Kinship, conversion and sportive personhood:

outline of an ethnographic programme of studies of esportivities

Authors

  • Carlos Eduardo Costa Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
  • Luiz Henrique de Toledo Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-5674.2022v9n17ID27663

Keywords:

Anthropology of sportive practices, conversion, sportive person, football, Upper Xingu Wrestling

Abstract

This article intends to approach discontinuous landscapes through different sportives practices. The relationships between the domains of kinship and the formation of the sportives person will be taken from the conversion processes in each of the modalities analyzed here, professional men's football and upper Xingu body wrestling, kindene. Therefore, the so-called “model of relationship” will be the starting point for unveiling the relational universe between the domains of playing and rooting for, mediated by the sensitivity of the gaze. If the sportive person, in the case of football, can be developed through a network of sociability anchored in kinship and orality that modulates rooting for, the Upper Xingu wrestling mobilizes other networks around fighting (playing), strengthening relationships between alliances and rivalries between the sponsoring chiefs and those honored on each occasion. The proposal is, via kinship, to debate the extensions of the meanings attributed to sportives practices.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Carlos Eduardo Costa, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Doutor pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da UFSCar, membro fundador do LELuS e colaborador permanente do site Ludopédio. Atua nas áreas da etnologia e da antropologia das práticas esportivas.

Luiz Henrique de Toledo, Universidade Federal de São Carlos

Professor titular no departamento de Ciências Sociais e pesquisador no Programa de Pós-graduação em Antropologia Social na Universidade Federal de São Carlos, onde coordena o LELuS (Laboratório de estudos das práticas lúdicas e sociabilidade). Bolsista CNPq.

References

AGOSTINHO, Pedro. Kwarìp: Mito e Ritual no Alto Xingu. São Paulo: EPU/EDUSP, 1974.

ANDRADE, Marianna; TOLEDO, Luiz Henrique; SOUZA JUNIOR, Roberto. Pertencimento clubístico e pertencimento torcedor: materialidade e gênero numa torcida organizada de futebol. Esporte e Sociedade, v.14, n. 34, p. 1-26, 2021.

BARCELOS NETO, Aristóteles. Objetos de poder, pessoas de prestígio: a temporalidade biográfica dos rituais xinguanos e a cosmopolítica wauja. Mundo amazónico, v.3, p. 71-94, 2012.

BASSO, Ellen. The Kalapalo Indians of Central Brazil. New York: Holt, Rinehart & Winston, 1973.

BOURDIEU, Pierre. Questões de sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1983.

CARNEIRO, Robert. Quarup: A Festa dos Mortos no Alto Xingu. In: COELHO, Vera (Org.). Karl von den Steinen: Um Século de Antropologia no Xingu. São Paulo: EDUSP, 1993. p..405-429.

CARSTEN, Janet. After kinship. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.

COELHO, Vera (Org.). Karl von den Steinen: Um Século de Antropologia no Xingu. São Paulo: EDUSP, 1993.

COSTA, Carlos. Ikindene hekugu: Uma etnografia da luta e dos lutadores no Alto Xingu. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2013.

COSTA, Carlos. Política da reclusão: chefia e fabricação de corpos no Alto Xingu. R@U, Revista de Antropologia da UFSCar, v. 12, n.1, p. 145-173, 2020.

COSTA, Carlos. Futebol em campo, no campo da etnologia: o desporto bretão e a

esportividade ameríndia. Revista de Antropologia . v. 64, n.3, p. 1 23, 2021a.

COSTA, Carlos. Practices of looking, transformations in cheering: alliances and rivalries in Upper Xinguan wrestling. Anuário Antropológico. v.46, n.2, p. 254-270, 2021b.

COSTA, Carlos; TOLETO, Luiz Henrique de ( Visão de Jogo: antropologia das práticas esportivas . Sã o Paulo: Terceiro Nome∕FAPESP, 2009.

COSTA, Carlos; TOLEDO, Luiz Henrique de. Transformações do torcer: esportividades do olhar e olhares sobre a esportificação. Ilha – Revista de Antropologia (no prelo).

DAMO, Arlei. Futebol e identidade social. Uma leitura antropológica das rivalidades entre torcedores e clubes . Porto Alegre: Editora da Universidade IFCH/UFRGS, 2002.

DELGADO, Angél. Estructura y función del fútbol entre los yanomami del Alto Orinoco. Revista Española de Antropología Americana, v. 40, n. 1, p. 111-138, 2010.

ELIAS, Norbert. A busca da excitação Lisboa: Difel, 1992.

FAUSTO, Carlos. Donos demais: maestria e domínio na Amazônia. Mana – Estudos de Antropologia Social. v. 14, n. 2, p. 329-366, 2008. FAUSTO, Carlos. Chefe Jaguar, Chefe Árvore: Afinidade, Ancestralidade e Memória no Alto Xingu. Mana – Estudos de Antropologia Social, v.23, n.3: 653-676, 2017.

FRANCHETTO, Bruna; HECKENBERGER (Orgs). Os Povos do Alto Xingu: História e Cultura. Rio de Janeiro: EDUFRJ, 2001.

GIULIANOTTI, Richard. Supporters, followers, fans, and flaneurs: a taxonomy of spectator identities in football. Journal of Sport & Social Issues, v. 26, n.1, p. 25-46, 2002.

GUERREIRO, Antonio. Ancestrais e Suas sombras: Uma Etnografia da Chefia Kalapalo e Seu Ritual Mortuário. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade de Brasília, Brasília, 2012.

