A natureza reticulada das cidades e do urbano
DOI:
https://doi.org/10.21680/1982-1662.2023v6n36ID31467Palavras-chave:
Redes, Cidades, Urbano, Fragmentação socioespacialResumo
A urbanização é um fenômeno mundial que se constitui a partir de inúmeros vetores em que as cidades são os principais nós das redes interurbanas, mas que guardam inúmeras redes intraurbanas. É no contexto de uma crescente complexidade tecnológica que tais vetores diferenciam o território e produzem cidades com papéis diferenciados, gerando padrões bastante diversos de redes urbanas, mas que guardam a potencialidade de redefinição espacial segundo as tendências contidas na lógica do mercado e nos diferentes formatos de atuação dos governos e instituições. A remodelação dos territórios é acionada a partir de diferentes escalas geográficas em que as escalas de comando e de impacto polarizam os fluxos das redes em ritmos ditados de acordo com os setores que desencadeiam a estruturação e as práticas espaciais. Neste texto, será apresentado o caráter reticulado da cidade e do urbano e seus desdobramentos no processo de fragmentação socioespacial urbana. Os resultados são oriundos das pesquisas sobre redes socioespaciais em cidades brasileiras e mostram que na análise espaço-temporal da cidade e do urbano as redes constituem um elemento central e seu estudo permite compreender tendências centrais de temas tão caros ao conhecimento geográfico.
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