Refazer o corpo, esculpir afetos ou o que aprendemos com Antonin Artaud
DOI:
https://doi.org/10.36025/arj.v8i1.21918Palavras-chave:
Cena-corpo, Artaud, Decolonização, Afetos, AutoficçãoResumo
O pensamento sobre o corpo se coloca contemporaneamente no centro das reflexões sobre a arte, sobre o sujeito, suas experiências, sua singularidade, em toda complexidade de nosso estar no mundo. Um corpo feito de intensidades, um bloco denso de afetos, dono de um saber que coloca em dúvida a construção de nossa subjetividade. Esse corpo ultrapassa o familiar em nós, nos atravessa, provocando experiências para além do corpo sensível. Neste ensaio, observa-se na gênese de uma cena-corpo autoficcional tentativas de insurreição e de decolonização das estruturas de subjetivação do corpo sensível, em direção à liberdade da "dança às avessas” performada por corpos impróprios, conforme nos instigou Artaud, em seu Teatro da Crueldade.
Downloads
Referências
ARTAUD, Antonin. A perda de si: cartas de Antonin Artaud. Tradução: Ana Kiffer e Mariana Patrício Fernandes. Rio de Janeiro: Rocco, 2017.
ARTAUD, Antonin. O teatro e seu duplo. Tradução: Teixeira Coelho. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
ARTAUD, Antonin. Oeuvres. Paris: Quarto Gallimard, 2004.
BAUMAN, Zygmunt. Vida em fragmento. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.
BOAL, Augusto. Stop: c’est magique! Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980.
BOÉTIE, Etienne La. Discurso da servidão voluntária. Tradução: Casemiro Linarth. São Paulo: Martin Claret, 2009.
CORNAGO, Óscar. Atuar “de verdade”. A confissão como estratégia cênica. Tradução: André Carreira. Urdimento – Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 2, n. 13, p. 99-111, 2009.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia: vol. 1. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995.
DERRIDA, Jacques. A escritura e a diferença. São Paulo: Perspectiva, 1971.
FOUCAULT, Michel. O corpo Utópico. São Paulo: N-1 Edições, 2013.
FOUCAULT, Michel. O que é um autor? Lisboa: Vega, 2002.
FOUCAULT, Michel. Tecnologías del yo y otros textos afines. Tradução: Mercedes Allendesalazar. Buenos Aires: Paidós, 2008.
GIL, José. Movimento total: o corpo e a dança. São Paulo: Iluminuras, 2013.
GIL, José. Em busca da identidade, o desnorte. Lisboa: Relógio D’água, 2009.
ISQUIERDO, Ivan. Conferência de Abertura. In: ISAACSSON, Marta (coord.). Tempos de memória: vestígios, ressonâncias e mutações. Publicação originada do VII Congresso da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas. Porto Alegre: ABRACE, 2013.
MEREDIEU, Florence. Eis Antonin Artaud. São Paulo: Perspectiva, 2011.
RANCIÈRE, Jacques. O desmedido momento. Serrote, n. 28, 2018.
RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensi?vel. Sa?o Paulo: Editora 34, 2009.
RIBEIRO, Martha. Teatros do real e a abertura da representação. Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 1, n. 37, p. 344-355, abr. 2020. ISSN 2358-6958. Disponível em: http://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/1414573101372020344. Acesso em: 22 abr. 2020. doi:https://doi.org/10.5965/1414573101372020344.
RIBEIRO, Martha. Corpos impróprios e corpos reias: da crueldade ao doce extermínio da cena da ilusão. In: FLORY, Villibor; MIRANDA, Célia Arns de; ALVES, Lourdes Kaminski (org.). Dramaturgia e teatro: a cena contemporânea. Maringá: EDUEM, 2019. p. 171-186.
ROLNIK, Suely. Esferas da insurreição, notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: N-1 Edições, 2018
ROLNIK, Suely. Esquizoanálise e Antropofagia. In: ALLIEZ, Éric. Gilles Deleuze: uma vida filosófica. Coordenação de tradução: Ana Lúcia de Oliveira. São Paulo: Editora 34, 2000.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
Autores detêm os direitos autorais ao licenciar sua produção sob Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.