Os sentidos de theologia physica para os antiqui: Tomás de Aquino leitor de Agostinho [The senses of theologia physica for the antiqui: Thomas Aquinas reads Augustine]
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2109.2017v24n43ID10144Palabras clave:
Teologia física, Força, Locomoção, Tomás de Aquino [Physical Theology, Force, Locomotion, Thomas Aquinas]Resumen
Explicito neste artigo que a expressão “theologia physica” atribuída aos antigos (antiqui) possui dois sentidos na ST, IIa-IIae, q. 94, a. 1, resp., de Tomás de Aquino. O primeiro, atribuído a Varrão, denota um estudo restrito, uma physiologia ou mecânica na qual deus é entendido como a força imanente no mundo, locomovendo-o. O segundo, por sua vez, pertence aos platônicos (platonici) e denota um estudo geral, pois aborda, além de entidades imateriais, um criador. Ambas as teologias físicas, conforme Tomás, institui filosoficamente a idolatria ao entenderem que a divindade é causa de locomoção. Embora se valha de Agostinho em sua leitura da expressão “theologia physica”, Tomás introduz discussões que estão além do texto agostiniano.
[In the article I clarify that the expression “theologia physica” attributed to the Ancients (antiqui) has two senses in the ST, IIa-IIae, q. 94, a.1, resp., of Thomas Aquinas. The first, attributed to Varro, denotes a restrict study, a physiologia or mechanics in which god is understood as the immanent force in the world, moving it. The second, in turn, belongs to the Platonics (platonici) and denotes a general study, for it approaches, besides immaterial entities, a creator. Both physical theologies, according to Aquinas, set up philosophically the idolatry since they understand that the divinity is cause for locomotion. Although Aquinas makes use of Augustine in his reading of the expression “theologia physica”, he introduces discussions that go beyond the Augustinian text.]
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