Termos psicológicos disposicionais
Abstract
Este artigo tem como objetivo principal apresentar uma reconstruçáo lógico-conceitual e avaliaçáo de três argumentos de Skinner para a tese de que os termos psicológicos comuns sáo, em geral, inadmissíveis em análise do comportamento (a tese da inadmissibilidade). Começamos fazendo uma revisáo da abordagem de tais termos sustentada por Skinner, particularmente sua abordagem das categoriais de termos psicológicos disposicionais. Muito dela é aqui aceito, mas adotamos, como hipótese de trabalho, um desacordo com a premissa de Skinner de que eles sejam irremediavelmente mentalistas. Nossa análise mostra que, se esta hipótese estiver correta, entáo os argumentos analisados náo resultam ser inteiramente plausíveis; e, embora a opçáo do autor seja plenamente aceitável, também o é uma (em princípio) opçáo alternativa, que explore os valores heurísticos de tais termos (sem incorporá-los ao vocabulário de base) para a descoberta de padrões comportamentais e seus contextos, em ambientes abertos de pesquisa. Um objetivo colateral deste artigo é mostrar o equívoco de duas suposições muitas vezes assumidas em filosofia da mente sobre o behaviorismo radical: a de que ele náo tem uma abordagem relevante sobre o funcionamento dos termos em questáo e a de que sua tese da inadmissibilidade se baseia em premissas verificacionistas.
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