"NÃO BATI NELA, BATI NO ATREVIMENTO DELA"

Padrões de masculinidade nos crimes de violência contra mulher

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/1982-1662.2019v2n24ID17485

Resumo

A Lei Maria da Penha207 entrou em vigor em setembro de 2006 a fim de punir os atos de violência praticados contra as mulheres. Maria da Penha é uma mulher real de 74 anos, cearense, farmacêutica e bioquímica, que deu nome à Lei nº 11.340/2006 por ter sido vítima de violência doméstica praticada por seu ex-marido durante 23 anos. Em 1983 sofreu duas tentativas de assassinato, a primeira através de um tiro com arma de fogo que deixou Maria da Penha paraplégica. Na segunda tentativa, o marido de Maria tentou eletrocutá-la e afogá-la. Em decorrência disto Maria decide denunciá-lo, no entanto a punição para tais atos de violência contra a mulher só ocorreu após 19 anos. Este ano a Lei Maria da Penha completará 13 anos, mas histórias como a de Maria de Penha continuam se reproduzindo. Essas e outras questões serão discutidas na entrevista com Érica Canuto, Promotora de Justiça do Ministério Público do estado do Rio Grande do Norte.

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Biografia do Autor

Andressa Morais, PPGAS-UnB

A antropóloga é doutoranda em Antropologia Social pela Universidade de Brasília (PPGAS/UnB). Graduada em Ciências Sociais com habilitação em Antropologia e Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2009), obteve o mestrado em Antropologia Social pela mesma universidade (2012). Tem experiência na área de Antropologia Urbana, Antropologia do Direito e Antropologia da Moral, Teoria Crítica do Reconhecimento com ênfase em Direitos Humanos e Interseccionalidade. Realizou pesquisas etnográficas com movimentos sociais; usuários de drogas (Crack); povos e comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas, ciganos). É membra pesquisadora dos seguintes grupos de pesquisa: "Laboratório de Estudos da Cidadania, Administração de Conflitos e Justiça" (CAJU-UnB) e do "Grupo de Pesquisa Desigualdades, Formas de Vida e Instituições no Brasil" (UFPA). Pesquisadora do Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (INCT-INEAC/UFF).

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Publicado

02-05-2019

Como Citar

MORAIS, A. "NÃO BATI NELA, BATI NO ATREVIMENTO DELA": Padrões de masculinidade nos crimes de violência contra mulher. Revista Inter-Legere, [S. l.], v. 2, n. 24, p. 437–451, 2019. DOI: 10.21680/1982-1662.2019v2n24ID17485. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/17485. Acesso em: 20 abr. 2024.