Controles internos para o gerenciamento de riscos: percepção de auditores e gestores

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/2176-9036.2022v14n1ID23924

Palavras-chave:

Auditoria; Controles internos; Gestão de riscos.

Resumo

Objetivo: O presente artigo tem como objetivo analisar a percepção dos auditores e gestores em relação aos controles internos no gerenciamento de riscos nas empresas.

Metodologia: A pesquisa é descritiva e qualitativa. Foram realizados dois roteiros de entrevistas divididos em duas partes: a primeira contendo 05 perguntas fechadas sobre a caracterização dos profissionais e a segunda os questionamentos direcionados a área da pesquisa. O primeiro roteiro foi dirigido aos auditores independentes e conteve 08 questionamentos abertos. O segundo foi apontado para as gestoras e conteve 10 perguntas abertas, sendo 07 questões elaboradas com base no referencial teórico da pesquisa e as demais foram retiradas do estudo de Peleias et al. (2017). O tratamento dos dados ocorreu por meio de análise de conteúdo com utilização do software Atlas/TI.

Resultados: Mediante os achados da pesquisa as gestoras afirmam terem um controle interno que colabora com o gerenciamento de riscos, nesse sentido investem sempre em programas, pois afirmam que ajudam na prevenção de erros. Na ótica dos auditores independentes as organizações de Mossoró têm controle interno e programas que colaboram para o gerenciamento de riscos, no entanto, os funcionários não são habilitados para operacionalizar as ações nos sistemas. O que compromete o desempenho dos resultados. Diante das análises realizadas é possível compreender as diferentes concepções em relação ao controle interno das empresas.

Contribuições do Estudo: A contribuição da pesquisa no aspecto teórico é confrontar as diferentes percepções de auditores e gestores, quanto a utilização do controle interno no gerenciamento de riscos em uma realidade prática. No que se refere ao aspecto prático, o estudo tem o intuito de observar o que é visto pelos auditores e o que não é percebido dentro das organizações, nesse sentido a operacionalização do controle interno é avaliado como eficaz, mas em diferentes anglos que apresentam uma realidade especifica da cidade de Mossoró, assim a pesquisa mostra que é possível sanar problemas de execução do controle interno, proporcionando um melhor desempenho e eficácia do gerenciamento de riscos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Isadora Marques dos Santos , Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN

Graduada em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – Campus Central.

Rosângela Queiroz Souza Valdevino, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN

Doutoranda em Administração pela Universidade de Fortaleza. Docente na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – Campus Central. 

Rosilania Silva de Queiroz, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN

Mestranda em Administração pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Campus Mossoró. 

Adriana Martins de Oliveira, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN

Doutora em Administração pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Docente na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – Campus Central. 

Letícia Jéssica Freitas de Oliveira, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN

Pós-graduanda em Controladoria e Finanças Corporativas pela Faculdade da Região Serrana. 

Meskla Gislainy Marques da Silva, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN

Graduada em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – Campus Central. 

Referências

Araújo, C. E. B., Cabral, A. C. A., Santos, S. M., Pessoa, M. N. M., & Roldan, V. P. S. (2013). Grau de adesão de empresas familiares às boas práticas de governança corporativa: proposição e teste de um instrumento-diagnóstico. Revista Alcance, 20(1), 117-138.

Bardin, L. (2008). Análise de conteúdo (4a ed.). São Paulo, SP: Edições 70.

Bortolon, P. M., Sarlo, A., Nt., & Santos, T. B. (2013). Custos de auditoria e governança corporativa. Revista Contabilidade & Finanças, 24(61), 27-36.

Carioca, K. J. F., De Luca, M. M. M., & Ponte, V. M. R. (2010). Implementação da Lei

Sarbanes-Oxley e seus impactos nos controles internos e nas práticas de governança corporativa: um estudo na Companhia Energética do Ceará – Coelce. Revista Universo Contábil, 6(4), 50-67.

