Mar e areia em Los que aman, odian, de Silvina Ocampo e Adolfo Bioy Casares
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2435.2025v10n2ID39209Palavras-chave:
Mar, Areia, Adolfo Bioy Casares, Silvina OcampoResumo
Este artigo explora as possíveis articulações simbólicas do mar e da areia no romance "Los que aman, odian" de Silvina Ocampo e Adolfo Bioy Casares. De autoria coletiva, essa obra sintetiza uma significativa articulação entre o romance policial e a narrativa de cunho insólito e fantástico. Através da análise do romance, este artigo propõe uma reflexão sobre como os autores incorporam elementos marítimos e toda uma semântica relacionada à água para a construção da trama. Também aborda a autoria coletiva e sua relevância na obra, além de remontar ao cenário literário argentino dos anos 1940. Lançando mão de um referencial teórico que compreende discussões acerca do espaço literário (Brandão, 2013), do fantástico e do insólito (Campra, 2008; Ceserani, 2006; García, 2007, 2009, 2012, entre outros) e do romance policial (Ponce et al, 2020), as análises apontam para as experimentações no romance policial e questionam em que medida há influências do fantástico e do insólito na narrativa, identificando possíveis lastros. Por fim, propõe uma análise detalhada de como o mar e a areia são utilizados pelos autores para integrar o romance em seus aspectos temáticos, imagéticos e na trama.
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