“Banditismo por pura maldade, banditismo por necessidade”: uma análise da representação midiática do banditismo cangaceiro
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-817X.2025v1n01ID38416Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar a representação midiática do banditismo cangaceiro a partir dos longa-metragens “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964) de Glauber Rocha e “Reza a Lenda” (2016) de Homero Olivetto. O banditismo é um fenômeno social onde indivíduos com um objetivo em comum juntam-se para praticar crimes, geralmente envolvendo roubos, assassinatos e extorsões. Na mídia, por vezes são apresentados ao público como sujeitos corajosos, leais e heróicos. Como aporte teórico, utilizaremos a teoria de banditismo social de Eric Hobsbawm em Bandidos (1969), que afirma ter em seu cerne o estopim social, ligado à vulnerabilidade econômica. Leremos o cangaço para os sujeitos inseridos em seu contexto como forma de escape, ascensão ou revolta ao sistema político e econômico vigente. Como metodologia, analisaremos as produções audiovisuais acima citadas em duas épocas distintas, respectivamente: a Primeira República a partir de 1889, representada na década de 1960, e o cangaço novo, na década de 2010. Ao fim, buscamos com este trabalho analisar os estereótipos de valentia, rebeldia e heroísmo que rodeiam a imagem do cangaceiro e se as motivações dos sujeitos sertanejos ao ingressarem nos bandos são, de fato, econômicas, tal qual os produtos fílmicos propõem.
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