GIORGIO AGAMBEN E A FILOSOFIA DA COMUNIDADE NEGATIVA
Keywords:
Comunidade negativa, Soberania, PolíticaAbstract
Este artigo pretende estabelecer uma digressão crítica em
torno dos conceitos de comunidade e soberania, tomando como
referência conceitual as análises de Giorgio Agamben, em sua
particular recepção do conceito de “comunidade negativa”,
formulado por Georges Bataille e retomado por Maurice Blanchot
em “La Communauté inavouable” (1983) e Jean-Luc Nancy em “La
communauté desoeuvreé” (1986). A pesquisa exporá a influência
destes ensaios na hipótese teórica de “La comunità che viene”
(1990), contextualizando o abandono desta categoria no interior
das obras posteriores de Giorgio Agamben, procurando demarcar
de que modo o início da arqueologia agambeniana do paradigma
da soberania é antecipado por uma ruptura em relação à
constelação de conceitos do debate sobre a comunidade,
problematizando algumas das implicações filosóficas de tal
rompimento.
Downloads
References
ADORNO, Theodor W. Aesthetic Theory. Trad. Robert Hullot-Kentor. Nova York: Continuum Impacts, 1970.
AGAMBEN, Giorgio. A comunidade que vem. Trad. Antônio Guerreiro. Lisboa: Editorial Presença, 1993.
______. Bataille e il paradosso della sovranità. In: RISSET, Jacqueline (org.). Georges Bataille: il politico e il sacro. Nápoles: Liguori Editore, 1987.
______. Bataille e o paradoxo da soberania. Trad. Nilcéia Valdati. Outra travessia. Revista de Literatura. n. 5. Florianópolis, segundo semestre de 2005.
______. Homo sacer I. O poder soberano e a vida nua. Trad. Henrique Burigo. Belo Horizonte, ed. UFMG, 2002.
______. Profanações. Trad. Selvino Assman. São Paulo: Boitempo, 2007.
______.Sui limiti della violenza. Nuovi Argomenti. n. 11. Roma, 1969.
ARENDT, Hannah. Homens em tempos sombrios. Trad. Denise Bottmann. São Paulo, Companhia das Letras, 2008.
______.Sobre a revolução. Trad. I. Morais. Lisboa: Relógio D’Água, 2001.
BATAILLE, Georges. A parte maldita. Trad. Júlio C. Guimarães. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
______. História do Olho. Trad. Eliane Robert Moraes. São Paulo: Cosac Naify, 2003.
BENJAMIN, Walter. Magia, técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Tradução Sérgio P. Rouanet. 7.ed. São Paulo : Brasiliense, 1994.
_______. Para uma crítica da violência. trad. Ernani Chaves. In: Escritos sobre mito e linguagem. Org. Jeanne Marie Gagnebin. São Paulo: Ed. 34/Duas Cidades, 2011.
BLANCHOT, Maurice. La communauté inavouable. Paris: Éditions de minuit, 1983.
______. O instante de minha morte. Trad. André Telles. Serrote. n. 6. São Paulo: IMS, 2010.
CHAVES, Ernani. Escovar o judaísmo a contrapelo. Walter Benjamin e a questão da identidade judaica na correspondência com Ludwig Strauss. Novos Estudos Cebrap. n. 58. São Paulo, novembro de 2000.
LEBRUN, Gérard. A filosofia e sua história. São Paulo: Cosac Naify, 2006.
MONTELEONE, Jorge. Iluminaciones sobre un arte nuevo. In: BENJAMIN, Walter. La obra de arte en la era de su reproducción técnica. Coord. Daniel Link; trad. Silvia Fehrmann. Buenos Aires: El cuenco de Plata, 2011.
NANCY, Jean-Luc. La communauté désoeuvrée. Paris: Christian Bourgois Editeur, 1986.
PELBART, Peter Pál. Vida capital: ensaios sobre biopolítica. São Paulo: Iluminuras, 2003.
KAFKA, Franz. Narrativas do espólio. Trad. Modesto Carone. São Paulo: Cia das Letras, 2002.
ROUDINESCO, Elisabeth. Jacques Lacan: Esboço de uma vida, história de um sistema de pensamento. Trad. Paulo Neves. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
SLOTERDIJK, Peter. Ira e Tempo. Trad. Francesco Pelloni. Roma: Meltemi Editore, 2007.
TIQQUN. Théorie du Bloom. Paris: La Fabrique, 2000.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution License that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.