Na batida do Tambor de Crioula: ecoando saberes afro-brasileiros na educação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36025/arj.v12i2.38910

Palavras-chave:

tambor de crioula, educação antirracista, práticas pedagógicas, educação e artes, inclusão cultural

Resumo

Este artigo analisa o Tambor de Crioula como ferramenta pedagógica no ensino-aprendizagem e nas criações artísticas de estudantes do 8º ano, com enfoque nas contribuições afro-brasileiras à sociedade e às artes. Utilizou-se como metodologia a pesquisa-ação, promovendo a participação colaborativa para alcançar os objetivos propostos. Foi observado que os conteúdos sobre o Tambor de Crioula são raramente trabalhados em sala de aula e praticamente ausentes nos livros de Artes do Programa Nacional do Livro Didático, PNLD. Destaca-se que ele é manifestação popular maranhense de grande ancestralidade, resistência negra e riqueza cultural. O Tambor de Crioula, quando inserido no contexto educacional, contribui para o reconhecimento da herança afro-brasileira, a construção de identidades e a promoção de representatividade. É necessário ampliar o diálogo sobre práticas pedagógicas, criação artística e inclusão de conteúdos culturais nos materiais didáticos, destacando o potencial do Tambor de Crioula para enriquecer a educação e valorizar a história/cultura afro-brasileira.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Zayda Cristina Rocha Costa, Secretaria Municipal de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação de Codó, MA

Arte-educadora formada pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em Educação Artística com habilitação em Artes Cênicas. Mestra em Artes pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Professora nos anos finais da rede pública do município de Codó, MA, e está à frente do Espaço Cultural Mojubá, onde oferece formações sobre Letramento Racial e a Lei 10.639/03. Artista popular maranhense, dançarina, poetisa, cantora, compositora, brincante popular do Tambor de Crioula e Bumba Meu Boi.

Jhonatan Wendell Tavares Ferreira, Universidade de Pernambuco (UPE)

Doutorando em Educação pela Universidade de Pernambuco (UPE). Mestre em Educação pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Professor externo do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR) pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Kelly Almeida de Oliveira, Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Doutora em Educação em Ciências e Matemática pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Mestra em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Professora Adjunta do Curso de Pedagogia da UFMA, Campus de Codó. É Professora Permanente do Programa de Pós-graduação (mestrado profissional) em Gestão do Ensino da Educação Básica (PPGEEB) da UFMA/São Luís e no Programa de Pós-graduação (mestrado) em Educação (PPGE) da UFMA/São Luís, atuando na Linha de Pesquisa de Gênero nos dois programas. É Professora Visitante no Programa de Doutorado EDUCANORTE pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Referências

BRAGA, Ana Socorro Ramos (coord.); GOMES, Clícia Adriana Abreu; MENEZES, Flávia Andressa Oliveira de. Tambores do Piqui, cartas de liberdade: memória e trajetória da comunidade Piqui da Rampa. São Luís: 2007.

BRASIL. Parâmetros curriculares Nacionais – Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino Fundamental: Arte. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: https://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/arte.pdf. Acesso em: 20 jan. 2023.

FERRETTI, Mundicarmo. Tambor-de-Mina em São Luís: dos registros da Missão de Pesquisas Folclóricas aos nossos dias. Revista Pós Ciências Sociais, São Luís, v. 3, n. 6, 2006. Disponível em: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rpcsoc/article/view/811/3043. Acesso em: 30 nov. 2025.

FERRETTI, Sergio. Tambor de crioula ritual e espetáculo. 3. ed. São Luís: Comissão Maranhense de Folclore, 2002.

HAAG, C. A saudade que mata. Pesquisa Fapesp, n. 172, p. 87-89, jun; 2010. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2012/07/086-089-172.pdf. Acesso em: 5 fev. 2023.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

ODA, A. M. G. R. O banzo e outros males: o páthos dos negros escravos na Memória de Oliveira Mendes. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, ano X, n. 2, 2007.

PINTO, João Bosco Guedes. Pesquisa-ação: detalhamento de sua sequência metodológica. Recife: Mimeo, 1989.

PIRES, Cássia. Coreiras: performance e jogo no tambor de crioula. São Luís: EDUFMA, 2019.

RODRIGUES, Graziela. Bailarino, pesquisador, intérprete: processo de formação. Rio de Janeiro: Funarte, 2005.

SANTOS, Maria Roseli S. Entre o rio e a rua: cartografia de saberes artístico-culturais na Ilha de Caratateua, Belém do Pará. Belém: Eduepa, 2010.

SEMERENE, Bárbara. Como Surgiram? 2007. Disponível em: http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2007/06/18/424137/omo-surgiram.htm. Acesso em: 1 fev. 2023.

THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 1985.

Publicado

03-12-2025

Como Citar

COSTA, Zayda Cristina Rocha; FERREIRA, Jhonatan Wendell Tavares; OLIVEIRA, Kelly Almeida de. Na batida do Tambor de Crioula: ecoando saberes afro-brasileiros na educação. ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes, Natal, v. 12, n. 2, 2025. DOI: 10.36025/arj.v12i2.38910. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/artresearchjournal/article/view/38910. Acesso em: 5 dez. 2025.

Edição

Seção

Dossiê: Perspectivas Multidisciplinares no Campo da Arte