A eficiência relativa das empresas brasileiras distribuidoras de energia elétrica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/2176-9036.2020v12n1ID16337

Palavras-chave:

Eficiência Relativa, Indicadores de Desempenho, Análise Envoltória dos Dados, Distribuidoras de Energia Elétrica

Resumo

Objetivo: A pesquisa objetivou examinar a eficiência relativa dos desempenhos econômico-financeiros das companhias brasileiras abertas e fechadas distribuidoras de energia elétrica.

Metodologia: Esta pesquisa classifica-se como descritiva, quantitativa e documental. Como estratégia do estudo, foi adotada a análise envoltória de dados – DEA, modelo BCC, com foco nos resultados. A amostra foi composta por 33 DMU’s representada pelas companhias distribuidoras de energia elétrica de grande porte que estavam em operação em 2017.

Resultados: Os resultados obtidos apontam que nove (27,27%), entre as 33 companhias alcançaram a fronteira da eficiência e que, entre estas, apenas 2 eram companhias abertas, entretanto, estas duas sozinhas foram referências mais vezes para as ineficientes, respondendo por 50,8% dos benchmarks. Entre as nove companhias eficientes, sete (77,78%) são companhias fechadas, revelando que a abertura de capital não foi um fator determinante para alcançar a eficiência econômica, entretanto, uma vez alcançada tal eficiência, as práticas das duas companhias abertas podem ser referência para a maioria das companhias ineficientes.

Contribuições do Estudo: Estudos anteriores envolvendo a análise envoltória dos dados no setor de energia elétrica não consolidaram no mesmo estudo de eficiência todos os quatro indicadores de rentabilidade estudados em Matarazzo (2010). Portanto, esta pesquisa permitiu ampliar o conhecimento sobre o estudo de eficiência a partir de indicadores econômicos com uso da análise envoltória de dados. Considerando ainda relevante a análise de eficiência tendo como foco o desempenho econômico, o qual consiste nos indicadores de rentabilidade, seja para o acionista por meio da análise do ROE e da ML ou para os gestores das companhias, por meio do ROA e do GA, o que finda por ser relevante para a sociedade, dada a imprescindibilidade deste segmento econômico em qualquer comunidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Chelida Maria dos Santos Bastos, Graduada em Ciências Contábeis pela Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade (FEAAC) - Universidade Federal do Ceará

Graduanda de Ciências Contábeis na Universidade Federal do Ceará (UFC)

Denise Maria Moreira Chagas Corrêa, Doutora em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Professora na Universidade Federal do Ceará

Doutora em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo (USP). Graduada em Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e em Ciências Contábeis pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Rua José Vilar, 2281 – Apto 1301 – Dionísio Torres, Fortaleza CE-Brasil. – CEP 60125001. Telefone: (85) 987338500. Identificadores (ID): https://orcid.org/0000-0001-7914-6982

 

Ana Lua Vilanova Alves, Graduanda de Ciências Contábeis na Universidade Federal do Ceará (UFC).

Graduanda de Ciências Contábeis na Universidade Federal do Ceará (UFC) - Endereço: Rua Pascoal de Castro Alves, 837 – Papicu, Fortaleza CE-Brasil – CEP 60181225. Telefone: (85) 98513-2619. Identificadores (ID): https://orcid.org/0000-0001-7858-186X

 

Sueli Maria de Araújo Cavalcante, Doutora em Educação Brasileira, pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Professora naUniversidade Federal do Ceará.

Doutora em Educação Brasileira, pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Engenharia de Sistemas e Computação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Graduada em Processamento de Dados pela UFC e em Administração de Empresas pela Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Ana Carolina Pereira Rodrigues, Graduanda de Ciências Contábeis na Universidade Federal do Ceará (UFC).

Graduanda de Ciências Contábeis na Universidade Federal do Ceará (UFC).

Referências

Andrade, M. E. M. C., & Martins, E. (2017). Desafios na Política Pública de Mensuração dos Ativos para a Formação das Tarifas no Setor Elétrico: Alguém Deve Ser Beneficiado e Alguém Deve Ser Sacrificado? Revista Contabilidade & Finanças - USP, 28(75), 344-360. Recuperado em 06 junho, 2018, de http://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/138283/133727

Assaf Neto, A. (2015). Estrutura e Análise de Balanços: um enfoque econômico-financeiro (11 ed.). São Paulo: Atlas.

Associação Brasileira de Distribuidores de Energia - ABRAADE. A distribuição de energia. Recuperado em 15 de maio, 2018, de <http://www.abradee.com.br/setor-de-distribuicao/a-distribuicao-de-energia>.

Banker, R., Charnes, A., & Cooper, W. (1984). Some models for estimating technical and scale inefficiencies in data envelopment analysis. Management Science. 30(9), 1078-109.

