De Archytas a Franck

uma recapitulação da formulação da teoria da espacialidade na arquitetura

Autores

  • Leonardo Oliveira UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.21680/1984-817X.2023v19n2ID31960

Resumo

Este artigo teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica de algumas obras referenciais que tratam do tema da espacialidade na arquitetura. Dessas obras foram extraídas as principais contribuições em relação a esse tema, que foram traduzidas de fontes primárias de modo original e inédito, em alguns casos, e costuradas cronologicamente. A literatura aponta que no século XIX, o conceito de espaço foi introduzido na teoria da arquitetura e desenvolvido a partir de uma abordagem que enfatizava o papel do corpo humano e a sua predisposição cinestésica aos processos de percepção e cognição. Mais recentemente, a questão da percepção espacial, fundamentada em sensações decorrentes do envolvimento direto do indivíduo com o espaço, tem sido desenvolvida a partir de uma abordagem fenomenológica, que busca descrever os fenômenos como são manifestados na experiência aos sentidos humanos. Concluiu-se que essa abordagem, apesar de evidente no pensamento arquitetônico contemporâneo, carece de mais estudos empíricos a fim de contribuir para a formulação do que poderia ser chamado de teoria da arquitetura de inspiração fenomenológica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AGUIAR, Douglas Vieira de. Espaço, corpo e movimento: notas sobre a pesquisa da espacialidade na arquitetura. Arqtexto, Porto Alegre, v. 8, p. 74-95, 2006.

AGUIAR, Douglas Vieira de. Corpografia arquitetônica: o método do observador e das linhas. Pós, São Paulo, v. 24, n. 42, p. 12-31, 2017.

ARISTÓTELES. Categories. In: ROSS, William David; SMITH, John Alexander (Orgs.). The Works of Aristotle, Vol. 1. Oxford: Clarendon Press, 1908, p. 2-46.

BACHELARD, Gaston. [1957]. La poétique de l’espace. Paris: Les Presses universitaires de France, 1961.

BACON, Edmund. [1967]. Design of cities. New York: Penguin Books, 1976.

BENEDIKT, Michael. To take hold of space: isovists and isovist fields. Environment and Planning B Planning and Design, v. 6, n. 1, mar. 1979, p. 47-65.

BENEDIKT, Michael. Coming to our senses: architecture and the non-visual. Harvard Design Magazine, Cambridge, MA, n. 26, 2007. Disponível em: <http://www.mbenedikt.com/hdmphenomreview.pdf>. Acesso em 27 dez. 2020.

BENEDIKT, Michael. Solipsism succeeds. In: BENEDIKT, Michael. Architecture beyond experience, part one: locating the sacred (final manuscript), 2018, p. 13-19. Disponível em: <https://bityli.com/xUnsc>. Acesso em 27 dez. 2020.

BOESIGER, Willy; STONOROV, Oscar (Orgs.). Le Corbusier et Pierre Jeanneret. Oeuvre complète, Vol. 1: 1910-1929. Zurich: Éditions d’Architecture, 1937.

CULLEN, Gordon. [1961]. Paisagem urbana. Lisboa: Edições 70, 1971.

DUHEM, Pierre. Space and the void according to Aristotle. In: ČAPEK, Milič (Org.). The concepts of space and time: their structure and their development. Dordrecht: Springer Netherlands, 1976, p. 27-29.

FOUCAULT, Michel. Surveiller et punir: naissance de la prison. Paris: Gallimard, 1975.

FRANCK, Karen A. The words we choose: revisiting “environment” and “behavior”. In: LINDSAY, Georgia; MORHAYIM, Lusi (Orgs.). Revisiting “social factors”: advancing research into people and place. Newcastle upon Tyne: Cambridge Scholars Publishing, 2015, p. 12-27.

FRANKL, Paul. Die Entwicklungsphasen der neueren Baukunst. Leipzig, Berlin: B. G. Teubner, 1914.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

GULLBERG, Johanna. Voids and bodies: August Schmarsow, Bruno Zevi and space as a historiographical theme. Journal of Art Historiography, Birmingham, n. 14, jun. 2016, p. 1-20.

HEIDEGGER, Martin. [1951]. Bauen, Wohnen, Denken. DocPlayer, 2021. Disponível em: <https://docplayer.org/24892585-Martin-heidegger-bauen-wohnen-denken.html>. Acesso em: 13 jul. 2021.

