“FIQUE EM CASA”

violência e terrorismo íntimo contra as mulheres em tempos de covid-19

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/1982-1662.2020v3n28ID21436

Resumo

A pandemia do COVID-19 tem causado muitas mortes no mundo todo. Medidas de saúde pública foram tomadas para controlar a propagação do vírus causador da doença, dentre elas o distanciamento social. Observa-se que esta medida pode impactar na violência contra as mulheres e, igualmente, favorecer o terrorismo íntimo, acirrando medos já existentes e coibindo seus direitos sexuais e reprodutivos. Considerando este contexto, o objetivo deste artigo é tecer reflexões acerca das intersecções entre violência contra as mulheres, as relações de gênero e a ferramenta de distanciamento social em tempos de pandemia da COVID-19, tratando particularmente do terrorismo íntimo. Foi realizado um estudo exploratório e descritivo por meio de um levantamento de documentos de domínio público. O feminismo relacional crítico, particularmente as ideias de Carole Pateman no que se refere à dicotomia público\privado, e a teoria das representações sociais serviram de base para as reflexões desenvolvidas. Conclui-se que para prevenir e coibir a violência, é necessário que se articule com a população modos de descontruir as representações sobre masculinidades, sobre o que é tornar-se mulher, sobre o que é violência e terrorismo e, acima de tudo, romper com a dicotomia entre a esfera pública e a esfera privada.

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Biografia do Autor

Adriane Roso, UFSM

Professora Associada (Dedicação Exclusiva) na Universidade Federal de Santa Maria –

UFSM (Graduação/Mestrado). Pós-doutorado na Harvard University, Departamento de

Psicologia, com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). É pós-doutora em Comunicação (UFSM). Doutora em Psicologia (PUCRS), com doutorado sanduíche na Columbia University (bolsa da Fulbright). Mestre em Psicologia Social e da Personalidade (PUCRS). Especialista em Saúde Pública (UFRGS/ FIOCRUZ/ESP/RS) e em Gestão em Saúde (UFRGS). Certificada em Aconselhamento em Álcool/Drogas (University of California - UCLA). Graduada em Psicologia (UNISINOS). Coordena o “VIDAS - Núcleo de pesquisa, ensino e extensão em Psicologia Clínica-Social” (UFSM) e Lidera o Grupo de Pesquisa “Saúde, Minorias Sociais e Comunicação”. Membro Efetivo do Grupo de Trabalho 66 “Representações Sociais” da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP) e vice-coordenadora do GT (2015-2016). Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2 (2015-2018). Áreas de Pesquisa: psicologia social, relações intergrupais, psicologia e política, saúde coletiva, estudos de gênero e comunicação social. Temas de interesse: relações de poder, violência, minorias sociais, racismo, violência, direitos sexuais/reprodutivos, (ciber)mídia, consumo de drogas. Perspectivas Reflexivas: Psicologia Social Crítica, Sociologia\Antropologia Críticas, Estudos Críticos da Mídia e Feminismo. Teorias: Teoria das Representações Sociais e Psicanálise.

Janine Gudolle de Souza, UFSM

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM (2017). Mestranda em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia - PPGP/UFSM, na linha de pesquisa: Problemáticas de saúde e contextos institucionais. Integrante do Núcleo de Pesquisa VIDAS - Núcleo de pesquisa, ensino e extensão em Psicologia Clínica-Social (UFSM). Atua como psicóloga no Projeto Redes de Aprendizagem do Núcleo de Apoio à Aprendizagem na Coordenadoria de Ações Educacionais (CAED/UFSM).

Caroline Matos Romio, UFSM

Doutoranda em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), possui título de mestre pela mesma instituição, graduada em psicologia. Integrante do Núcleo de Pesquisa VIDAS – Núcleo de pesquisa, ensino e extensão em Psicologia Clínica-Social. Psicóloga vinculada a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFSM.

Ana Flavia de Souza, UFSM

Psicóloga, graduada em Psicologia pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões Campus de Frederico Westphalen- RS (2020). Mestranda em Psicologia no Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP- UFSM), na linha de pesquisa "Problemáticas de saúde e contextos institucionais"; bolsista da Capes; integrante do Núcleo de Pesquisa VIDAS- Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Psicologia Clínica-Social (UFSM).

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Publicado

02-09-2020

Como Citar

ROSO, A.; GUDOLLE DE SOUZA, J. .; MATOS ROMIO, C.; DE SOUZA, A. F. “FIQUE EM CASA”: violência e terrorismo íntimo contra as mulheres em tempos de covid-19. Revista Inter-Legere, [S. l.], v. 3, n. 28, p. c21581, 2020. DOI: 10.21680/1982-1662.2020v3n28ID21436. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/21436. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ A PANDEMIA DE COVID-19 NA VIDA DE MULHERES