Banker, R., Charnes, A., Cooper, W., Swarts, J., & Thomas, D. (1989). An introduction to Data Envelopment Analysis with some of its models and their uses. Research in Governamental and Non-Profit Accounting, 5, 125-163.

Beuren, I. M., Longaray, A. A., Raupp, F. M., Sousa, M. A. B., Colauto, R. D., & Porton, R. A. B. (2008). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática (3 ed.). São Paulo: Atlas.

Bogetoft, P., & Nielsen, K. (2003). DEA based yardstick competition in natural resource management.Australian and Agricultural and Resouce Economics Society (AARES), (47th) Conference. Fremantle. Austrália, p. 103-125. Recuperado em 04 de abril, 2018, de

<http://ageconsearch.umn.edu/record/57928/files/2003_nielsen.pdf>.

Bortoluzzi, S. C., Ensslin, S. R., Ensslin, L., & Valmorbida, S. M. I. (2011). A Avaliação de Desempenho em redes de pequenas e médias empresas: estado da arte para as delimitações postas pelo pesquisador. Revista Eletrônica de Estratégia & Negócios, 4(2), 202-222. Recuperado em 02 de maio, 2018 de http://dx.doi.org/10.19177/reen.v4e22011202-222

Castro, C. E. T. (2003). Avaliação da eficiência gerencial de empresas de águas e esgotos brasileiras por meio da envoltória de dados (DEA). Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. Recuperado de http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/5000065181_03_pretexto.pdf

Charnes, A., Cooper, W., & Rhodes, E. (1978). Measuring the efficiency of decision-making units. European Journal of Operational Research, 2(6), 429-444. Recuperado em 04 de abril, 2018 de https://doi.org/10.1016/0377-2217(78)90138-8

Coelli, T. (1996). A guide to DEAP verson 2.1: a data development analysis (computer) Program. Centre for efficiency and Productivity Analysis, University of New England. Acesso em: 17 abr. 2018.

Correa, A., Taffarel, M., Ribeiro, F., & Menon, G. (2016). Análise de Eficiência: Uma Comparação das Empresas Estatais e Privadas do Setor de Energia Elétrica Brasileiro. Revista Catarinense da Ciência Contábil, 15(46), 9-23. Recuperado em 04 de abril, 2018 de http://dx.doi.org/10.16930/2237-7662/rccc.v15n46p9-23

Faria, J. A., & Gomes, S. M. S. (2009). O Activity Based Costing (ABC) na Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba): fatores relevantes para implantação, o modelo e os resultados obtidos. Anais do Congresso Brasileiro de Custos-ABC. São Leopoldo. Recuperado em 06 de maio, de 2018, de <https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/view/942>

Freitas, G. A., Silva, E. M., Oliveira, M. C., Cabral, A. C. A., & Santos, S. M. (2018). Governança corporativa e desempenho dos bancos listados na B3 em ambiente de crise econômica. Revista Contabilidade, Gestão e Governança, 21, 100-119. Recuperado em 28 de junho, 2018 de https://doi.org/10.21714/1984-3925_2018v21n1a6

Gil, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed, São Paulo: Atlas.

International Energy Agency (IEA). (2010). Energy Technology Perspectives. OECD/IEA, Paris. Recuperado em 01 de abril de 2018, de <https://webstore.iea.org/energy-technology-perspectives?pagenumber=2>.

Kassai, S. (2002). Utilização da Análise Envoltória de Dados (DEA) na Análise das Demonstrações Contábeis. Tese de Doutorado, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo. doi:10.11606/T.12.2002.tde-11122002-092458. Recuperado em 14 de dezembro de 2018, de www.teses.usp.br

Lei n. 8.987, de 13 de Fevereiro de 1995 (1995). Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências. Brasília, DF. Recuperado em 12 de abril, 2018, de < http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1995/lei-8987-13-fevereiro-1995-349810-publicacaooriginal-1-pl.html>

Lei n. 9.427, de dezembro de 1996 (1996). Institui a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, disciplina o regime das concessões de serviços públicos de energia elétrica e dá outras providências. Brasília, DF. Recuperado em 16 de junho, de 2018, de <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.848.htm>

Lins, Marcos Pereira Estellita, & Meza, Lídia Angulo. (2000). Análise Envoltória de Dados e perspectivas de integração no ambiente de Apoio à Decisão. Rio de Janeiro: Editora da COPPE/UFRJ.

