O romance moderno como epopeia burguesa: o realismo inglês setecentista

Autores

  • Rafhael Borgato IFSP/Professor efetivo

DOI:

https://doi.org/10.21680/1983-2435.2018v3n1ID13087

Palavras-chave:

Lukács. Robinson Crusoe. Romance épico.

Resumo

O artigo trata da questão do romance e sua relação com o conceito de epopeia. Pensadores como Hegel e Georg Lukács se perguntaram: em que consiste o épico? Ambos se questionam se a epopeia desaparece com o fim do período histórico e cultural no qual tal forma literária existia ou se há uma representação do mundo própria do épico que pode se disseminar por outros gêneros. Para eles, existe um componente épico na forma romance, e o objetivo deste trabalho é justamente analisar essa composição, que consiste na figuração do imaginário burguês. A análise do conceito de épico no gênero romance foi realizada por meio de uma leitura de Robinson Crusoe, de Daniel Defoe, que corresponde ao arquétipo da possibilidade de epopeia no romance. Apontamos a caracterização do indivíduo burguês, sob o imaginário do puritanismo protestante, como meio de figuração dessa essência épica. 

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Biografia do Autor

Rafhael Borgato, IFSP/Professor efetivo

Professor do Instituto Federal de São Paulo. Doutorando na área de Estudos Literários pelo programa da UNESP (Campus/Araraquara). Estudo a teoria e o desenvolvimento histórico do romance moderno, valendo-me como pressuposto teórico do conceito moderno de trágico, tanto em sua formulação pelos filósofos idealistas alemães dos séculos XVIII e XIX quanto na formulação estruturalista do século XX. Utilizo como corpus de trabalho os romances "Madame Bovary", de Gustave Flaubert, e "Anna Kariênina", de Tolstói. Mestre na área de Estudos Literários pelo mesmo programa, tendo como objeto do estudo a manifestação do trágico na trilogia "O tempo e o vento", de Erico Verissimo.. Fui professor de língua inglesa no projeto "Laboratório de Línguas" (LABLIN) pela UNESP (Campus/Botucatu), em que lecionei para alunos de graduação e pós-graduação. Experiência na área de Letras, com ênfase em literatura, atuando principalmente com os seguintes temas: filosofia do trágico, conceitos de gênero (enfatizando o gênero romance). Bolsista CNPq de Mestrado de março de 2009 a março de 2010; bolsista FAPESP de Iniciação Científica de agosto de 2007 a julho de 2007 e durante o doutorado, de março de 2013 a fevereiro de 2016; bolsista PIBIC de agosto de 2006 a julho de 2007. Experiência na rede pública (2010-2011) e na rede particular (2011-2012) de ensino básico como professor de língua portuguesa, língua inglesa, literatura brasileira e redação.

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Publicado

17-02-2018

Como Citar

BORGATO, R. O romance moderno como epopeia burguesa: o realismo inglês setecentista. Revista Odisseia, [S. l.], v. 3, n. 1, p. p. 57 –73, 2018. DOI: 10.21680/1983-2435.2018v3n1ID13087. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/13087. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos