Danças e africanidades: desafios anticoloniais na pós-graduação em dança, caminhos desobedientes para epistemologias e estéticas insurgentes
DOI:
https://doi.org/10.36025/arj.v9i2.28911Palavras-chave:
dança negra, afro-indígena, insurgência, colonialidade do poder, contra-dramaturgiaResumo
O modelo acadêmico de ensino, pesquisa e aprendizagem em artes, especificamente, na área de dança, precisa ser repensado dentro de uma perspectiva anticolonial e afro-brasileira. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é a partir dele instaurar caminhos, epistemologias e estéticas entrecruzadas emergentes e em pleno processo de produção/legitimação de conhecimentos. O artigo proposto aborda experiências de ensino e pesquisa junto ao componente curricular Dança e africanidades: perspectivas educacionais, poéticas e políticas do Programa de Pós-graduação em Dança da Universidade Federal da Bahia, a partir de questões suleadoras, visando "descolonizar" escritas e práticas acadêmicas em pesquisas no campo da dança, assim como reconfigurar pesquisas em ações contra a colonialidade, o racismo, a homofobia, transfobia e o machismo acadêmico.
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