"Eu vos digo, manas": reflexões sobre a subalternidade feminina em Novas cartas portuguesas
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2435.2024v9n1ID31783Palavras-chave:
Novas cartas portuguesas, história das mulheres, subalternidade femininaResumo
Este texto visa refletir sobre seis histórias de mulheres vítimas de subalternidade narradas nas Novas cartas portuguesas, romance escrito pelas Três Marias – Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa. Partindo das Cartas portuguesas, de Mariana Alcoforado, freira que viveu em Beja no século XVII, as Três Marias constroem um romance inovador que dialoga com o da freira, porém enquanto as Cartas Portuguesas foram publicadas em França, em 1699, anonimamente, estas Novas cartas foram editadas em Portugal, em 1972, e apresentam uma autoria coletiva declarada, mas não identificada As histórias analisadas neste ensaio mostram que a subalternidade feminina se apresenta de diversas formas, que têm em comum o poder de inferiorizar a mulher e de lhe retirar a liberdade e a autoestima. Esta reflexão ancora-se em teóricos como Pierre Bourdieu (1999; 2001), Michelle Perrot (2005), Gayatri Spivak (2010) e Virginia Woolf (2014).
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