Comportamento ético no ambiente de trabalho e seus efeitos no desvio de conduta acadêmica
DOI:
https://doi.org/10.21680/2176-9036.2023v15n2ID33076Palavras-chave:
Percepções éticas, Má conduta acadêmica, Ética no ambiente empresarial, Trapaça.Resumo
Objetivo: O estudo tem como objetivo analisar os efeitos do comportamento ético no ambiente de trabalho sobre as atitudes de trapaças no meio acadêmico nos estudantes de ciências contábeis.
Metodologia: Realizou-se uma survey com alunos de uma IES pública, totalizando 140 alunos. Para a análise dos dados utilizou-se da técnica de equações estruturais e análise fatorial.
Resultados: Os resultados mostram que, além do comportamento ético no local de trabalho, há outras variáveis que influenciam os acadêmicos a ter atitudes desonestas academicamente. Dessa forma, o comportamento ético influência no comportamento antiético dos acadêmicos de ciências contábeis na IES estudada, e que, embora com efeitos ainda pequenos, as experiências vivenciadas e tidas como éticas no ambiente profissional tendem a relacionar-se com evasão de atitudes desonestas no âmbito acadêmico, ou seja, um melhor ranking ético empresarial proporciona menor comportamento de trapaça na academia.
Contribuições do Estudo: O estudo contribui para a reflexão sobre o aprimoramento do comportamento dos acadêmicos no ambiente de trabalho e seu reflexo na academia, refletindo a importância da discussão da ética nos ambientes profissionais e de ensino. Propaga a importância da ética não só no ambiente acadêmico, como também no ambiente empresarial, de modo que exista uma convergência entre esses ambientes.
Downloads
Referências
AACSB International – The Association to Advance Collegiate Schools of Business. (2004). Ethics education in business schools: Report of the ethics education task force. Recuperado em 20 jun., 2019 de https://www.aacsb.edu/~/media/AACSB/Publications/research-reports/ethics-education.ashx.
Ajzen, I. (1991). The theory of planned behavior. Organizational Behavior and Human Decision Processes, 50, 179–211.
Alleyne, P., & Thompson, R. M. (2019). Examining Academic Dishonesty: Implications for Future Accounting Professionals. In: P. Alleyne & R. M. Thompson. Prevention and Detection of Academic Misconduct in Higher Education. Hershey PA, IGI Global.
Asch, S. E. (1951). Effects of group pressure upon the modification distortion of judgments. In H. Guetzkow (Ed.). Groups, Leadership and Men, Carnegie Press, Pittsburgh, PA, pp. 177‐90.
Aslam, S., & Nazir, M. S. (2011). The impact of personality traits on academic dishonesty among Pakistan students. The Journal of Commerce (3), 50-61.
Baylor University. (2016). Supervisors, Coworkers Tolerate Unethical Behavior when Production is Good, Baylor Study Finds. Recuperado em 10 jul. 2019, de https://www.baylor.edu/mediacommunications/news.php?action=story&story=167487.
Bido, D. S., Silva, D., Souza, C. A., & Godoy, A. S. (2010). Mensuração com indicadores formativos nas pesquisas em administração de empresas: como lidar com multicolinearidade entre eles? Administração: Ensino e Pesquisa, 11(2), 45-269. Doi.org/10.13058/raep. 2010.v11n2.145
Bloodgood, J. M., Turnley, W. H., & Mudrack, P. (2009). The influence of ethics instruction, religiosity, and intelligence on cheating behavior. Journal of Business Ethics, 82 (3), 557–571. doi.org/10.1007/s10551-007-9576-0
Brimble, M., & Stevenson‐Clarke, P. (2005). Perceptions of the prevalence and seriousness of academic dishonesty in Australian universities. Australian Educational Researcher, 32 (3), 19‐44.
Caruna, A., Ramaseshan, B., & Ewing, M. T. (2000). The effect of anomie on academic dishonesty among university students. International Journal of Educational Management, 14 (1), 22–30. doi.org/10.1108/09513540010310378
Christensen‐Hughes, J. M., & McCabe, D. L. (2006). Academic misconduct within higher education in Canada. The Canadian Journal of Higher Education, 36 (2), 1‐21. doi.org/10.47678/cjhe.v36i2.183537
Cohen, J. (1988). Statistical power analysis for the behavioral sciences (2nd ed.). Lawrence Erlbaum Associates, Hillsdale, NJ.
