Narrativas escolares de alunos umbandistas no Ensino Superior em Santa Catarina
DOI:
https://doi.org/10.21680/2446-5674.2018v5n8ID14984Keywords:
Antropologia da Educação, Umbanda, Experiência Escolar, Narrativas.Abstract
O presente trabalho analisa a narrativa das experiências escolares de três alunos umbandistas no ensino superior no Estado de Santa Catarina, apresentando as diferentes vivências escolares desses agentes especialmente na passagem da Educação Básica para o Ensino Superior. Argumenta-se que há uma diferença significativa na visibilidade destas identidades religiosas no Ensino Superior, o que teria impactos também sobre a própria percepção dessas religiões em grupos de classe média escolarizada.
Downloads
References
ALMIRANTE, Kleverton Arthur. 2015. Aprendendo com o axé: processos educativos no terreiro e o que as crianças pensam sobre ele e a escola. Dissertação (Mestrado em Educação) – Centro de Educação, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2015.
ALVES, Edvaldo Carvalho. 2007. Ciências Sociais e Secularização: um estudo sobre a trajetória de vida religiosa de profissionais formados em ciências sociais na Paraíba. 2007. Tese (Doutorado em Ciências Sociais). Centro de Educação e Ciências Humanas – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2007.
BAKKE, Rachel R. B.. 2011. Na escola com os orixás o ensino das religiões afro-brasileiras na aplicação da lei 10.639. Tese (Doutorado em Antropologia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.
BASTIDE, Roger. Le spiritism au Brésil. Arch. Sociol. Religions, n.24, p. 3-16, 1967.
BERGER, Peter L. A dessecularização do mundo: uma visão global. Religião & Sociedade, v. 21, n. 1, p. 9-23, 2001.
BOURDIEU, Pierre; PASSERON, Jean-Claude. A Reprodução. Petrópolis: Vozes, 2008.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Fronteira da fé: alguns sistemas de sentido, crenças e religiões no Brasil de hoje. Estud. av., v. 18, nº. 52. p. 261-288, 2004.
BRASIL. Lei nº 10.639 de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 10 de janeiro 2003.
BROWN, Diana. O papel histórico da classe média na umbanda. Religião e Sociedade, v.1 n.1, p.31-42, 1977.
CAMARGO, Cândido Procópio. Católicos, Espíritas e Protestantes. Petrópolis: Vozes, 1973.
CAPUTO, Stela G.. Educação em terreiros - e como a escola se relaciona com crianças de candomblé. Rio de Janeiro: Pallas, 2012.
CARDOSO, Fernando Henrique; IANNI, Octávio. Cor e mobilidade social em Florianópolis: aspectos das relações entre negros e brancos numa comunidade do Brasil meridional. São Paulo: companhia editora nacional, 1955.
DUCCINI, Luciana. Diplomas e Decás: Re-Interpretações e Identificação Religiosa de Membros de Classe Média do Candomblé. 2005. Tese (Doutorado em Ciências Sociais). Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2005.
DUCCINI, Luciana; RABELO, Miriam Cristina Marcilio. As religiões afro-brasileiras no Censo de 2010. In: TEIXEIRA, Faustino; MENEZES, Renata. (Org.). Religiões em Movimento. O Censo de 2010. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013, p. 219-234.
FALCÃO, Christiane Rocha. 2010. Ele já nasceu feito: o lugar da criança no Candomblé. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010.
GUSMÃO, Neusa Maria. Os desafios da diversidade na escola.. In: Gusmão, Neusa Maria Mendes de. (Org.). Diversidade, cultura e educação: olhares cruzados.. São Paulo: Biruta, 2003, p. 83-105.
LEITE, Ilka Boaventura (Org.). Negros no Sul do Brasil: Invisibilidade e Territorialidade. Florianópolis: Letras Conteporâneas, 1996.
______. (Org.) Territórios do Axé: religiões de matriz africana em Florianópolis e municípios vizinhos. Florianópolis: Editora da UFSC, 2017.
MACEDO, Elizabeth. A cultura e a escola. In: MISKOLCI, Richard (Org.). Marcas da diferença no ensino escolar. São Carlos: EdUFSCar, 2010, p. 11-43.
MAGGIE, Yvonne. Medo de Feitiço: Relações entre a Magia e o Poder no Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1992.
MARTINS, Giovani. Umbanda de Almas e Angola: ritos, magias e africanidade. São Paulo: Ícone, 2011.
MOTTA, Roberto. Ethnicité, Nationalité et Syncrétisme dans les Religions Populaires Brésiliennes. Social Compass, v. 41, n.1, p. 67-78, 1994.
______. Umbanda, Xangô e Candomblé: Crescimento ou Decomposição. Ciência e Trópico, Recife, v. 29, n.1, p. 175-187, 2001.
OLIVEIRA, Amurabi. A Vez das Religiões Afro-Brasileiras no Ensino Religioso? as possibilidades e limites abertos pela lei nº 10.639/03. Numen: revista de estudos e pesquisa da religião, v. 17, p. 171-188, 2014.
OLIVEIRA, Amurabi; ALMIRANTE, Kleverton A. . Aprendendo com o axé: processos educativos no terreiro e o que as crianças pensam sobre ele e a escola. Ilha - Revista de Antropologia, v. 16, n. 1, p. 139-174, 2014.
ORTIZ, Renato. A Morte Branca do Feiticeiro Negro. São Paulo: Editora Brasiliense, 1999.
PRANDI, Reginaldo. . As religiões afro-brasileiras em ascensão e declínio. In: TEXEIRA, Faustino; MENEZES, Renata. (Org.). Religiões em movimento: o censo de 2010. Petrópolis: Vozes, 2013, p. 203-218.
______. O Brasil com Axé: Candomblé e Umbanda no Mercado Religioso. Estud. av. v.18, n.52, 2004.
______. Segredos guardados: orixás na alma brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
TRAMONTE, Cristina. Religião, resistência e história: construção e afirmação da Umbanda em Santa Catarina. Mouseion, v. 17, n. 1, p. 89-97, 2014.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.