Territórios, redes e cidades
DOI:
https://doi.org/10.21680/1982-1662.2023v6n36ID32595Resumo
Há alguns anos, um renomado cientista social publicou um livro intitulado “Cidades: a urbanização da humanidade”, indicando que, com a revolução industrial, o fenômeno urbano agora significa não uma formação espacial diversa, a cidade e seu hinterland, estruturando-se consoante os múltiplos arranjos territoriais isolados. O urbano desta vez se organiza em campos reticulares complexos e articulados, espalhando-se por espaços podem até ultrapassar as fronteiras político-administrativas dos Estados nacionais. As redes territoriais que estruturam as cidades sobrepõem-se aos arranjos tradicionais das cidades, entrincheiradas em suas peculiaridades espaço-temporais.
As dinâmicas entre redes territórios e cidades guardam, por um lado, uma série de divisões (da produção, do trabalho, da distribuição, do consumo, entre outras), que conferem sentido ao modo como a rede urbana é hierarquizada segundo os papéis das cidades. Por outro lado, expressa inúmeras formas de interações socioespaciais, articuladas por diferentes tipos de redes sociais, técnicas e urbanas, que permite identificar graus de heterarquia nas redes urbanas contemporâneas, relativizando a estrutura hierárquica anterior. Nesse sentido, é a lógica das redes que potencializa as novas formas de interações urbanas.
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