METADESENHO: UMA ANÁLISE SOBRE O PROJETO DA SEDE SOCIAL DO CLUBE HARMONIA, DE FÁBIO PENTEADO.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/2448-296X.2016v1n3ID16606

Palavras-chave:

Fábio Penteado, Clube Harmonia, arquitetura paulista, arquitetura moderna

Resumo

Este artigo analisa um dos projetos mais conhecidos do arquiteto paulista Fábio Moura Penteado: a Sede Social do Clube Harmonia (1964). Reconhecido como uma obra paradigmática da chamada Escola Paulista, o projeto do clube oferece uma abertura interpretativa que abrange, além das estratégias e intenções do projeto de Penteado, a realidade social brasileira da época, o discurso arquitetônico e político do grupo paulista, e o papel da arquitetura como agregador e agente de transformações sociais. A obra analisada demonstra a potência de uma relação simbiótica entre intenção e materialidade, plasmada no equilíbrio entre um discurso político-social e no manejo competente de questões perceptivas e sensoriais. A arquitetura nega o metaforicamente o isolamento e a segregação que a ideia de clube transmite, revelando uma veemente dimensão didática, porém sem ser impositiva ou sisuda. Através do recurso consagrado pelos paulistas de conter o programa em uma caixa única, Penteado cria um envolvente cerrado e sólido por fora, que quase se desmaterializa internamente através da articulação dos níveis dos pisos, tratados como uma progressão sequencial de espaços. O edifício requer ludicamente a participação do usuário e conecta idealmente a rua ao interior, negando metaforicamente qualquer conotação de exclusão ou proibição. O projeto do Clube Harmonia se define como uma forma alegre de comunicar valores sociais integradores, exatamente no lugar onde menos se espera encontrá-los.

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Publicado

04-10-2017

Como Citar

GIROTO, I. R. METADESENHO: UMA ANÁLISE SOBRE O PROJETO DA SEDE SOCIAL DO CLUBE HARMONIA, DE FÁBIO PENTEADO. Revista Projetar - Projeto e Percepção do Ambiente, [S. l.], v. 1, n. 3, p. 76–86, 2017. DOI: 10.21680/2448-296X.2016v1n3ID16606. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/revprojetar/article/view/16606. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

TEORIA E CONCEITO