Lopes, A. L. M,. Vilela, B. A., Costa, M. A., & Lanzer, E. A. (2016). Critical evalutaion of the efficient costs assessment model used in the regulation of Brazilian energy distribution service operator. Revista Gestão & Tecnologia, 16(3), 5-30

Macedo, M. A. S., Nova, S. P. C. C., & Almeida, K. (2009). Mapeamento e análise bibliométrica da utilização da Análise Envoltória de Dados (DEA) em estudos em contabilidade e administração. Contabilidade, Gestão e Governança, 12(3), 87-101

Martins, V. Q., Diehl, C. A., Rempel, C., & Tagliari, M. (2018). Evaluation of technical efficiency of brazilian distribution companies of electrical energy through data envelopment analysis (DEA). Contaduría y Administración, 63(1). Recuperado em 04 de abril, 2018 de https://goo.gl/tYZwdd>

Matarazzo, D. C. (2010) Análise Financeira de Balanços. 7 ed. São Paulo: Atlas.

Meza, L. A. Mello, J. C. C. B. S., Gomes, E. G., & Fernandes, A. J. S. (2007). Seleção de variáveis em DEA aplicada a uma análise do mercado de energia elétrica. Investigação Operacional, 27(1), 21-36. Recuperado em 01 de abril de 2018, de <https://goo.gl/88r5yy>.

Montoya, M. A., Pasqual, C. A., Lopes, R. L., & Guilhoto, J. J. M. (2013) As relações intersetoriais do setor energético no crescimento da economia brasileira: uma Abordagem Insumo-Produto. Núcleo de Economia Regional e Urbana da Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado em 14 de março, 2018 de <http://www.usp.br/nereus/?cat=14>.

Pessanha, J. F., Mello, M. A. R. F., Barros, M., & Souza R. C. (2010). Avaliação dos custos operacionais eficientes das empresas de transmissão do setor elétrico Brasileiro: uma proposta de adaptação do modelo DEA adotado pela ANEEL. Pesquisa Operacional, 30(3), 521-545. Recuperado em 13 de março, 2018 em http://dx.doi.org/10.1590/

Rempel, C., Diehl, C. A., Martins, V. Q., & Hansen, P. B. (2017). Analysis of the Relative Technical Efficiency of Brazilian Electricity Distribution Companies: A DEA Approach .

Resolução nº 794 de 28 de Novembro de 2017. Altera a Resolução Normativa nº 414, de 9 de setembro de 2010, aprova a revisão dos Módulos 1 e 8 dos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST e dá outras providências. ANEEL. Ministério de Minas e Energia. Brasília: 2017. Recuperado em 16 de junho, de 2018, de http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/audiencia/arquivo/2017/034/resultado/ren2017794.pdf

Revista Contemporânea de Contabilidade, 14(33), 33-54. Recuperado em 14 de março, 2018 em https://periodicos.ufsc.br/index.php/contabilidade/search

Sander, B. (1995). Gestão da educação na América Latina: construção e reconstrução do conhecimento. Campinas: Autores Associados.

Siffert Filho, N. F., Alonso, L. A., Chagas, E. B., Szuster, F. R., & Sussekind, C. S. (2009). O papel do BNDES na expansão do setor elétrico nacional e o mecanismo de project finance. BNDES Setorial, n. 29, 3-36. Recuperado em 13 de março, 2018 de https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/handle/1408/1843

Sollero, M. K. V., & Lins, M. P. E. (2004). Avaliação de eficiência de distribuidoras de energia elétrica através da análise envoltória de dados com restrições aos pesos. Anais do Simpósio Brasileiro de Pesquisa Operacional, 36. São João Del Rei. Recuperado em 14 de março, 2018 de <https://goo.gl/57jEjq>.

Tolmasquim, M. (2000). As origens da crise energética brasileira. Ambiente & sociedade, 6/7, 179-183. Recuperado em 17 de maio, 2018 de http://dx.doi.org/10.1590/S1414-753X2000000100012

Yuzhi, S., & Zhangna. (2012). Study of the input-output overall performance evaluation of electricity distribution based on DEA method. Energy Procedia, 16, 1517-1525. Recuperado em 10 de julho, 2018 de https://doi.org/10.1016/j.egypro.2012.01.238

Downloads

Publicado

03-01-2020

Como Citar

DOS SANTOS BASTOS, C. M.; MOREIRA CHAGAS CORRÊA, D. M.; ALVES, A. L. V.; DE ARAÚJO CAVALCANTE, S. M.; PEREIRA RODRIGUES, A. C. A eficiência relativa das empresas brasileiras distribuidoras de energia elétrica. REVISTA AMBIENTE CONTÁBIL - Universidade Federal do Rio Grande do Norte - ISSN 2176-9036, [S. l.], v. 12, n. 1, p. 66–87, 2020. DOI: 10.21680/2176-9036.2020v12n1ID16337. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/ambiente/article/view/16337. Acesso em: 24 abr. 2024.

Edição

Seção

Seção 1: Contabilidade Aplicada ao Setor Empresarial (S1)