Controles internos para o gerenciamento de riscos: percepção de auditores e gestores

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/2176-9036.2022v14n1ID27715

Palavras-chave:

Auditoria; Controles internos; Gestão de riscos.

Resumo

Objetivo: O presente artigo tem como objetivo analisar a percepção dos auditores e gestores em relação aos controles internos no gerenciamento de riscos nas empresas.

Metodologia: A pesquisa é descritiva e qualitativa. Foram realizados dois roteiros de entrevistas divididos em duas partes: a primeira contendo 05 perguntas fechadas sobre a caracterização dos profissionais e a segunda os questionamentos direcionados a área da pesquisa. O primeiro roteiro foi dirigido aos auditores independentes e conteve 08 questionamentos abertos. O segundo foi apontado para as gestoras e conteve 10 perguntas abertas, sendo 07 questões elaboradas com base no referencial teórico da pesquisa e as demais foram retiradas do estudo de Peleias et al. (2017). O tratamento dos dados ocorreu por meio de análise de conteúdo com utilização do software Atlas/TI.

Resultados: Mediante os achados da pesquisa as gestoras afirmam terem um controle interno que colabora com o gerenciamento de riscos, nesse sentido investem sempre em programas, pois afirmam que ajudam na prevenção de erros. Na ótica dos auditores independentes as organizações de Mossoró têm controle interno e programas que colaboram para o gerenciamento de riscos, no entanto, os funcionários não são habilitados para operacionalizar as ações nos sistemas. O que compromete o desempenho dos resultados. Diante das análises realizadas é possível compreender as diferentes concepções em relação ao controle interno das empresas.

Contribuições do Estudo: A contribuição da pesquisa no aspecto teórico é confrontar as diferentes percepções de auditores e gestores, quanto a utilização do controle interno no gerenciamento de riscos em uma realidade prática. No que se refere ao aspecto prático, o estudo tem o intuito de observar o que é visto pelos auditores e o que não é percebido dentro das organizações, nesse sentido a operacionalização do controle interno é avaliado como eficaz, mas em diferentes ângulos que apresentam uma realidade específica da cidade de Mossoró, assim a pesquisa mostra que é possível sanar problemas de execução do controle interno, proporcionando um melhor desempenho e eficácia do gerenciamento de riscos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Isadora Marques dos Santos, Graduated in Accounting Sciences from the State University of Rio Grande do Norte - Central Campus.

Graduated in Accounting Sciences from the State University of Rio Grande do Norte - Central Campus.

Rosângela Queiroz Souza Valdevino, PhD student in Business Administration at the University of Fortaleza. Professor at the State University of Rio Grande do Norte - Central Campus

PhD student in Business Administration at the University of Fortaleza. Professor at the State University of Rio Grande do Norte - Central Campus

Rosilania Silva de Queiroz, Master's student in Administration at the Federal Rural University of the Semi-Arid, Campus Mossoró.

Master's student in Administration at the Federal Rural University of the Semi-Arid, Campus Mossoró.

Adriana Martins de Oliveira, PhD in Administration from the Pontifical Catholic University of Paraná. Professor at the State University of Rio Grande do Norte - Central Campus.

PhD in Administration from the Pontifical Catholic University of Paraná. Professor at the State University of Rio Grande do Norte - Central Campus.

Letícia Jéssica Freitas de Oliveira, Specialist in Controllership and Corporate Finance at Faculdade da Região Serrana

Specialist in Controllership and Corporate Finance at Faculdade da Região Serrana.

Meskla Gislainy Marques da Silva, Graduated in Accounting Sciences from the State University of Rio Grande do Norte - Central Campus

Graduated in Accounting Sciences from the State University of Rio Grande do Norte - Central Campus

Referências

Araújo, C. E. B., Cabral, A. C. A., Santos, S. M., Pessoa, M. N. M., & Roldan, V. P. S. (2013). Grau de adesão de empresas familiares às boas práticas de governança corporativa: proposição e teste de um instrumento-diagnóstico. Revista Alcance, 20(1), 117-138.

Bardin, L. (2008). Análise de conteúdo (4a ed.). São Paulo, SP: Edições 70.

