Posso não ser, mas me sinto um impostor
DOI:
https://doi.org/10.21680/2176-9036.2025v17n2ID36050Palavras-chave:
CIPS, Desempenho Acadêmico, Fenômeno do ImpostorResumo
Objetivo: Investigar a relação entre o fenômeno do impostor e o desempenho acadêmico de graduandos dos cursos de bacharelado em administração de empresas e ciências contábeis, de uma Universidade Federal brasileira.
Metodologia: Para a consecução da pesquisa, uma amostra (não probabilística por conveniência) de estudantes respondeu a um questionário composto por dezesseis perguntas que avaliavam a experiência impostora. Ademais, foram solicitados aos respondentes informações sobre idade, faixa salarial, raça, formação anterior, índice de rendimento acadêmico (IRA), gênero e período do curso. Utilizou-se uma abordagem quantitativa com o emprego de estatísticas descritivas, testes de correlação, ANOVAS e testes t.
Resultados: Os achados sinalizaram que maiores níveis de fenômeno do impostor (FI) podem estar associados a maiores coeficientes de rendimento (para o curso de administração, não sendo significativos para contábeis). Outrossim, variáveis como período do curso, faixa salarial e raça parecem não ter relação com as maiores faixas do fenômeno.
Contribuições do Estudo: Este estudo se justifica ao propor uma apreciação sobre um fenômeno de autodepreciação, que pode reverberar no percurso acadêmico dos alunos, sendo relevante ao evidenciar um problema que afeta o bem-estar da comunidade acadêmica e que deve ser alvo de ações dos gestores educacionais. Ademais, avança na literatura ao examinar cursos específicos de graduação, considerando o contexto de uma Universidade Federal brasileira.
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