"CHINAMAN AND RICEATERS"
migração, racismo culinário e inferiorização chinesa nos EUA Contemporâneo (séculos XIX ao XXI)
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-817X.2025v21n1ID38815Palavras-chave:
Alimentação, Contemporaneidade, EUA, Migração Chinesa, Racismo CulinárioResumo
O objetivo do artigo é analisar a imigração chinesa para os EUA no século XIX, abordando choques culturais e discriminação racial, especialmente o “Racismo Culinário” direcionado à comida sínica e sua persistência até o século XXI. A inferiorização culinária tem relação com o conceito de território na medida em que essas discriminações se destinavam a um grupo alocado em um território específico, as Chinatowns, portanto a inferiorização alimentar sínica marcava esses lugares. Para a investigação foram utilizadas fontes como jornais, mídias digitais, postais e jogos eletrônicos. As imagens usadas servem como exemplos que atestam a existência imagética do racismo culinário e fenotípico no contexto de 200 anos investigado. A metodologia aplicada na compreensão de tais estereótipos, assim como na formação e interação dos lugares de identidade sínica, foi a descritiva-qualitativa. Dentre os autores utilizados pode-se mencionar Edward Relph, para se pensar o espaço urbano, Michel Wieviorka, que introduz a temática do racismo cultura, Jack Chen, que fez um traçado histórico sobre o processo migratório sínico para os EUA, e Haiming Liu, que fornece evidências sobre as práticas culinárias sino americanas desde o século XIX.
Downloads
Referências
BARTOSHUK, Linda; DUFFY, Valerie. Chapter 2: Chemical Senses, Taste and Smell. In: KORSMEYER, Carolyn. The Taste Culture Reader. Londres: Bloomsbury Academic, 2017, p. 21-28
BLACK, Isabella. American Labour and Chinese Immigration. Past & Present. Oxford, n. 25, p. 59-76, Julho, 1963.
BOWES, John. Chapter 5: US Expansion and Its Consequences, 1815-1890. In: HOXIE, Frederick. The Oxford Handbook of American Indian History. New York: Oxford University Press, 2016, p. 93-110.
CHEN, Jack. The Chinese of America. São Francisco: Harper e Row Publishers, 1980.
COUTO, Sérgio. A extraordinária história da china: cultura, religião, economia, política, sociedade tecnologia e lendas. São Paulo: Universo dos Livros, 2008.
FRANCO, Ariovaldo. De Caçador a Gourmet: Uma História da gastronomia. São Paulo: Senac, 2010.
GODOY, Arilda. INTRODUÇÃO À PESQUISA QUALITATIVA E SUAS POSSIBILIDADES. Revista de Administração de Empresas. v. 35, n. 2, p. 57-63, Abril, 1995.
GOTTMANN, Jean. A evolução do conceito de território. Boletim Campineiro de Geografia. v. 2, n. 3, p. 523-545, 2012.
GOULD, Stephen. A Falsa Medida do homem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
HARTOG, François. O Espelho de Heródoto: Ensaio sobre a representação do Outro. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999.
HICKEY, Donald. The War of 1812: A Forgotten Conflict. Chicago: University of Illinois Press, 2012.
HOBSBAWM, Eric; RANGER, Terence. A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
HOLLAND, Kenneth. A History of Chinese Immigration in the United States and Canada. American Review of Canadian Studies. Bridgewater, v. 37, n. 2, p. 150-160, Novembro, 2009.
HUNT, Lynn. A Invenção dos Direitos Humanos: Uma História. São Paulo: Edirtora Schwarcz, 2009.
HUNTINGTON, Samuel. O Choque de Civilizações e a Recomposição da Ordem Mundial. São Paulo: Objetiva, 1997.
LENCIONI, Sandra. Observações sobre o conceito de Cidade e Urbano. Espaço e Tempo. N. 24, p. 109-123, 2008.
LIQUN, Yu. A difusão da comida chinesa no Ocidente: Uma investigação de um prato chinês americanizado. Ludong University Journal (Philosophy and Social Sciences Edition). v. 37, n. 5, p. 31-36, 2020.
LIU, Haiming. From Canton Restaurant to Panda Express: A History of Chinese Food in The United States. New Jersey: Rutgers University Press, 2015
LONG, Lucy. COMFORT FOOD IN CULINARY TOURISM: NEGOTIATING “HOME” AS EXOTIC AND FAMILIAR. In: JONES, Michael Owens; LONG, Lucy. Comfort Food: Meanings and memories. Jackson: University of Mississipi Press, 2017, p. 126-149.
LOWELL, Waverly. Chinese Imigration and Chinese in The United States. Washington D.C.: National Archives and Records Administration, 1996.
MARTINS, Heloisa Helena. Metodologia qualitativa de pesquisa. Educação e Pesquisa. v. 30, n. 2, p. 289-300, Agosto, 2004.
NYE, Joseph. Soft Power: The Evolution of a Concept. Journal of Politic Power. v. 14, p. 196-208, Fevereiro, 2021.
