133-141, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.proeng.2011.11.1996. Acesso em: 28 jul. 2025.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo 2010: População. IBGE, 2010a. Disponível em: http://ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default_resultados_universo.shtm. Acesso em: 28 jan 2024.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo 2010: Agregados por Setores Censitários. IBGE, 2010b. Disponível em: ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/ Sinopse/Agregados_por_Setores_Censitarios/. Acesso em: 28 jan. 2024.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo 2000: População. IBGE, 2000a. Disponível em: http://ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2000/default.shtm. Acesso em: 28 jan. 2024.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo 2000: Agregado por Setor Censitário. 2000b. Disponível em: http://ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/defaulttab_agregado.shtm. Acesso em: 28 jan. 2024.
INOSTROZA, L.; BAUR, R.; CSAPLOVICS, E. Urban sprawl and fragmentation in Latin America: A dynamic quantification and characterization of spatial patterns. Journal of Environmental Management. v. 115 p. 87-97, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jenvman.2012.11.007. Acesso em: 28 jul. 2025.
INSTITUTO TRATA BRASIL. Ranking do Saneamento 2024: As 100 maiores cidades do Brasil. 2024. Disponível em: https://tratabrasil.org.br/ranking-do-saneamento-2024. Acesso em: 18 mar. 2025.
JAEGER, J. A. G.; BERTILLER, R.; SCHWICK, C.; CAVENS, D.; KIENAST, F. Urban permeation of landscapes and sprawl per capita: New measures of urban sprawl. Ecological Indicators. v. 10, p. 427-441. 2010a. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ecolind.2009.07.010. Acesso em: 28 jul. 2025.
JAEGER, J. A. G.; BERTILLER, R.; SCHWICK, C.; KIENAST, F. Suitability criteria for measures of urban sprawl. Ecological Indicators. v. 10, p. 397-406, 2010b. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ecolind.2009.07.007. Acesso em: 28 jul. 2025.
LEHMANN, S. Sustainable urbanism: towards a framework for quality and optimal density? Future Cities and Environment. v. 2, n. 8, p. 2-8, 2016. Disponível em: https://futurecitiesenviro.springeropen,com/articles/ 10.1186/s40984-016-0021-3. Acesso em: 28 jul. 2025.
MASCARÓ, J. J.; MASCARÓ, L. Densidades, ambiência e infraestrutura urbana. Arquitextos / Vitruvius Ano 02. n.017.08, 2001.
NADALIN, V.; IGLIORI, D. Espraiamento urbano e periferização da pobreza na região metropolitana de São Paulo: evidências empíricas. EURE, v. 41, n. 124, p. 91-111, 2015.
OJIMA, R. (2008). Novos contornos do crescimento urbano brasileiro? O conceito de Urban Sprawl e os desafios para o Planejamento Regional e Ambiental. GEOgraphia, v. 10, n. 19, p. 46-59, 2008.
OJIMA, R. Dimensões da urbanização dispersa e proposta metodológica para estudos comparativos: uma abordagem socioespacial em aglomerações urbanas brasileiras. Revista Brasileira de Estudos da População, São Paulo, v. 24, n. 2, p. 277-300, 2007.
RODRIGUES, R. S.; VELOSO FILHO, F. A. O Planejamento Urbano Enquanto Fonte de Pesquisa na Geografia Urbana Histórica: Análise dos Planos Diretores Urbanos de Teresina-PI. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA URBANA, 14. Anais do ... Fortaleza: SIMPURB, 2015. Disponível em: . Acesso em: 18 ago. 2017.
SETO, K. C. et al. A Meta-Analysis of Global Urban Land Expansion. PLoS ONE. v. 6, n. 8, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0023777. Acesso em: 28 jul. 2025.
TERESINA, Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação (SEMPLAN). Legislação Urbana (Resumo) 2017. Disponível em: http://semplan.teresina.pi.gov.br/wp-content/uploads/2017/01/TERESINA-LEGISLAÇÃO-URBANA-20171.pdf. Acesso em: 25 jan. 2017.
TERESINA, Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação (SEMPLAN). Teresina em Bairros. 2016 Atualizado em 25 ago. 2016. Disponível em: http://semplan.teresina.pi.gov.br/teresina-em-bairros/. Acesso em: 26 jan. 2017.
TERESINA, Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação (SEMPLAN). Mapas de Teresina. 2015 Disponível em: http://semplan.teresina.pi.gov.br/mapas-interativos/. Acesso em: 28 jan. 2017.
TERESINA, Prefeitura Municipal de Teresina (PMT). Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana. 2008. Disponível em: http://www.teresina.pi.gov.br/sistemas/portalpmt/admin/upload/documentos/f77f8cb7ca.pdf. Acesso em: 06 out. 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 SILVIA LIMA, Wilza Gomes Reis Lopes, Antônio Cardoso Façanha

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual segundo a qual é permitido o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir, separadamente, contratos adicionais para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) desde que concluído o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
- Não recomenda-se publicação e distribuição do artigo antes de sua publicação, pois isso poderá interferir na sua avaliação cega pelos pares.