Bortolon, P. M., Sarlo, A., Nt., & Santos, T. B. (2013). Custos de auditoria e governança corporativa. Revista Contabilidade & Finanças, 24(61), 27-36.

Carioca, K. J. F., De Luca, M. M. M., & Ponte, V. M. R. (2010). Implementação da Lei

Sarbanes-Oxley e seus impactos nos controles internos e nas práticas de governança corporativa: um estudo na Companhia Energética do Ceará – Coelce. Revista Universo Contábil, 6(4), 50-67.

Carmona, E., Pereira, A. C., & Santos, M. R. (2010). A Lei Sarbanes-Oxley e a percepção dos gestores sobre as competências do auditor interno. Gestão & Regionalidade, 26(76), 63-74.

Castro, R. L. C., Vasconcelos, J. P. B., & Dantas, J. A. (2017). Impactos das normas internacionais de auditoria nos relatórios dos auditores sobre as demonstrações financeiras dos bancos brasileiros. Revista Ambiente Contábil, 9(1), 1-20.

Chen, C. J. P., Srinidhi, B., & Su, X. (2014). Effect of auditing: evidence from variability of

stock returns and trading volume. China Journal of Accounting Research, 7(4), 223-245.

Cooper, D. R., & Schindler, P. S. (2011). Métodos de pesquisa em administração (10a ed.). Porto Alegre, RS: Bookman.

Coram, P., Ferguson, C., & Moroney, R. (2008). Internal audit, alternative internal audit structures and the level of misappropriation of assets fraud. Accounting and Finance, 48(4), 543-559.

Cunha, P. R., Beuren, I. M., & Pereira, E. (2009). Análise dos pareceres de auditoria das demonstrações contábeis de empresas de Santa Catarina registradas na Comissão de Valores Mobiliários. Revista de Informação Contábil, 3(4), 44-65.

Damascena, L. G., Firmino, J. E., & Paulo, E. (2011). Estudo sobre os pareceres de auditoria: análise dos parágrafos de ênfase e ressalvas constantes nas demonstrações contábeis das companhias listadas na Bovespa. Revista Contabilidade Vista & Revista, 22(2), 125-154.

Longo, E. C. F. (2012). The knowledge management role in mitigating operational risk. Synapsing, 314-320.

Magro, C. B. D., & Cunha, P. R. (2017). Red flags na detecção de fraudes em cooperativas de crédito: percepção dos auditores internos. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 19(65), 469-491.

Martins, G. A. (2002). Manual para elaboração de monografia e dissertações. São Paulo, SP: Atlas.

Maruyama, U., & Freitas, E. (2016). Estratégias corporativas para gerenciamento de riscos em controles internos: estudo de caso sobre o processamento eletrônico de cheques. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, 21(1), 2-11.

Moraes, W., Segura, L. C., & Imoniana, J. O. (2018). Implementação do gerenciamento de riscos operacionais na área de recebimento integrado: uma abordagem intervencionista em uma editora nacional. Práticas em Contabilidade e Gestão, 6(1), 1-31.

Moreira, F. S., Firmino, J. E., Gomes, A. M., & Paulo, E. (2015). O efeito da adoção às normas internacionais de contabilidade nos relatórios dos auditores independentes: um estudo nas companhias listadas na BM&FBovespa. Revista de Informação Contábil, 9(3), 35-52.

Murcia, F. D., Borba, J. A., & Schiehll, E. (2008). Relevância dos red flags na avaliação do risco de fraudes nas demonstrações contábeis: a percepção de auditores independente brasileiros. Revista Universo Contábil, 4(1), 25-45.

Namazian, A., & Eslami, N. (2011). Operational risk management (ORM). Australian Journal of Basic and Applied Sciences, 5(12), 3240-3245.

Negra, E. M. S., Viana, T. M. M., & Negra, C. A. S. (2013). Auditoria interna: percepção de sua importância para resguardar ativos das organizações do ramo financeiro. In: Anais do 1º Congresso Integrado de Contabilidade, Governador Valadares, MG.

Oliveira, U. R., & Rocha, H. M. (2014). Gerenciamento de riscos operacionais em montadoras de veículos. Revista Pretexto, 15(4), 27-45.

