A Diversidade como arma

sobre as guerras culturais no campo da educação

Autores

  • Alef de Oliveira Lima UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-5674.2021v8n15ID23143

Palavras-chave:

Diversidade, Antropologia da Educação, Estado

Resumo

O presente artigo parte de uma série de notícias, reportagens e materiais etnográficos retirados da minha pesquisa de tese para apontar e refletir, a partir de uma mirada antropológica, a existência de um jogo marcial de ataques e resistências no campo da educação, em que a questão dos valores, ideologias e formas de representação social da diversidade se chocam dentro da conjuntura político-social atual. Esses conflitos são tomados enquanto campos de batalha assimétricos e vistos por um conceito de Guerra cultural. Minorias políticas, de gênero, raça, classe e diferentes atores sociais marginalizados e estigmatizados se colocam no frame de resistências simbólicas-materiais frente às práticas conservadores do Estado brasileiro na contemporaneidade. Tal processo instrumentaliza a diversidade não apenas de maneira conceitual-descritiva, mas como produto performático de poder e rebeldia. A diversidade, nesse sentido, se apresenta por perspectivas e escalas conflitantes: instrumento de pânico moral, pauta progressista, modo de construção de identidades sociais, critério de autopromoção política, chave de debates pedagógicos.

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Publicado

12-08-2021

Como Citar

LIMA, A. de O. A Diversidade como arma: sobre as guerras culturais no campo da educação. Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, [S. l.], v. 8, n. 15, p. 1–19, 2021. DOI: 10.21680/2446-5674.2021v8n15ID23143. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/23143. Acesso em: 18 nov. 2024.