Conselho Federal de Contabilidade, CFC. (2022). Profissionais Ativos nos Conselhos Regionais de Contabilidade agrupados por Gênero. Recuperado em 30 julho 2022 de: < https://www3.cfc.org.br/spw/crcs/ConsultaPorRegiao.aspx?Tipo=0>.
Copeland, J. E., Jr. (2005). Ethics as an imperative. Accounting Horizons, 19 (1), 35-43.
Dudley, S. C., Dudley, L. W., Clark, F. L., & Payne, S. (1995). New directions for the business curriculum. Journal of Education for Business, 70 (5), 305–310.
Fornell, C., & Larcker, D. F. (1981). Evaluating Structural Equation Models with Unobservable Variables and Measurement Error. Journal of Marketing Research, 18 (1), 39-50. doi:10.2307/3151312
Gabric, D., & McFadden, K. L. (2001). Student and employer perceptions of desirable entry-level operations management skills. American Journal of Business, 16(1), 51–59. doi:10.1108/19355181200100005
Globo News. (2015). Pesquisa mostra dados alarmantes de corrupção entre alunos nas escolas. Recuperado em 13 jul. 2019 de http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2015/10/pesquisa-com-estudantes-aponta-dados-alarmantes-de-corrupcao.html.
Graduate Management Admission Council (2016). Corporate recruiter's survey: General data report. Recuperado em 05 jun. 2019, de https://efmdglobal.org/wp-content/uploads/2016-corporaterecruiters-report.pdf
Gujarati, D. N. (2006). Econometria Básica. Tradução Maria José Cyhlar Monteiro. Rio de Janeiro: Editora Elsevier.
Hair Jr., J., Black, W., Babin, B., Anderson, R., & Tatham, R. (2009). Análise multivariada de dados, 6 ed. Porto Alegre: Bookman.
Hard, S. F., Conway, J. M., & Moran, A. C. (2006). Faculty and college students’ beliefs about the frequency of student academic misconduct. The Journal of Higher Education, 77 (6), 1058–1080.
Harding, T., Carpenter, D., Finelli, C., & Passow, H. (2004). Does academic dishonesty relate to unethical behavior in professional practice? An exploratory study. Science and Engineering Ethics, 10 (2), 311–324.
Henseler, J., Ringle, C. M., & Sinkovics, R.R. (2009). The use of partial least squares path modeling in international marketing. Advances in International Marketing, 20(1), 277-319. doi: 10.1108/S1474-7979(2009)0000020014
Hulland, J. (1999). Use of partial least squares (PLS) in strategic management research: A review of four recent studies. Strategic Management Journal, 20, 195-204. doi: 10.1108/S1474-7979(2009)0000020014
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Resumo técnico do Censo da Educação Superior 2019 [recurso eletrônico]. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2021. Recuperado em 04 jan 2023 de: <https://download.inep.gov.br/publicacoes/institucionais/estatisticas_e_indicadores/resumo_tecnico_censo_da_educacao_superior_2019.pdf>.
Josephson Institute of Ethics. (2008). Josephson Institute’s Report Card on American Youth: There’s a Hole in Our Moral Ozone and It’s Getting Bigger. Recuperado em 30 jun. 2019, de http://www.mncae.org/Documents/pdf/Josephson-Survey.aspx.
Kaptein, M. (2008). Developing a measure of unethical behavior in the workplace: A stakeholder perspective. Journal of Management, 34 (5), 978–1008. doi: 10.1177/0149206308318614
Koljatic, M., Silva, M., & Ardiles, J. (2003). Are student perceptions of parental acceptance of academic dishonesty associated with its occurrence? Psychological Reports, 93, 93‐97. doi: 10.2466/pr0.2003.93.1.93
Lawson, R. A. (2004). Is classroom cheating related to business students’ propensity to cheat in the “real world”? Journal of Business Ethics, 49 (2), 189–199.
Lin, C. H. S., & Wen, L. Y. M. (2007). Academic dishonesty in higher education - a nationwide study in Taiwan. Higher Education, 54 (1), 85-97.
Malone, F. L. (2006). The ethical attitudes of accounting students. Journal of American Academy of Business, 81(1), 142–146.
Martin, D. E., Rao, A., & Sloan, L. R. (2009). Plagiarism, Integrity, and Workplace Deviance: A Criterion Study. Ethics & Behavior, 19 (1). doi: 10.1080/10508420802623666
Melgoza, P., & Smith, J. (2008). Revitalizing an existing honor code program. Innovative Higher Education, 32 (4), 209–219.