Peleias, I. R., Ehrentreich, H. P., Silva, A. F., & Fernandes, F. C. (2017). Pesquisa sobre a percepção dos gestores de uma rede de empresas distribuidoras de um fabricante de autopeças sobre controles internos e gestão de riscos. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, 7(1), 06-28.

Ponchirolli, O. (2007). A teoria da complexidade e as organizações. Revista Diálogo Educacional, 7(22), 2007.

Prodanov, C. C., & Freitas, E. C. (2013). Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico (2a ed.). Novo Hamburgo, RS: Feevale.

Resolução Conselho Federal de Contabilidade - CFC n. 1.203/09, de 27 de novembro de 2009. Aprova a NBC TA 200 – Objetivos gerais do auditor independente e a condução da auditoria em conformidade com normas de auditoria. Brasília, DF. Recuperado de

http://www.oas.org/juridico/portuguese/mesicic3_bra_res1203.pdf

Resolução Conselho Federal de Contabilidade - CFC n. 1.206/09, of November 27, 2009. Approves the NBC TA 230 Audit Documentation. Brasilia DF. Recovered from

https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/RES_1206.pdf

Resolução Conselho Federal de Contabilidade - CFC n. 1.207/09, of November 27, 2009. Approves NBC TA 240 Auditor's Responsibility for Fraud, in the Context of the Financial Statements Audit. Brasilia DF. Recovered from RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.207/09 Aprova a NBC TA 240 – Responsabilidade do Auditor em Relação a Fraude, no Contexto da Auditori

Salas-Ávila, J. A., & Reyes-Maldonado, N. M. (2015). Modelo propuesto para la detección de fraudes por parte de los auditores internos basado en las normas internacionales de auditoría. Cuadernos de Contabilidad, 16(42), 579-623.

Santos, M. V., & Vier, A. J. (2014). A importância da auditoria interna na contribuição da gestão dos negócios. Revista Eletrônica de Ciências Contábeis, (4), 139-164.

Silva, A. S. V. C., & Inácio, H. C. (2013). Relação entre a auditoria interna e a auditoria externa e o impacto nos honorários dos auditores externos. Revista Universo Contábil, 9(1), 135-146.

Silva, T. B. J., Santos, C. A., & Cunha, P. R. (2017). Relação entre o desempenho econômico financeiro e o relatório de auditoria dos clubes de futebol brasileiros. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, 7(3), 177-200.

Souza, S. A., Carvalho, C. V. O., Jr., & Albuquerque, K. S. L. S. (2012). Auditoria externa em organizações do terceiro setor: um estudo da percepção de contadores e não contadores. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, 2(2), 47-60.

The Institute of Internal Auditors. (2010). International professional practices framework. Recuperado de http://www.theiia.org/guidance/standards-andguidance/

Uwe, F. (2013). Introdução à metodologia de pesquisa: um guia para iniciantes. Porto Alegre, RS: Penso.

Vidal, D. C., & Silva, A. H. C. (2016). A percepção dos auditores externos sobre a adequação dos sistemas de controle interno nas empresas de capital aberto. Pensar Contábil, 18(67), 57-67.

Weber, E. L., & Diehl, C. A. (2014). Gestão de riscos operacionais: um estudo bibliográfico sobre ferramentas de auxílio. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, 19(3), 41-58.

Wuerges, A. F. E., & Borba, J. A. (2014). Fraudes contábeis: uma estimativa da probabilidade de detecção. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 16(52), 466-483.

Publicado

06-01-2022

Como Citar

SANTOS, I. M. dos .; VALDEVINO, R. Q. S. .; QUEIROZ, R. S. de .; OLIVEIRA, A. M. de .; OLIVEIRA, L. J. F. de .; SILVA, M. G. M. da . Controles internos para o gerenciamento de riscos: percepção de auditores e gestores. REVISTA AMBIENTE CONTÁBIL - Universidade Federal do Rio Grande do Norte - ISSN 2176-9036, [S. l.], v. 14, n. 1, 2022. DOI: 10.21680/2176-9036.2022v14n1ID27715. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/ambiente/article/view/27715. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

Seção

Seção 7: Internacional (S7)