A Marca do Cognitivo e Cognição 4E

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.21680/1983-2109.2022v29n58ID26562

Palabras clave:

Mente Estendida, Cognição Enativa, Cognição Incorporada, Cognição Corporificada

Resumen

Neste artigo é defendido que a noção conhecida como “marca do cognitivo” é melhor caracterizada como um processo que realiza a função de gerar comportamento inteligente, de modo flexível e com caráter adaptativo, capaz de se adequar às circunstâncias, por ser um processo sensível a contextos. Para tanto, são examinadas algumas definições de cognição relevantes para o presente propósito. Ao final, aponta-se que a definição da marca do cognitivo como processo sensível a contextos dá conta de diversos fatores que foram acrescentados como partes constitutivas de fenômenos cognitivos ao longo dos anos, em especial a Cognição 4E, que não pode ser satisfatoriamente acomodada a partir das noções precedentes de cognição. Assim, este artigo não deve ser confundido apenas com um exercício de história intelectual, mas como uma breve e acessível tentativa de avançar o debate.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Adams, F.; Aizawa, K. 2010. “Defending the bounds of cognition”. In: Menary, R. (ed.). The Extended Mind. Cambridge: MIT Press, cap. 4, p. 67 – 80.

Adams, F.; Garrison, R. 2013. “The Mark of the Cognitive”. Minds and Machines, Springer, v. 23, n. 3, p. 339 – 352.

Allen, C. 2017. “On (not) defining cognition”. Synthese, Springer, v. 194, n. 11, p. 4233 – 4249.

Alonso, B. G. 2012. “Mente estendida e conteúdos previamente endossados.” Fundamento – Revista de Pesquisa em Filosofia, Ed. UFOP, Ouro Preto, n. 4, p. 89 – 108.

Bissoto, M. L. 2007. “Auto-organização, cognição corporificada e os princípios da racionalidade limitada.” Ciências & Cognição, Rio de Janeiro, v. 11, p. 80 – 90.

Bonjour, L. & Baker, A. 2010. Filosofia: textos fundamentais comentados. Revisão técnica de Maria Carolina dos Santos Rocha e Roberto Hofmeister Pich. 2ª. ed. Porto Alegre: Artmed.

Burge, T. 1979. “Individualism and the mental”. Midwest Studies in Philosophy, John Wiley and Sons, v. 4, n. 1, p. 73 – 122.

Carvalho, L. 2018. “A realização da mente: Crítica da teoria enativa ao conceito de propriedade emergente”. In: Toledo, G. L.; Gouvea, R.; Sousa, M. A. (org.). Debates contemporâneos em filosofia da mente. São Paulo: FiloCzar, p. 113 – 130.

Clark, A. & Karmiloff-Smith, A. 1993. “The Cognizer’s Innards: A Psychological and Philosophical Perspective on the Development of Thought”. Mind & Language, John Wiley and Sons, v. 8, n. 4, p. 487 – 519.

Clark, A. 1996. Being There: Putting Brain, Body, and World Together Again. 1ª. ed. [S.l.]: MIT Press.

Clark, A. 2008. Supersizing the Mind: Embodiment, Action, and Cognitive Extension. [S.l.]: Oxford University Press.

Clark, A. 2010. “Coupling, Constitution and the Cognitive Kind: A Reply to Adams and Aizawa”. In: Menary, R. (ed.). The Extended Mind. Cambridge: MIT Press.

Clark, A. & Chalmers, D. 1998. “The extended mind”. Analysis, Oxford University Press, v. 58, n. 1, p. 7 – 19.

Cleeremans, A. 1998. “The other hard problem: How to bridge the gap between symbolic and subsymbolic cognition”. Behavioral and Brain Sciences, Cambridge University Press, v. 23, n. 1, p. 1 – 22.

Depraz, N.; Varela, F. J.; Vermersch, P. (ed.) 2003. On Becoming Aware: A pragmatics of experiencing. Amsterdam: John Benjamins Publishing.

Gomes, F. C. A.; Tortelli, V. P.; Diniz, L. 2013. “Glia: dos velhos conceitos às novas funções de hoje e as que ainda virão”. Estudos Avançados, Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 27, n. 77, p. 61 – 84.

Haselager, W. & Gonzalez, M. 2003. “A identidade pessoal e a teoria da cognição situada e incorporada”. In: Broens, M. C.; Milidoni, C. B. (org.). Sujeito e identidade pessoal: Estudos de filosofia da mente. São Paulo: Cultura Acadêmica, p. 95 – 112.

Hatfield, G. 2014. “Cognition”. In: Shapiro, L. (ed.). The Routledge Handbook of Embodied Cognition. 1. ed. New York: Routledge, cap. 34, p. 361 – 373.

