O TRABALHO DE MULHERES JORNALISTAS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19

um estudo de caso dos reordenamentos produtivos no Ceará

Autores

  • Marina Solon UFC
  • Mayara Araújo UFC
  • Naiana Rodrigues UFC
  • Márcia Vidal Nunes UFC

DOI:

https://doi.org/10.21680/1982-1662.2020v3n28ID20842

Resumo

Este artigo traz reflexões sobre o trabalho de mulheres jornalistas no Ceará durante a pandemia de Covid-19. Com o isolamento social imposto pelo governo do Estado como uma das ações de combate à pandemia, mulheres tiveram que adequar atividades profissionais ao espaço da casa, dividindo a força de trabalho entre a profissão, as tarefas domésticas e o cuidado com a família (BIROLI, 2018; FEDERICI, 2019; HUWS, 2014). Para observar esse cenário, este estudo de caso exploratório (YIN, 2001) se vale de dados  obtidos  pela pesquisa nacional “Como trabalham os comunicadores em tempos de pandemia da Covid-19”, realizada pelo Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho (CPCT-ECA-USP); e de informações procedentes de entrevistas semi-estruturadas com oito jornalistas cearenses . Os resultados apontam que os regimes de home office e rodízio redação-casa, adotados durante a pandemia, aprofundam o cenário já consolidado de precarização do trabalho jornalístico  (FÍGARO, 2013; MICK; LIMA, 2013;) e do trabalho de mulheres jornalistas, especificamente (FIGARO, 2018; LELO, 2019;); e geram intensificação do ritmo de trabalho, maior cobrança por produtividade e desgaste psicológico/emocional das profissionais; além de evidenciarem uma divisão sexual do trabalho ainda prevalente, porém seletiva.

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Publicado

02-09-2020

Como Citar

SOLON, M.; ARAÚJO, M.; RODRIGUES, N.; VIDAL NUNES, M. O TRABALHO DE MULHERES JORNALISTAS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: um estudo de caso dos reordenamentos produtivos no Ceará. Revista Inter-Legere, [S. l.], v. 3, n. 28, p. c20842, 2020. DOI: 10.21680/1982-1662.2020v3n28ID20842. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/20842. Acesso em: 18 nov. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ A PANDEMIA DE COVID-19 NA VIDA DE MULHERES