MEMÓRIAS DE GARÇONS PEDRO-SEGUNDENSES NA SÃO PAULO OITENTISTA
entre redes de migração e exploração
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-817X.2025v21n1ID39799Palavras-chave:
Memória, Migração, Trabalho, Redes, Piauí.Resumo
Este artigo aborda a experiência de migrantes de Pedro II, município rural ao norte do Piauí, que se deslocaram para São Paulo, na década de 1980, através do trabalho como garçons. Visto que a migração não ocorre somente por questões econômicas e climáticas, mas como prática social e projeto familial dos trabalhadores (Durham, 1978), a perspectiva é compreender a agência dos sujeitos (Fontes, 2008), em suas motivações e estratégias elaboradas nas redes migratórias (Menezes, 2002). Tudo isso em meio ao espaço da metrópole e dos restaurantes, lugares repletos de estigmas, desigualdades e exploração, que os colocam na categoria de outsiders (Elias; Scotson, 2000). Para relatar as situações sociais e do trabalho, utilizamos a metodologia da História Oral e entrevistas semiestruturadas com migrantes retornados.
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Referências
ENTREVISTAS
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