RODEADOS POR IKÚ
diálogos transatlânticos sobre mortalidade, doenças e curas entre africanos centro-ocidentais no escravismo do Rio de Janeiro, 1758-1888.
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-817X.2021v17n1ID22032Palavras-chave:
Escravismo, Economia Crioula, Antropologia, Mortalidade, Rio de JaneiroResumo
Esse trabalho propõe discutir a mortalidade, doenças e curas pelo que denominaremos como História antropológica, tendo como palco as ações dos indivíduos escravizados da região da África Centro-Ocidental e a relação destes com o escravismo colonial no Rio de Janeiro em sua longa duração. Como base metodológica e teórica utilizaremos o conceito de economia crioula, ainda em construção, que pretende enfatizar o necessário diálogo epistêmico entre cultura e economia, por meio da Antropologia, e da História econômica com o objetivo de entender a complexidade do escravismo na espacialidade da cidade do Rio de Janeiro, utilizando o cruzamento de fontes diversas: Arquivo Histórico Ultramarino (Projeto Resgate), Biblioteca Municipal de Luanda, Banco de Dados do Tráfico Transatlântico de Escravos (Slave Trade Data-Base).
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