A julgar pela imagem: Estado autoritário e a caça às alteridades
DOI:
https://doi.org/10.36025/arj.v5i2.17857Palavras-chave:
alteridade, corpo, fotografiaResumo
O Estado-Leviatã, teorizado por Hobbes como ordenador e violento, ainda é um conceito-chave para pensarmos as representações do corpo na contemporaneidade. A partir desse fio condutor, discute-se o papel da fotografia na manutenção dos estereótipos e na ficcionalização da violência. Questões sobre pertencimento, punição e estratégias de sobrevivência dos socialmente excluídos são assuntos pontuais. Obras de Rosana Paulino, coletivo Garapa, trechos do filme Ôrí (1989) e fotografias do início do século XX pelos fotógrafos Chichico e Assis Horta são alguns dos objetos de reflexão. A pesquisa apresenta uma cartografia das expressividades silenciadas pelas políticas de repressão em diálogo como os retratos criminalistas do século XIX, fotografias científicas e retratos para documentos oficiais, os quais apresentam padrões de enquadramento social úteis a políticas sanitaristas. Diana Taylor, Grada Kilomba e Jota Mombaça auxiliam a revisitar acervos imagéticos sobre o corpo fotografado, ampliando a discussão acerca da perseguição às alteridades.
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