Carmona, E., Pereira, A. C., & Santos, M. R. (2010). A Lei Sarbanes-Oxley e a percepção dos gestores sobre as competências do auditor interno. Gestão & Regionalidade, 26(76), 63-74.

Castro, R. L. C., Vasconcelos, J. P. B., & Dantas, J. A. (2017). Impactos das normas internacionais de auditoria nos relatórios dos auditores sobre as demonstrações financeiras dos bancos brasileiros. Revista Ambiente Contábil, 9(1), 1-20.

Chen, C. J. P., Srinidhi, B., & Su, X. (2014). Effect of auditing: evidence from variability of

stock returns and trading volume. China Journal of Accounting Research, 7(4), 223-245.

Cooper, D. R., & Schindler, P. S. (2011). Métodos de pesquisa em administração (10a ed.). Porto Alegre, RS: Bookman.

Coram, P., Ferguson, C., & Moroney, R. (2008). Internal audit, alternative internal audit structures and the level of misappropriation of assets fraud. Accounting and Finance, 48(4), 543-559.

Cunha, P. R., Beuren, I. M., & Pereira, E. (2009). Análise dos pareceres de auditoria das demonstrações contábeis de empresas de Santa Catarina registradas na Comissão de Valores Mobiliários. Revista de Informação Contábil, 3(4), 44-65.

Damascena, L. G., Firmino, J. E., & Paulo, E. (2011). Estudo sobre os pareceres de auditoria: análise dos parágrafos de ênfase e ressalvas constantes nas demonstrações contábeis das companhias listadas na Bovespa. Revista Contabilidade Vista & Revista, 22(2), 125-154.

Longo, E. C. F. (2012). The knowledge management role in mitigating operational risk. Synapsing, 314-320.

Magro, C. B. D., & Cunha, P. R. (2017). Red flags na detecção de fraudes em cooperativas de crédito: percepção dos auditores internos. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 19(65), 469-491.

Martins, G. A. (2002). Manual para elaboração de monografia e dissertações. São Paulo, SP: Atlas.

Maruyama, U., & Freitas, E. (2016). Estratégias corporativas para gerenciamento de riscos em controles internos: estudo de caso sobre o processamento eletrônico de cheques. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, 21(1), 2-11.

Moraes, W., Segura, L. C., & Imoniana, J. O. (2018). Implementação do gerenciamento de riscos operacionais na área de recebimento integrado: uma abordagem intervencionista em uma editora nacional. Práticas em Contabilidade e Gestão, 6(1), 1-31.

Moreira, F. S., Firmino, J. E., Gomes, A. M., & Paulo, E. (2015). O efeito da adoção às normas internacionais de contabilidade nos relatórios dos auditores independentes: um estudo nas companhias listadas na BM&FBovespa. Revista de Informação Contábil, 9(3), 35-52.

Murcia, F. D., Borba, J. A., & Schiehll, E. (2008). Relevância dos red flags na avaliação do risco de fraudes nas demonstrações contábeis: a percepção de auditores independente brasileiros. Revista Universo Contábil, 4(1), 25-45.

Namazian, A., & Eslami, N. (2011). Operational risk management (ORM). Australian Journal of Basic and Applied Sciences, 5(12), 3240-3245.

Negra, E. M. S., Viana, T. M. M., & Negra, C. A. S. (2013). Auditoria interna: percepção de sua importância para resguardar ativos das organizações do ramo financeiro. In: Anais do 1º Congresso Integrado de Contabilidade, Governador Valadares, MG.

Oliveira, U. R., & Rocha, H. M. (2014). Gerenciamento de riscos operacionais em montadoras de veículos. Revista Pretexto, 15(4), 27-45.

Peleias, I. R., Ehrentreich, H. P., Silva, A. F., & Fernandes, F. C. (2017). Pesquisa sobre a percepção dos gestores de uma rede de empresas distribuidoras de um fabricante de autopeças sobre controles internos e gestão de riscos. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, 7(1), 06-28.

Ponchirolli, O. (2007). A teoria da complexidade e as organizações. Revista Diálogo Educacional, 7(22), 2007.

