Catábase permanente na escrita romanesca do Memorial de Aires
a tanatografia de um proscrito
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-817X.2020v16n2ID20300Palabras clave:
Machado de Assis, Memorial de Aires, Tanatografia, Catábase, BakhtinResumen
Nossa proposta analisa o Memorial de Aires (1908), de Machado de Assis, tendo em vista a mundividência cínica expressa no diário do diplomata narrador. A catábase – “viagens aos infernos” e procura pela abedoria – permite a composição do manuscrito enquanto proscrito e anotador da atualidade viva. Fruto de tarefa diária e filosófica, a escrita do conselheiro é facultada pela catábase e editada em forma de romance-diário. Por intermédio da crítica tanatográfica, interpretamos o insulamento como estratégia de criação da obra que, embora estoica, revela-se cínica e irônica. Esses encontros teóricos, fomentados pela polifonia e pelos problemas de poética recebem o aporte dos seguintes estudiosos: Bakhtin, Bachelard, Branham e Goulet-Cazé; Bosi, Paulo Bezerra e Augusto Silva Junior.
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