Ironia verbal: marcas, funcionamento, efetivação e absurdo
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2435.2022v7n2ID29865Palabras clave:
Ironia, Marcas da ironia, Ironia verbal, AbsurdoResumen
A ironia verbal é tema de inúmeras pesquisas científicas no âmbito dos estudos da linguagem, não reunindo consenso em relação às suas especificidades, nomeadamente quanto à sua natureza e às suas marcas ou índices textuais. Nosso objetivo principal, neste artigo, é questionar o funcionamento da ironia e os recursos mobilizados para sua efetivação e reconhecimento. Para tal, adotamos como aporte teórico Ducrot (1987), Maingueneau (1997), Muecke (2008), Guimarães (2001) e Attardo (2000), sendo o exemplário utilizado oriundo de Modesta Proposta e outros textos satíricos, de Swift (2005); um excerto de Montesquieu (apud MAINGUENEAU, 1997); e Cuca fundida, de Allen (2013). Como resultado preliminar, prevemos que a ironia verbal tem como pressupostos fundamentais a assunção de um enunciador (ou ponto de vista) absurdo e o caráter facultativo de suas supostas marcas intrínsecas.
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