Nguyen, L. & Tran, Q. M. (2018). Working Adults and Personal Business Ethics in South East Asia: a Comparative Study in Thailand and Vietnam. Public Organization Review, 18 (2), 159-174. doi: 10.1007/s11115-016-0370-2
Nonis, S., & Swift, C. O. (2001). An examination of the relationship between academic dishonesty and workplace dishonesty: A multicampus investigation. Journal of Education for Business, 77 (2), 69–77. doi: 10.1080/08832320109599052
Nunally, J.C. (1978). Psychometric theory. New York: McGraw Hill.
Orlitzky, M., Schmidt, F. L., & Rynes, S. L. (2003). Corporate social and financial performance: A meta-analysis. Organization Studies, 24 (1), 403–441. doi: 10.1177/0170840603024003910
Rakovski, C. C., & Levy, E. S. (2007). Academic dishonesty: Perceptions of business students. College Student Journal, 41 (2), 466-481.
Reisenwitz, T. H. (2012). Can a business ethics course affect academic dishonesty? Academy of Educational Leadership Journal, 16(2), 115–130.
Sanchez, O. P., & Innarell. P. B. (2012). Desonestidade Acadêmica, plágio e ética. GV Executivo, 11 (1).
Simkin, M. G., & McLeod, A. (2010). Why do college students cheat? Journal of Business Ethics, 94, 441–453.
Smyth, L. S., Davis, J. R., & Kroncke, C. O. (2009). Students’ perceptions of business ethics: Using cheating as a surrogate for business situations. Journal of Education for Business, 84 (4), 229–239. doi: 10.3200/JOEB.84.4.229-239
Spence, M. (1973). Job market signaling. The Quarterly Journal of Economics, 87 (3), 355–374.
Stone, T. H., Jawahar, I. M., & Kisamore, J. L. (2009). Using the theory of planned behavior and cheating justifications to predict academic misconduct. Career Development International, 3 (19), 221-241. doi: 10.1108/13620430910966415
Taniguchi, S. P., Sanchez, O. P., Cappellozza, A., & Filenga. D. (2011). Desonestidade acadêmica: a influência de fatores pessoais e práticas de grupo na atitude de estudantes de administração. In XXXV EnANPAD. Rio de Janeiro, 4 a 7 de setembro, 2011. Recuperado em 20 jun. 2019 de http://www.anpad.org.br/admin/pdf/EPQ2693.pdf
Trevino, L. K., Weaver, G. R., & Reynolds, S. J. (2006). Behavioral ethics in organizations: A review. Journal of Management, 32 (6), 951–990. doi:10.1177/0149206306294258
Verschoor, C. C. (2003). Is ethics education of future business leaders adequate? Strategic Finance, 85 (1), 20–21.
Viana, C. C., Santos, I., Rodrigues, P. O., Lima, M. S., & Viana, L. F. (2018). Práticas acadêmicas conflitantes com os padrões éticos e seus reflexos na conduta do futuro profissional contábil. Revista de Contabilidade da UFBA, 12 (3), 195-220. doi: 10.9771/rc-ufba.v12i3.26177
Wetzels, M., Odekerken-Schröder, G., & Van Oppen, C. (2009). Using PLS Path Modeling for Assessing Hierarchical Construct Models: Guidelines and Empirical Illustration. MIS Quarterly, 33(1), 177-195. doi:10.2307/20650284
Williams, J. (2001). Analysis: cheating in America's high schools and colleges. Talk of the Nation, national public radio. 21 May.
Winrow, B. (2016). Do perceptions of the utility of ethics affect academic cheating? Journal of Accounting Education, 37, 1-12. doi: 10.1016/j.jaccedu.2016.07.001
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 REVISTA AMBIENTE CONTÁBIL - Universidade Federal do Rio Grande do Norte - ISSN 2176-9036
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Comomns Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
A Revista Ambiente Contábil utiliza uma licença Creative Commons CC-BY-NC-ND (Atribuição-NãoComercial – SemDerivações 4.0). Isso significa que os artigos podem ser compartilhados e que a Revista Ambiente Contábil não pode revogar estes direitos desde que se respeitem os termos da licença:
Atribuição: Deve-se dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.
Não Comercial: Não se pode usar o material para fins comerciais.
Sem Derivações: Se for remixar, transformar ou criar a partir do material, não se pode distribuir o material modificado.
Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional
Português (Brasil)
English
Español (España)
