"Territórios impossíveis": experimentos em torno das noções de “natureza” e “artifício” nas práticas artísticas contemporâneas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36025/arj.v10i2.28417

Palavras-chave:

natureza, artifício, arte, prática artística, desterritorialização e reterritorialização

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar, a partir dos conceitos de território, desterritorialização e reterritorialização dos filósofos franceses Gilles Deleuze e Félix Guattari, as conceções de natureza e artifício na sua possível relação com os domínios do pensamento e das práticas artísticas atuais. Em diálogo com estas, procurar-se-á entender o modo como as esferas de produção e artealização da arte existem mergulhadas num continuum de fluxos, permutas, contaminações e interferências entre ambos os territórios – o natural e o artificial –, tornando-se, simbólica e conceptualmente, numa alternativa(s) a essa histórica polarização entre os termos ou, como diria o filósofo francês Clément Rosset, – uma forma de naturalização do homem através da desnaturalização da ideia de natureza.

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Biografia do Autor

Maria Regina Ramos, Universidade do Porto (U.Porto)

Maria Regina Ramos (1992) nasceu em Vila Nova de Cerveira e é mestre em Artes Plásticas – Pintura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), com o projeto “O Olhar Aproximado: Fragmentos de uma paisagem selecionada – o jardim” (2019), prova pública na qual obteve a classificação máxima de 20 valores. Enquanto investigadora não-doutorada, recentemente integrada no Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade (i2ADS) e na Vicarte – Vidro e Cerâmica para as Artes, tem desenvolvido trabalho de investigação teórico-prático, bem como, contribuído e colaborado em várias publicações e eventos de investigação, com principal enfoque no contexto das Artes Plásticas. Para além da participação em congressos e eventos científicos, profundamente ligados com a investigação em Arte, tem desenvolvido, como artista, produção regular desde 2015, participando num largo número de eventos, concursos e exposições de âmbito nacional e internacional. Ao nível do pensamento e da prática artística, o seu interesse tem-se centrado em torno da fragmentação do real, a fim de questionar, a partir de conceitos como “desterritorialização” e reterritorialização”, os limites percetivos da noção de “território”, interligando uma experimentação fenomenológica, cinestésica e vivencial de um “micro” e “macro” cosmos de natureza arqueológica, a uma resignificação mais convencional da noção de “paisagem”. Atualmente, encontra-se a frequentar o Programa Doutoral de Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, ao abrigo de uma Bolsa de Investigação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

Teresa Almeida, Universidade do Porto (U.Porto)

Teresa Almeida, artista plástica e professora na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP). Possui uma Licenciatura em Artes Plásticas - Pintura da FBAUP. Realizou duas pós-graduações, em “Vidro e a Arquitectura” e “Vidro e as Artes Plásticas”, na Central Saint Martins College of Art and Design, Londres; Mestrado em Arte/Vidro na Universidade de Sunderland, Inglaterra; Doutoramento em "Estudos de Arte" na Universidade de Aveiro e Pós-Doutoramento na VICARTE, ambos com bolsa da FCT. Desde 2006 integra a Unidade de Investigação VICARTE (Vidro e Cerâmica para as Artes), onde participa em vários projetos de investigação, colabora com o i2ADS, Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade desde 2011. Tem participado em vários congressos internacionais, expõe regularmente em território nacional e no estrangeiro, nomeadamente, Hong Kong, Bélgica, Luxemburgo, Reino Unido, Estados Unidos, Holanda, Dinamarca, Brasil, Austrália, Itália, Espanha, Argentina, Suécia, Finlândia, entre outros. Possui publicações em revistas internacionais, capítulos de livros e trabalhos de curadoria. Atualmente, é membro editorial da revista Éter e membro do comité Internacional do ICOM Glass. O seu trabalho artístico foca o vidro como material plástico, onde a problemática ambiental é abordada.

Domingos Loureiro, Universidade do Porto (U.Porto)

Domingos Loureiro nasceu em Valongo (1977) e é doutor em "Arte e Design" pela Universidade do Porto. Acumula a sua atividade de artista visual com a de Professor Auxiliar na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), no Departamento de Artes Plásticas – Pintura. Investigador Integrado do Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade (i2ADS). Acumula diversos cargos e funções associados à Academia e é autor e editor de diversos documentos científicos e académicos. Artista premiado, conta no seu currículo com exposições em diversos países tais como Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Bélgica, Itália, Irlanda, EUA, Brasil, Japão, Alemanha, Canadá e Holanda.

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Publicado

22-11-2023

Como Citar

RAMOS, M. R.; ALMEIDA, T.; LOUREIRO, D. "Territórios impossíveis": experimentos em torno das noções de “natureza” e “artifício” nas práticas artísticas contemporâneas. ARJ – Art Research Journal: Revista de Pesquisa em Artes, [S. l.], v. 10, n. 2, 2023. DOI: 10.36025/arj.v10i2.28417. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/artresearchjournal/article/view/28417. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Perspectivas Multidisciplinares no Campo da Arte