Dar o que não se possui na reedição: inventar novos espaços de uso. Doação e apropriação na arte à luz da teoria da propriedade

Autores

  • Leszek Brogowski Université Rennes 2

DOI:

https://doi.org/10.36025/arj.v5i2.17850

Palavras-chave:

doação, apropriação, publicações de artistas, arte contemporânea, teoria da propriedade, reedição pirata

Resumo

É à luz da teoria da propriedade que são analisadas aqui dois tipos de práticas recentemente surgidas na arte: a doação e a apropriação. Opostas uma à outra (de um lado se despossuir de minha própria produção em proveito de um outro, do outro, dar a si mesmo isso que não se possui), estes dois fenômenos fazem parte de um mesmo projeto da arte, e se sim, como articular sua coerência? Eles implicam os mesmos artistas ou, ao contrário, haveria de um lado os “apropriacionistas”, e do outro, aqueles que fazem doações? Estes dois gestos de artistas tem uma visada política em relação à questão da propriedade, ou apenas se esgotam em seu sentido exclusivamente artístico como estratégias de criação? É finalmente em certos tipos de reedições piratas e generosas que os dois movimentos se encontram reunidos em um só e mesmo projeto.

Tradução:
Lilian Hack
(https://orcid.org/0000-0002-4727-3845)

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Leszek Brogowski, Université Rennes 2

Professor (“Professeur des universités”) em Filosofia de Arte na unidade pesquisa Práticas da Unidade de Pesquisa e Teorias da Arte Contemporânea (PTAC) EA 7472, na Université Rennes 2. Desde 2015, membro eleito do Conselho Acadêmico (Comissão de Pesquisa). 2015-2019: pró-reitor de pesquisa da Université Rennes 2; a partir de 2019, pró-reitor de ciências humanas e sociais.

Referências

BEAUVAIS, Yann, BOUHOURS, Jean-Michel (dir.). Monter / Sampler. L’échantillonnage généralisé. Paris: Éditions du Centre Pompidou, 2000. (Quinzexvingt&un)

BENJAMIN, Walter. In: Œuvres. Paris: Gallimard, 2000. (Folio essais)

BROGOWSKI, Leszek . Ad Reinhardt. Peinture moderne et responsabilité esthétique. Chatou: Éditions de la Transparence, 2011. (Essais d’esthétique)

CAILLÉ, Alain. Don, intérêt et désintéressement. Bourdieu, Mauss, Platon et quelques autres. Paris: La Découverte, 2005. (Recherche / MAUSS)

CERTEAU, Michel de. L’Invention du quotidien, t. I : Arts de faire. Paris: UGE, 1980. (10 / 18)

CLAVEZ, Bertrand. Autre chose sur Fluxus : Dick Higgins et Something Else Press. In : Le Livre d’artiste : quels projets pour l’art ? Rennes: Éditions Incertain Sens, 2013, p. 154. (Grise )

DEBORD, Guy. La Société du spectacle [1967]. Paris: Gallimard, 1996. (Folio)

GALTON, Francis. Inquiries into Human Faculty and its Development. Londres: Macmillan, 1883.

HARASZTI, Miklós. Salaire aux pièces. Ouvrier dans un pays de l’Est. Paris: Éditions du Seuil, 1976. (Combats)

HÉNAFF, Marcel. Le Prix de la vérité. Le don, l’argent, la philosophie. Paris: Éditions du Seuil, 2002. (La Couleur des idées)

HUXLEY, Thomas. The Struggle for Existence in Human Society [1888]. In: BIBBY, C. (ed.). The Essence of T. H. Huxley. Londres: Macmillan, 1967.

LEFEBVRE, Henri. Critique de la vie quotidienne. Paris: Grasset, 1947.

LEVINE, Sherrie. New Photography. Genève: MAMCO, 1996.

MADJARIAN, Grégoire. L’Invention de la propriété. De la terre sacrée à la société marchande. Paris: L’Harmattan, 1991.

MALCOLM, Norman. Ludwig Wittgenstein : A Memoir [1958]. Oxford: Clarendon Press, 2001.

MARISSAL, Laurent, alias Painterman. Pinxit (III). Acà nada (il n'y a rien ici). S.l. : Éditions clandestines, n.d.

MIDDELBOS, Jan. « L’“enquête artistique” : les méthodes de représentation artistique du monde du travail en question » (2016). In : Travail des images, revue en ligne de l’université de Poitiers, dossier no 2 : « Les Ouvriers et la Photographie : de 1945 à nos jours ». Disponible sur : http://09.edel.univ-poitiers.fr/imagesdutravail/index.php?id=888 (consulté le 18 janvier 2018].

MIDDELBOS, Jan. Dossier : « Y a-t-il un artiste dans l’usine ? ». Art21, hiver 2011-2012, no 32 ; p. 15.

MOREL, Eugène. Bibliothèques. Essai sur le développement des bibliothèques publiques et de la librairie dans les deux mondes. Paris: Mercure de France, 1908.

NESTOR, Jean. Un don doit-il être gratuit ? Solidarité et philanthropie. Rennes: Presses universitaires de Rennes, 2016. (Essais)

P.-J. Proudhon, Carnets, éd. P. Haubtmann, Dijon, Les Presses du réel, coll. « L’Écart absolu / Fondamentaux », 2004, Carnet VI, p. 851.

PLOTIN. Ennéades. Paris: Les Belles Lettres, 1967.

PROUDHON, Pierre-Joseph. De la capacité des classes ouvrières [1865]. Paris: Rivière, 1924.

PROUDHON, Pierre-Joseph. Qu’est-ce que la propriété ? [1840]. Paris : LGF, 2017. (Le Livre de poche / Les Clas-siques de la philosophie)

PROUDHON, Pierre-Joseph. Théorie de la propriété. Paris et Montréal: L’Harmattan, 1997. (Les Introuvables)

WATIER, Éric. Donner c’est donner. Allotopie, n°B. Rennes: Éditions Incertain Sens, 2003.

Publicado

05-06-2019

Como Citar

BROGOWSKI, L. Dar o que não se possui na reedição: inventar novos espaços de uso. Doação e apropriação na arte à luz da teoria da propriedade. ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes, [S. l.], v. 5, n. 2, 2019. DOI: 10.36025/arj.v5i2.17850. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/artresearchjournal/article/view/17850. Acesso em: 19 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Perspectivas Multidisciplinares no Campo da Arte