Hollan, J.; Hutchins, E.; Kirsh, D. 2000. “Distributed cognition: Toward a new foundation for human-computer interaction research”. ACM Transactions on Computer-Human Interaction, Association for Computing Machinery, v. 7, n. 2, p. 174 – 196.

Hurley, S. 2010. “Varieties of externalism”. In: Menary, R. (ed.). The Extended Mind.

Kirchhoff, M. D.; Kiverstein, J. 2018. Extended consciousness and predictive processing: a third wave view. 1ª. ed. New York: Routledge.

Kirsh, D.; Maglio, P. 1994. “On Distinguishing Epistemic from Pragmatic Action”. Cognitive Science, Blackwell Publishing, v. 18, n. 4, p. 513 – 549.

Leclerc, A. 2018. Uma introdução à Filosofia da Mente. 1ª. ed. Curitiba: Appris.

Leman, M. 1989. “Symbolic and subsymbolic information processing in models of musical communication and cognition”. Interface, Routledge, v. 18, n. 1-2, p. 141 – 160.

LePore, E. & Loewer, B. 1987, “Mind Matters”, Journal of Philosophy, 84: 630–42.

Levine, J., 2001. Purple Haze: The Puzzle of Consciousness. New York: Oxford University Press.

Melnyk, A. 2006. “Realization and the Formulation of Physicalism”. Philosophical Studies 131(1):127-155.

Menary, R. 2010a “Cognitive integration and the extended mind.” In: Menary, R. (ed.). The Extended Mind. 1ª. ed. [S.l.: s.n.], cap. 10, p. 227 – 243.

Menary, R. 2020b. “Dimensions of mind. Phenomenology and the Cognitive Sciences”, Springer Nature, v. 9, n. 4, p. 561 – 578.

Michaelian, K. 2015. Mental time travel: episodic memory and our knowledge of the personal past. Cambridge: MIT Press.

Moroni, J. 2014. “Cognição incorporada e sua compatibilidade com o realismo ecológico gibsoniano”. In: X Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar. [S.l.: s.n.], p. 227 – 254.

Piaget, J. 1952. The origins of intelligence in children. New York: International Universities Press.

Putnam, H. 1975. “The meaning of ‘meaning’”. In: Gunderson, K. (ed.). Language, Mind, and Knowledge. Minneapolis: University of Minnesota Press.

Rowlands, M. 1999. The Body in Mind: Understanding Cognitive Processes. Cambridge: Cambridge University Press.

Rowlands, M. 2010. The New Science of the Mind: From Extended Mind to Embodied Phenomenology. [S.l.]: Bradford Books.

Rupert, R. D. 2004. “Challenges to the Hypothesis of Extended Cognition”. Journal of Philosophy, Inc., v. 101, n. 8, p. 389 – 428.

Santana, I. 2006. Dança na cultura digital. Salvador: EDUFBA.

Schwartz, J. H.; Barres, B. A.; Goldman, J. E. 2014. “As células do sistema nervoso”. In: Kandel, E. R. et al. (ed.). Princípio de neurociências. Tradução de Ana Lúcia Severo Rodrigues et al. 5ª. ed. Porto Alegre: AMGH, cap. 4, p. 63 – 88.

Shapiro, L. (ed.). 2014. The Routledge Handbook of Embodied Cognition. New York: Routledge.

Shoemaker, S. 1980. “Causality and Properties”, in P. van Inwagen (ed.), Time and Cause: Essays Presented to Richard Taylor, Dordrecht: D. Reidel Publishing, pp. 109–35. Reprinted in Shoemaker 2003, pp. 206–33.

Smart, P.; Clowes, R.; Heersmink, R. 2017. Minds Online: The Interface between Web Science, Cognitive Science and the Philosophy of Mind. Foundations and Trends in Web Science, Now Publishers Inc., v. 6, n. 1-2, p. 1 – 232.

Sutton, J. 2010. “Exograms and Interdisciplinarity: History, the Extended Mind, and the Civilizing Process”. In: Menary, R. (ed.). The Extended Mind. [S.l.]: MIT Press, cap. 9, p. 189 – 226.

Thompson, E. 2013. A Mente na Vida: Biologia, Fenomenologia e Ciências da Mente. Lisboa: Instituto Piaget.

Wilson, R. A. Boundaries of the Mind: The Individual in the Fragile Sciences. New York: Cambridge University Press, 2004.

Wheeler, M. 2005. Reconstructing the Cognitive World. Cambridge: MIT Press.

Publicado

28-02-2022

Cómo citar

ALONSO, B. G.; RAMOS, R. A Marca do Cognitivo e Cognição 4E. Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), [S. l.], v. 29, n. 58, p. 24–48, 2022. DOI: 10.21680/1983-2109.2022v29n58ID26562. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/26562. Acesso em: 22 dic. 2024.