A MIGRAÇÃO PARA A AMAZÔNIA

trajetórias de sertanejos abrigados na Hospedaria Getúlio Vargas (Ceará, década de 1950)

Autores/as

  • Renata Felipe Monteiro Secretária Municipal de Educação de Fortaleza

DOI:

https://doi.org/10.21680/1984-817X.2025v21n1ID38897

Palabras clave:

Migração, Trajetórias, Hospedaria Getúlio Vargas.

Resumen

A migração de sertanejos abrigados na Hospedaria Getúlio Vargas (Fortaleza) teve início durante a Segunda Guerra Mundial, quando houve o deslocamento de nordestinos para a região amazônica, com o intuito de extrair a borracha. Após o fim da guerra, porém, a hospedaria continuou recebendo diversos retirantes durante toda a década de 1950 e, sobretudo, durante as estiagens de 1951-53 e 1958. O objetivo desses sujeitos era partir em busca de melhores condições de vida, encaminhando-se para diversas regiões do país, mas, em especial, para a região amazônica. Assim, através da análise de uma diversidade de fontes (documentos oficiais, relatos e, sobretudo, jornais) tentamos entender as trajetórias de migração de alguns nordestinos, que, na luta por sobrevivência, enfrentavam fome, lotação, doenças etc. Para isto nos embasamos em autores consagrados que abordam sobre migração, tais como Martins (2019), Martinello (2018) e Sayad (1998).

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Citas

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Publicado

29-08-2025

Cómo citar

MONTEIRO, Renata Felipe. A MIGRAÇÃO PARA A AMAZÔNIA: trajetórias de sertanejos abrigados na Hospedaria Getúlio Vargas (Ceará, década de 1950). Revista Espacialidades, [S. l.], v. 21, n. 1, p. 232–255, 2025. DOI: 10.21680/1984-817X.2025v21n1ID38897. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/espacialidades/article/view/38897. Acesso em: 8 dic. 2025.