Catábase permanente na escrita romanesca do Memorial de Aires

a tanatografia de um proscrito

Autores

  • Marcos Eustáquio de Paula Neto Universidade de Brasília
  • Augusto Rodrigues da Silva Junior Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.21680/1984-817X.2020v16n2ID20300

Palavras-chave:

Machado de Assis, Memorial de Aires, Tanatografia, Catábase, Bakhtin

Resumo

Nossa proposta analisa o Memorial de Aires (1908), de Machado de Assis, tendo em vista a mundividência cínica expressa no diário do diplomata narrador. A catábase – “viagens aos infernos” e procura pela abedoria – permite a composição do manuscrito enquanto proscrito e anotador da atualidade viva. Fruto de tarefa diária e filosófica, a escrita do conselheiro é facultada pela catábase e editada em forma de romance-diário. Por intermédio da crítica tanatográfica, interpretamos o insulamento como estratégia de criação da obra que, embora estoica, revela-se cínica e irônica. Esses encontros teóricos, fomentados pela polifonia e pelos problemas de poética recebem o aporte dos seguintes estudiosos: Bakhtin, Bachelard, Branham e Goulet-Cazé; Bosi, Paulo Bezerra e Augusto Silva Junior.

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Biografia do Autor

Marcos Eustáquio de Paula Neto, Universidade de Brasília

Mestrando em Literatura pela UnB e graduado em Letras pela mesma instituição. Faz parte do grupo de pesquisa Crítica Polifônica: Poéticas da Tanatografia (UnB/DPG-CNPq).

Augusto Rodrigues da Silva Junior, Universidade de Brasília

Professor associado I de Literatura Brasileira da Universidade de Brasília. Doutor em Literatura Comparada pela UFF (2008).

Arquivos adicionais

Publicado

18-07-2020

Como Citar

DE PAULA NETO, M. E.; SILVA JUNIOR, A. R. da. Catábase permanente na escrita romanesca do Memorial de Aires: a tanatografia de um proscrito. Revista Espacialidades, [S. l.], v. 16, n. 2, p. 38–54, 2020. DOI: 10.21680/1984-817X.2020v16n2ID20300. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/espacialidades/article/view/20300. Acesso em: 28 mar. 2024.