SEGUINDO AS REDES DE BRUNO LATOUR: UM ENSAIO SOBRE A ANTROPOLOGIA SIMÉTRICA E A TEORIA DO ATOR-REDE
DOI:
https://doi.org/10.21680/1982-1662.2021v4n31ID21470Resumen
Este artigo faz parte de um esforço no sentido de compreender o pensamento de um dos autores mais importantes das Ciências Sociais na contemporaneidade: Bruno Latour. Com sua escrita hermética, abstrata, filosófica e por vezes, difícil de compreender, este autor nos oferece uma lente totalmente inovadora no modo de se pensar sobre a forma como o conhecimento científico é construído, nos lançando o seguinte questionamento: Por que as Ciências Sociais são tão antropocêntricas?
A tese proposta por Latour nos oferece uma visão, na qual as coisas e os não-humanos devem ser considerados nas análises científicas, pois também fazem parte do mundo social. Visando acabar com a oposição sujeito-objeto, ele propõe como saída, a tentativa de superar o abismo entre homens e coisas, seres humanos e não humanos, sociedade e natureza e entre ciências humanas e ciências naturais, através de um princípio de simetria, que busca explicar natureza e sociedade com igualdade de tratamento, dando importância aos híbridos e reconciliando a separação dicotômica entre sujeitos e objetos que por sua vez, passam a se apresentar à teoria social de uma maneira diferente e que sem dúvidas, balança as bases da antropologia moderna.
Palavras-chave: Teoria do Ator-Rede. Antropologia Simétrica. Humanos e Não Humanos. Bruno Latour.