Três definições da fenomenologia [Trois définitions de la phénoménologie]
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2109.2018v25n47ID12911Palavras-chave:
Fenomenologia, Sartre, Husserl, Merleau-Ponty [Phénoménologie, Merleau-Ponty]Resumo
Este ensaio visa problematizar a definição da fenomenologia a partir da contribuição de três autores: Edmund Husserl, Jean-Paul Sartre e Maurice Merleau-Ponty. A recepção do pensamento de Husserl é marcado, na França, pela corrente existencialista que exige, tanto de Merleau-Ponty quanto de Sartre, a reformulação da fenomenologia. A fim de acompanhar esse processo de assimilação e, ao mesmo tempo, modificação da fenomenologia, este ensaio apresenta três definições que, apesar de justapostas, relacionam-se entre si: 1) O que é a fenomenologia de Husserl?; 2) O que é a fenomenologia francesa?; 3) O que é a fenomenologia de Merleau-Ponty? Este trabalho de definição, apesar de topicalizado, apenas surge e é examinado a partir da relação de contraposição e renovação da escola da fenomenologia, que é vasta e plena de nuances, apontando ecos e vozes dissonantes entre si. Ao acompanhar a reformulação da fenomenologia em três momentos, fica mais claro, ao fim do ensaio, o processo de elaboração de Merleau-Ponty.
[Cet essai avance la problématique de la définition de la phénoménologie à partir des contributions d’Edmund Husserl, Jean-Paul Sartre et Maurice Merleau-Ponty. La pensée de Husserl, en France, est marquée par son caractère existentialiste et exige, de ce fait, tant pour Sartre comme pour Merleau-Ponty, une reformulation de la phénoménologie. Afin d’accompagner ce processus d’assimilation, mais aussi de modification de la phénoménologie, cette essai présente trois définitions qui, bien que juxtaposées, sont étroitement liées : 1) Qu’est-ce que la phénoménologie de Husserl?; 2) Qu’est-ce que la phénoménologie française?; 3) Qu’est-ce que la phénoménologie de Merleau-Ponty? Cette tentative de définition n’est examinée qu’à partir de la relation d’opposition et de rénovation de l’école de phénoménologie, elle-même vaste et pleine de nuances, où nous tenterons de mettre en relief les échos et les voix dissonantes. C’est en accompagnant ce travail de reformulation de la phénoménologie en trois temps, que nous espérons éclaircir, à la fin de l’essai, le processus d’élaboration de Merleau-Ponty.]
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