HERTZBERGER, Herman. [1991]. Lessons for students of architecture. Rotterdam: 010 Publishers, 2005.

HILLIER, Bill; HANSON, Julienne. The social logic of space. New York: Cambridge University Press, 1984.

HUSSERL, Edmund. [1907]. Die Idee der Phänomenologie: Fünf Vorlesungen. Hamburg: Felix Meiner Verlag GmbH, 1986.

KOOLHAAS, Rem. What ever happened to urbanism? In: KOOLHAAS, Rem; MAU, Bruce. S, M, L, XL. The Monicelli Press: New York, 1995, p. 959-971.

KOOLHAAS, Rem. [1995]. The generic city. In: KOOLHAAS, Rem; MAU, Bruce. S, M, L, XL. The Monicelli Press: New York, 1998, p. 1248-1264.

LE CORBUSIER. [1923]. Vers une architecture. Paris: Éditions G. Crès, 1924.

LIPPS, Theodor. Aesthetische Einfühlung. In: EBBINGHAUS, Hermann; KÖNIG, Arthur (Orgs.). Zeitschrift für Psychologie und Physiologie der Sinnesorgane, vol. 22. Leipzig: Verlag von Johann Ambrosius Barth, 1900, p. 415-450.

MERLEAU-PONTY, Maurice. Phénoménologie de la perception. Paris: Éditions Gallimard, 1945.

MONTAG, Christiane; GALLINAT, Jürgen; HEINZ, Andreas. Theodor Lipps and the Concept of Empathy: 1851-1914. The American Journal of Psychiatry, Washington, vol. 165, n. 10, out. 2008, p. 1261-1261.

NEWTON, Isaac. [1687]. Mathematical principles of natural philosophy. New York: Daniel Adee, 1846.

NORBERG-SCHULZ, Christian. Genius Loci: towards a phenomenology of architecture. New York: Rizzoli, 1976.

PALLASMAA, Juhani. [1996]. The Eyes of the Skin: Architecture and the Senses. Hoboken, NJ: John Wiley & Sons, 2005.

PALLASMAA, Juhani. Space, place and atmosphere: emotion and peripherical perception in architectural experience. Lebenswelt, vol. 1, n. 4, p. 230-245, jul. 2014.

PATRICIOS, Nicholas Napoleon. The spatial concepts of the Ancient Greeks. Acta Classica, Pretoria, vol. 14, 1971, p. 17-36.

PLATÃO. Timaeus. In: PLATÃO. Plato in Twelve Volumes, Vol. 9. Cambridge, MA: Harvard University Press; Londres: William Heinemann, 1925.

SCHMARSOW, August. Das Wesen der architektonischen Schöpfung. Leipzig: Karl W. Hiersemann, 1894.

SERRA, Geraldo Gomes. Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo: guia prático para trabalho de pesquisadores em pós-graduação. São Paulo: Edusp, 2006.

SMITHSON, Alison. Team 10 Primer. London: Whitefriars Press, 1968.

TSCHUMI, Bernard. [1994]. Sequences. In: TSCHUMI, Bernard. Architecture and disjunction. Cambridge: MIT Press, 1996. p. 152-168.

VISCHER, Robert. Über das optische Formgefühl: Ein Beitrag zur Ästhetik. Leipzig: Hermann Gredner, 1873.

WOODS, Lebbeus. What is architecture? Lebbeus Woods Blog, 2007. Disponível em: <https://bityli.com/ArVy2>. Acesso em 17 dez. 2020.

ZEVI, Bruno. [1948]. Saper vedere l'architettura. Torino, Einaudi: 1964.

ZUMTHOR, Peter. Atmospheres: Architectural Environments. Surrounding Objects. Basel; Boston; Berlin: Birkhäuser, 2006.

Downloads

Publicado

06-02-2024

Como Citar

OLIVEIRA, L. De Archytas a Franck: uma recapitulação da formulação da teoria da espacialidade na arquitetura. Revista Espacialidades, [S. l.], v. 19, n. 2, p. 120–142, 2024. DOI: 10.21680/1984-817X.2023v19n2ID31960. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/espacialidades/article/view/31960. Acesso em: 28 abr. 2024.