O corpo na era da inteligência artificial já era?
Reflexões acerca do estatuto do corpo enquanto ato político
DOI :
https://doi.org/10.21680/1983-2109.2024v31n65ID35133Mots-clés :
Corpo; Inteligência Artificial; Ética; Ato Político; Merleau-Ponty.Résumé
A inteligência artificial (IA)[1] tem se tornado cada vez mais importante na indústria moderna, trazendo consigo benefícios e inovações capazes de transformar a maneira como o trabalho é executado. Sendo assim, este artigo tem o objetivo de elucidar alguns tipos de IA e sua aplicabilidade no cotidiano da vida moderna. Ademais, intenciona-se abordar os apelos da personalização de conteúdos que capturam e algoritmizam o indivíduo, de modo a ensejar os desafios éticos implicados em seu avanço. E, por fim, ambiciona-se tencionar a relação entre os benefícios do avanço tecnológico frente a questão concernente à autonomia e liberdade do corpo próprio na acepção merleau-pontyana, trazendo o corpo para condição de sujeito e, com isso, rompendo com a tradição cartesiana dualista, de modo a seguir na proposta de atribuir ao corpo-sujeito, a capacidade de fazer ato e, dessa forma, se constituir enquanto um corpo político, sendo a base para ações inteligentes e cautelosas até mesmo na função de operar as máquinas que sem ele não podem sequer ser acionadas.
[1] Sigla utilizada para referir-se à inteligência artificial e que será mencionada ao longo do artigo com fins de abreviação dos termos.
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