PERLÈS, Catherine. As Estratégias Alimentares nos Tempos Pré-Históricos. In. FLANDRIN, Jean-Louis; MONTANARI, Massimo. História da Alimentação. São Paulo: Estação Liberdade, 1998, p. 29-41.
PILLSBURY, Richard. No Foreign Food: The American Diet in Time and Place. Boulder: Westview, 1998.
PORTEOUS, Douglas. Chapter 7: Smellscape. In: DROBNICK, Jim. The Smell Culture Reader. Nova Iorque: Berg, 2006, p. 89-106.
REGNIER, Foustine. Chapter 9: How We Consume New Products: The Example of Exotic Foods (1930–2000). In: BARBOSA-CÁNOVAS, Gustavo; COLONNA, Paul. Global Issues in Food Science and Technology. Cambridge: Academic Press, 2009, p. 129-144.
RELPH, Edward. Place and Placelessness. 1 ed. Londres: Pion Limited, 1976.
RELPH, Edward. Chapter 1 – The Paradox of Place and the Evolution of Placelessness. In: FRESSTONE, Robert; LIU, Edgard. Place and Placelessness Revisited. Nova Iorque: Routledge, 2016, p. 20-34.
ROTHMAN, Steven. Revisiting the Soft Power Concept: What Are the means and the mechanisms of Soft Power? Journal of Politic Power. v. 4, n.1, p. 49-64, Abril, 2011.
SANTOS, Christian Fausto Moraes; CAMPOS, Rafael Dias da Silva. Apontamentos acerca da Cadeia do Ser e o lugar dos negros na filosofia natural na Europa setecentista. História, Ciências, Saúde – Manguinhos. Rio de Janeiro, v. 21, n. 4, p. 1215-1234, 2014.
SCHMIDT, Benjamin. Inventing Exoticism: Geography, Globalism and Europe’s Early Modern World. Filadélfia: University of Pennsylvania Press, 2015.
SEAGER II, Robert. Some Denominational Reactions to Chinese Immigration to California, 1856-1892. Pacific Historical Review. Berkeley, v. 28, n. 1, p. 49-66, Fevereiro, 1959.
SEYFERTH, Giralda. A INVENÇÃO DA RAÇA E O PODER DISCRICIONÁRIO DOS ESTEREÓTIPOS. Anuário Antropológico. Rio de Janeiro, v. 18, n. 1, p. 175-203, 1995.
SPENCE, Charles. Chapter 3: Multisensory Flavour Perception. In: KORSMEYER, Carolyn. The Taste Culture Reader. Londres: Bloomsbury Academic, 2017, p. 29-36.
STANISKI, Adelita; KUNDLATSCH, Cesar; PIREHOWSKI Dariane. O Conceito de Lugar e Suas diferentes Abordagens. Perspectiva Geográfica. v. 9, n. 11, p. 1-10, 2014.
TANG, Terry. California restaurant’s comeback shows how outdated, false Asian stereotype of dog-eating persists. ApNews, 04, janeiro, 2024. Disponível em: https://apnews.com/article/asians-eat-dog-food-restaurants-stereotypes-d81b0459d9725e950d00fadc1e856a94. Acesso em: 07 de Jan. 2025.
TUCK & SONS, Raphael. Cartão Postal Natalino com Chinês estereotipado. 1870 – 1920. Cartão Postal, TuckDB Ephemera, Disponível em:<https://www.tuckdbephemera.org/items/23189-wishee-mellee-christmas-man-holding-axe-walks-right-with-dog/picture/1>. Acesso em: 07 de Jan. 2025.
TUCK & SONS, Raphael. Verso do cartão postal indicando o interesse de se devorar o cachorro. 1870 – 1920. Cartão Postal, TuckDB Ephemera, Disponível em:<https://www.tuckdbephemera.org/items/23189-wishee-mellee-christmas-man-holding-axe-walks-right-with-dog/picture/1>. Acesso em: 07 de Jan. 2025.
VANDENBROUCKE, Guillaume. The U.S. Westward Expansion. International Economic Review. Filadélfia, v. 49, n. 1, p. 81-110, Fevereiro, 2008.
VIALLES, Noelie. Animal to Edible. Nova Iorque: Cambridge University Press, 1994.
WIEWIORKA, Michel. El Racismo: Una Introducción. Barcelona: Editorial Gedisa, 2009.
ZHAOYUAN, Lu. China - un tesoro culinario milenario Propuesta de una ruta culinaria por China para turistas europeos. Trabajo Fin de Grado. Universidade Politécnica de Valencia, Gandia, 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Espacialidades

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de publicação inicial, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons CC BY-NC- SA 4.0, e pelos direitos de publicação. Os autores podem publicar seus trabalhos on-line em repositórios institucionais / disciplinares ou nos seus próprios sites. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original.
O autor também aceita submeter o trabalho às normas de publicação da Revista Espacialidades acima explicitadas.
A Revista Espacialidades é um periódico de acesso aberto sob a licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 Internacional License (CC BY-NC-SA 4.0)