Prodanov, C. C., & Freitas, E. C. (2013). Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico (2a ed.). Novo Hamburgo, RS: Feevale.

Resolução Conselho Federal de Contabilidade - CFC n. 1.203/09, de 27 de novembro de 2009. Aprova a NBC TA 200 – Objetivos gerais do auditor independente e a condução da auditoria em conformidade com normas de auditoria. Brasília, DF. Recuperado de

http://www.oas.org/juridico/portuguese/mesicic3_bra_res1203.pdf

Resolução Conselho Federal de Contabilidade - CFC n. 1.206/09, de 27 de novembro de 2009. Aprova a NBC TA 230 Documentação de Auditoria. Brasília, DF. Recuperado de

https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/RES_1206.pdf

Resolução Conselho Federal de Contabilidade - CFC n. 1.207/09, de 27 de novembro de 2009. Aprova a NBC TA 240 Responsabilidade do Auditor em Relação a Fraude, no Contexto da Auditoria de Demonstrações Contábeis. Brasília, DF. Recuperado de

http://www.oas.org/juridico/portuguese/res_1207.pdf

Salas-Ávila, J. A., & Reyes-Maldonado, N. M. (2015). Modelo propuesto para la detección de

fraudes por parte de los auditores internos basado en las normas internacionales de auditoría. Cuadernos de Contabilidad, 16(42), 579-623.

Santos, M. V., & Vier, A. J. (2014). A importância da auditoria interna na contribuição da gestão dos negócios. Revista Eletrônica de Ciências Contábeis, (4), 139-164.

Silva, A. S. V. C., & Inácio, H. C. (2013). Relação entre a auditoria interna e a auditoria

externa e o impacto nos honorários dos auditores externos. Revista Universo Contábil, 9(1), 135-146.

Silva, T. B. J., Santos, C. A., & Cunha, P. R. (2017). Relação entre o desempenho econômico financeiro e o relatório de auditoria dos clubes de futebol brasileiros. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, 7(3), 177-200.

Souza, S. A., Carvalho, C. V. O., Jr., & Albuquerque, K. S. L. S. (2012). Auditoria externa em organizações do terceiro setor: um estudo da percepção de contadores e não contadores. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, 2(2), 47-60.

The Institute of Internal Auditors. (2010). International professional practices framework. Recuperado de http://www.theiia.org/guidance/standards-andguidance/

Uwe, F. (2013). Introdução à metodologia de pesquisa: um guia para iniciantes. Porto Alegre, RS: Penso.

Vidal, D. C., & Silva, A. H. C. (2016). A percepção dos auditores externos sobre a adequação dos sistemas de controle interno nas empresas de capital aberto. Pensar Contábil, 18(67), 57-67.

Weber, E. L., & Diehl, C. A. (2014). Gestão de riscos operacionais: um estudo bibliográfico sobre ferramentas de auxílio. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, 19(3), 41-58.

Wuerges, A. F. E., & Borba, J. A. (2014). Fraudes contábeis: uma estimativa da probabilidade de detecção. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 16(52), 466-483.

Downloads

Publicado

06-01-2022

Como Citar

MARQUES DOS SANTOS , I. .; QUEIROZ SOUZA VALDEVINO, R. .; SILVA DE QUEIROZ, R.; MARTINS DE OLIVEIRA, A. .; JÉSSICA FREITAS DE OLIVEIRA, L. .; GISLAINY MARQUES DA SILVA, M. . Controles internos para o gerenciamento de riscos: percepção de auditores e gestores. REVISTA AMBIENTE CONTÁBIL - Universidade Federal do Rio Grande do Norte - ISSN 2176-9036, [S. l.], v. 14, n. 1, p. 334–354, 2022. DOI: 10.21680/2176-9036.2022v14n1ID23924. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/ambiente/article/view/23924. Acesso em: 24 abr. 2024.

Edição

Seção

Seção 3: Pesquisas de Campo sobre Contabilidade (Survey) (S3)