PERSPECTIVAS E CONTROVÉRSIAS DA SOCIOLOGIA: CRISE PARADIGMÁTICA OU DIVERSIDADE EPISTEMOLÓGICA?
Resumo
A Sociologia surge no Século XIX, demarcando suas fronteiras com as outras
ciências e com a Filosofia (metafísica). Os primeiros sociólogos, representados
pelo Positivismo de Comte e influenciados pelo Materialismo histórico-dialético
de Marx, assumem o desafio de legitimar um método de pesquisa específico,
assim como seus objetos e objetivos de estudo. No Século XX os clássicos,
Durkheim e Weber, garantem a autonomia sociológica e sua independência
teórica. Entretanto, as mudanças sociais parecem escapar dos modelos de
análise e exigem adaptações dos tradicionais métodos de pesquisa. Anuncia-se, então, na passagem ao Século XXI, uma crise paradigmática nas Ciências
Sociais que atingiria principalmente a Sociologia. Mas será mesmo possível
defender paradigmas sociológicos? Houve alguma teoria hegemônica e
consensual? A Sociologia conquistou sua independência científica em relação
à Filosofia e às demais ciências? Como as mudanças filosóficas influenciaram
na formação epistemológica da Sociologia? São, enfim, as principais questões
que impulsionam esse breve estudo sobre um tema tão controverso quanto
instigante para pensar os fundamentos e os pressupostos das análises
sociológicas. Assim, o objetivo do artigo é investigar a epistemologia
sociológica, sem buscar respostas definitivas, pois se trata de uma discussão
inesgotável.