GUERREIRO, Antonio. Do que é feita uma sociedade regional? Lugares, donos e nomes no Alto Xingu. Ilha – Revista de Antropologia, n. 18, pp. 23-55, 2016.

HORTA, Amanda. Indígenas em Canarana: Notas Citadinas Sobre a Criatividade Parque-xinguana. Revista de Antropologia, v.60, n.1, p. 216-241, 2017.

HUIZINGA, Johan. Homo Ludens. São Paulo: Perspectiva, 2020 [1939].

LANNA, Marcos; COSTA, Carlos; SOUZA, Alexandre. Sacrifício, tempo, antropologia: três exercícios em torno de O Pensamento Selvagem. Revista De Antropologia. v.58, n.1, p. 321-361, 2015.

LEA, Vanessa. Parque Indígena do Xingu. Laudo Antropológico, 1997.

LÉVI-STRAUSS, Claude. Introdução à obra de Marcel Mauss. In: MAUSS, Marcel. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. p. 11-46.

LIMA, Tânia. Que é um corpo?. Religião e Sociedade, v. 22, n.1, p. 9-20, 2000.

MACHADO, Igor; MARQUES, Ana Claudia; CARSTEN, Janet. Entrevista com Janet Carsten. Revista de Antropologia da UFSCar, v.6, n.2, p. 147-159, 2014.

MACHADO, Igor. A Antropologia de Schneider. Pequena introdução. São Carlos: EdUFSCar, 2013.

MEHINAKU, Mutua. Tetsualü: pluralismo de línguas e pessoas no Alto Xingu. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Museu Nacional, Rio de Janeiro, 2010. MENEZES BASTOS, Rafael. Exegeses Yawalapití e Kamayurá da Criação do Parque Indígena do Xingu e a Invenção da Saga dos Irmãos Villas Boas. Revista de Antropologia. v. 30/31/32, p. 391-426, 1989.

NOVO, Marina. “Esse é o Meu Patikula": Uma Etnografia do Dinheiro e Outras Coisas Entre os Kalapalo de Aiha. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2018.

MOISÉS, Beatriz. Festa e Guerra. Tese (Livre-docência) Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.

PINTO, Márnio Teixeira. Corpo, morte e sociedade: um ensaio a partir da forma e da razão de se esquartejar um inimigo. ANPOCS, 2011.

RIVERS, Willian. O método genealógico na pesquisa antropológica. In: OLIVEIRA, Roberto Cardoso (Org). A Antropologia de Rivers. Campinas: Editora da Unicamp, 1991 [1910]. p 51-70.

RIVIÈRE, Peter. Individual and society in Guiana. Cambridge: Cambridge University Press, 1986.

SCHNEIDER, David. Parentesco Americano. Uma exposição cultural. Petrópolis: Vozes, 2016 [1968].

SEEGER, Anthony; DAMATTA, Roberto; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A Construção da Pessoa nas Sociedades Indígenas Brasileiras. Boletim do Museu Nacional, n. 32, p. 2–19, 1979.

SILVA, Márcio. 1871: o ano que não terminou. Cadernos de Campo, São Paulo, n .19, p. 323-336, 2010.

STRATHERN, Marilyn. O Gênero da dádiva. Campinas: Editora da Unicamp, 2006.

STRATHERN, Marilyn. Parentesco, direito e o inesperado. Parentes são sempre uma surpresa . São Paulo: Editora UNESP,

STRATHERN, Marilyn. Sobre modos de se pensar e fazer Antropologia: entrevista com Marilyn Strathern. Ponto Urbe , n. 17, p. 1 17, 2015.

TOLEDO, Luiz Henrique. Futebol e Teoria Social: Aspectos da Produção Acadêmica Científica Brasileira (1982-2002). BIB - Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, v. 52, n. 2, p. 133-165, 2001.

TOLEDO, Luiz Henrique. Torcer: perspectivas analíticas em Antropologia das práticas esportivas. Tese (Titularidade) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2019.

TOLEDO, Luiz Henrique. Reconversão torcedora: transgressão ou um caso de extensão simbólica? R@U, Revista de Antropologia da UFSCar. v. 12, n. 1, p. 69-93, 2020.

VANZOLINI, Marina. A Flecha do Ciúme: O Parentesco e seu Avesso Segundo os Aweti do Alto Xingu. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Museu Nacional, Rio de Janeiro, 2010.

VERANI, Cibeli. A “Doença da Reclusão” no Alto Xingu: estudo de um caso de confronto intercultural. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Museu Nacional, Rio de Janeiro, 1990.

VIANNA, Fernando. Boleiros do cerrado: Índios Xavantes e o futebol. São Paulo: Annablume; FAPESP; ISA, 2008.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A Fabricação do Corpo na Sociedade Xinguana. Boletim do Museu Nacional, n. 32, p. 40-49, 1979.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A Inconstância da Alma Selvagem e Outros Ensaios de Antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2002.

WAGNER, Roy. A Invenção da Cultura. São Paulo: Cosac & Naify, 2010.

WALKER, Harry. State of play: the political ontology of sport in amazonian Peru. American Etnologist. v. 40, n. 2, p. 382-398, 2013.

Published

08-08-2022

How to Cite

COSTA, C. E.; DE TOLEDO, L. H. Kinship, conversion and sportive personhood: : outline of an ethnographic programme of studies of esportivities. Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, [S. l.], v. 9, n. 17, p. 1–31, 2022. DOI: 10.21680/2446-5674.2022v9n17ID27663. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/27663. Acesso em: 2 jan. 2025.