ST07 / 13 Na fronteira da civilização:
uma leitura dos relatos de viagem de Henry Koster
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-817X.2025v1n01ID38306Resumen
O presente artigo investiga os olhares do anglo-português Henry Koster sobre escravizados, indígenas, bem como sobre a expansão dos negócios ingleses em territórios do que hoje se conforma como nordeste do Brasil, num momento histórico de crise do Antigo Regime e de transformações políticas e econômicas na colônia portuguesa na América. A instalação da Corte e a Abertura dos Portos em 1808 garantiu e demandou maior conhecimento sobre o território: natureza, sociedade, atividades econômicas e expansão comercial inglesa. Nessa perspectiva, analisamos que os sertões do norte foram descritos por Koster como fronteira da civilização e, aos olhos do viajante, a ampliação dessa fronteira estava estritamente vinculada à expansão do capital sob os auspícios do liberalismo econômico inglês.
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